Tem noites que eu vou pra cama me questionando quem sou eu, ou o que estou fazendo... já faz um tempo que eu não sei quem sou, tudo que eu sei é pra onde eu vou. Talvez eu me perdi na raiva, no ódio e na vingança, talvez eu devo simplesmente superar e esquecer que nada aconteceu no passado, mas nada disso me consola. Eu devo vingar o passado, eu devo justiça pela minha mãe e por mim.
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Se passaram anos desde que eu fui acolhida e tirada das ruas, eu cresci, aprendi e conheci muita gente no lugar que fui acolhida, não fiz laços de amizade porque cada um aqui vive focado em seus propósitos, e eu também, o nosso mentor (Takeshi Hideki) sempre nos diz " não existe vida sem propóitos, porque eles nos tornam vivos " e ele não estava errado, pois essa frase ecoava todos os dias na minha cabeça para lembrar de quem eu sou e pra onde devo ir, todos nesta academia somos treinados para ser vigilantes e combater contra a injustiça, mas nunca matar, nosso mestre nos ensinava a ter piedade até o último instante, mas ... Parece que eu não era muito fã da frase " faça justiça sem matar " eu tinha problemas em lidar com a raiva, e não acho que ter um coração combina muito com os meus planos.
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Abro os olhos despertando do sono com o tocar do sino que era o nosso despertador todos os dias. Sempre que batia 5:20 da manhã precisavamos fazer toda a higiene, nos alimentar, trabalhos domésticos, e ter treinos. Levantei da cama em que estava e todas raparigas no mesmo dormitorio já estavam de pé, eu me sentei na cama tentando me recompor enquanto que a jovem ao lado da minha cama chamada Liz Cameron coloca uma música no rádio e aumenta o volume no máximo, eu irritada olho para ela.
- É mesmo necessário isso ? - perguntei, ela olhou pra mim e revirou os olhos.
- Podes permanecer na cama se quiseres Katherine... A sangrenta vingativa - riu
Concentrei os meus olhos nela, não é de hoje que ela demonstra uma pequena implicância comigo, e nunca consegui perceber o motivo.
- O que você tem contra mim Liz ?
- Eu ? Nada. Simplesmente não somos amigas, não me dou bem com vadias - ela pegou sua toalha, deu de costas e foi ao balneário. Conti a minha respiração tentando me manter calma e sessar a raiva que eu sentia por essa míuda, apertei os olhos e voltei abri-los mais calma, poderia cometer uma atrocidade enorme com ela e seria punida, então melhor agir com a cabeça, para eu ser liberada mais cedo para começar a minha vingança.
O tempo passou e estavamos todos na sala de treino, era como se fosse um estádio de futebol, havia as bancadas onde as pessoas assistiam e o campo que era a nossa arena de batalha, e todos os alunos estavam lá. A idade mínima era de 13 e ia até qualquer idade, o mais novo a ser recrutado aí foi aos 9 anos e atualmente está com 26, ele se chama Simon Maxwell, ele viveu maior parte da sua vida aí, depois de perder seus pais num assassinato brutal que ele raramente fala, e desde que entrei aí nunca vi ele a dar uma risada ou a falar por mais de 1min, ele era o mistério em pessoa.
- Katherine Jonhson na arena agora - chamou Takeshi atráves do microfone que soava pela academia toda - E vai combater contra... Simon Maxwell.
Ok ... Fui chamada pra arena para lutar contra o Simon, o aluno com o treino mais avançado aqui na academia, taxado como o mais ágil, forte e destemido, e eu estou com muita desvantagem. Ele levantou de onde estava e foi até arena ou seja o campo de batalha, eu engoli em seco e conti o receio e também fui até a arena, enquanto todos os outros assistiam.
Ficamos frente a frente, e ele só fitava os olhos em mim, aqueles olhos que transmitiam bastante dor e raiva.
- Sabem como funcionam as regras - afirmou Takeshi - Não usem a raiva ou ódio, e tentem não matar um ao outro. O combate começa em 3... 2... 1... Agora !
Fiquei na posição de ataque com os punhos cerrados, enquanto ele ficava olhando pra mim detalhadamente, como se estivesse estudando os meus movimentos sem se mover nenhum pouquinho, eu esperava ele fazer o primeiro ataque mas era impossivél, ele não cedia. Então eu corri até ele tentando acertar um soco, e ele agarrou no meu braço e girou quase que torcia e eu cerrei os dentes e com a mão esquerda eu tentei novamente atingir um soco e ele desvia com os seus movimentos rápidos e me acerta dois socos da barriga e um da cara, e depois um pontapé da barriga e eu recueei quase sem estabilidade e manti o foco na batalha, ele além de ter mais técnicas de artes marciais, ele era muito mais rápido, então eu precisava dançar a música dele.
Ele veio correndo até mim tentando me atingir com o seu punho e eu conseguia desviar embora parecesse quase impossivél pela sua agilidade, eu me abaixei e dei-lhe dois socos da barriga e depois um pontapé da costela e assim que tentava acertar outro pontapé, ele agarra na minha perna e me j**a no chão, eu toda dorida mas consegui me levantar e fui novamente até ele com socos e pontapés e ele não era acertado por nenhum, então ele agarrou-me pelos dois braços e me colou numa posição desfavorecida, usando seu braço em volta do meu pescoço, e eu não conseguia sair por mais que tentava.
- Desista Kate - disse Simon no meu ouvido - Desista !
Eu estava sem ar, mas tudo que eu queria era não sair como uma perdedora, porque sempre rejeitei esse título, mas não havia chances de vencer, eu perdia todo o folego e tentava me soltar, até que eu senti que quase caía em desmaio, eu bati no braço dele desistindo, ele me soltou e eu caí de joelho com tosse me pegando na garganta, ele parou ao meu lado dando o seu olhar medonho
- Você não está a altura de um combate comigo Kate - deu de costas e foi embora.
Os combates haviam terminado e todos estavam dispensados, eu me sentia mal e com bastante raiva, não gostava de perder, mas eu tentava esconder a desilusão que eu sentia. Eu havia me tornado numa pessoa dominada pelo ódio e não sabia conter correctamente, mas eu estava em terapia comigo mesma, na esperança de reduzir esses sentimentos e receber o distintivo de liberdade para realizar o meu propósito. Decidi sair um pouco para tomar um copo num bar próximo, eu precisava apanhar ar fresco e me distrair. Entrei no bar, e me dirigi logo ao balcão e pedi um copo de whisky, e em dois minutos o empregado do bar serviu um duplo de black barrel com duas pedras de gelo. - Obrigada - agradeci dando um gole. - Dia ruim ? - perguntou o garçom. - Você quer mesmo saber ? - Se não for um incomodo. Eu ri olhando pra ele e perguntei: - Nã
O mundo conspira a favor daqueles que lutam dia e noite para conseguir os seus objectivos e metas, e não para aqueles que só vivem esperando o dia de amanhã e fazer a mesma rotina. Quando eu tinha 9 anos, meu pai sempre me dizia "o mundo não é só dos vivos, mas pra quem é vivo " com essas palavras sábias eu pude aprender que o mundo não para os fracos... é para os fortes. Que aqui a jornada é longa, dura e árdua, que estamos sujeitos a amar, odiar... a receber e a perder quem mais amamos. ************ Entrei para o meu dormitório e eram 11 da noite e a luz estava apagada, me sentei na cama revivendo todo o momento, tudo que aconteceu, eu vacilei, eu matei novamente, respirei fundo passando as minhas mãos no cabelo. - Sempre pulando a cerca? - perguntou Liz que ainda estava acordada deitada na cama de barriga pra cima. Fingi que não ouvi ela, me levantei da cama e comecei a me despir para ir dar um duche
Eram por volta das 10:30 PM, e eu fui activada para uma missão de resgate, junto com Liz, Giselle, Simon e o Gregor, parecia até ser a equipa improvável, só que ninguém falava com ninguém a não ser a Liz e o Gregor que transavam as escondidas Simon era o mais forte e liderava a equipa, rápido, ágil, faixa preta em três artes marciais, inteligente e com bastante foco. Giselle era o cérebro, uma boa hacker, especialista em informática, ela consegue invadir qualquer sistema e controlar qualquer usuário, embora ser muito desajeitada acaba estragando tudo por causa do seu medo. Liz conhecida pelo seu humor sarcástico e irónico, adora provocar a ira das pessoas, muito bem treinada e domina luta mão a mão, mas usa sempre a mente tendo cautela e nunca luta com raiva ou ódio. Gregor, charmoso, sexy e atraente, mas n
Estávamos completamente encurraladas, e não havia como eu dar uma de super girl, eu olhava para Giselle que estava congelada de medo e não disfarçava, eram vários homens apontando para nós, que só um milagre resolveria nos livrar de uma possível morte.- Levantem as mãos - ordenou um dos vilões, e eu agia feito uma desobediente como se não ouvisse ele, e ele repetiu mais duas vezes e honestamente eu não tinha opção e nenhuma ideia em mente, então levantei as mãos e lentamente comecei me abaixando e eu sentia cheiro de derrota se aproximando e com certeza não seria a nossa. Uma bomba de fumaça explodiu no nosso meio e eu peguei na Giselle e nos abaixamos, a fumaça começou a fazer efeito e nós não víamos nada, só começamos a ouvir disparos de um lado para o outro e parecia que tinha uma briga
Quando era mais pequena, sonhava num futuro que na qual estaria com os meus pais, a beira de uma varanda tomando café da manhã, eu tinha uma família feliz e pais que me amavam, e eu sentia, mas infelizmente... Tudo o que é bom, não dura para sempre, mas eu pude aprender muito com os meus pais, sobre determinação e confiança, e a nunca contar com ninguém a não ser com eles ou comigo.*********** KATHERINEEstava um dia lindo, e eu me sentia bem disposta, levantei da cama, fiz a minha higiene pessoal no balneário com todas as outras raparigas, que trocavam conversas e piadas entre elas, e eu apenas no meu canto sem falar com ninguém, de um lado estava a Liz com um grupo de meninas rindo e olhando para mim, e com certeza eu era o motivo da piada, mas na verdade eu estava nem aí, essa mulher fazia de tudo pa
Depois de uma noite completa de prazer, nós estávamos deitados na cama, ele dormindo e eu de barriga para cima de olhos abertos, pensando em como isso foi maravilhoso, e de como eu nunca me dei a oportunidade de ter essa experiência, vivo tão obcecada por vingança que o prazer ficava no final da minha lista, foi algo único, não me arrependia mas achava isso uma distração, não podia voltar a ter uma conexão com ele, isso podia me atrasar com os planos.Ele virou pra mim ainda sonolento e reparou que eu estava acordada e perguntou:- Sem sono?- Sim, acho que... já está na minha hora de partir.- Que horas devem ser? 3 da
- E se eu disser que sim?- Argh - eu rangi os dentes de raiva.- Eu vou arrumar esses corpos na van qué está aí embaixo - disse o Simon - eu te espero lá embaixo.- E se eu não quiser ir?- Bem... Você fica! Mas pensa bem, se é realmente isso que você quer? Um pobre inocente na tua vida sangrenta, Kate Vingativa.Ele pegou num dos corpos deitados no chão e colocou no seu ombro e foi levando naturalmente até a porta da saída, e ele voltaria para vir pegar os outros dois, eu fiquei sentida e com raiva ao mesmo tempo, por um lado ele tinha razão ... Eu não posso criar laços e perder o meu foco e não posso arrastar ninguém nessa vida que eu sigo e pretendo ir a fundo, e por um o
- Kate? - Simon havia acabado de me chamar enquanto dirigia, eu digo Simon! Ele nunca chamou ninguém, que coisa mais estranha, estávamos no mesmo carro já a uns 30 minutos a caminho da academia, depois dele ter jogado os Vilões no meio da polícia, e ninguém falava alguma coisa, o silêncio era o nosso amigo.- Simon? - olhei pra ele erguendo as sobrancelhas - você... acabou por chamar o meu nome.- Sim - ele dizia olhando para frente enquanto manuseava o volante - como você pensa em obter a tua vingança? - achei estranho a sua pergunta, e coloquei uma cara de despercebida, e voltei olhando pra frente.- Porquê você me pergunta isso?- Por curiosidade, por vezes sinto que mereces e outras vezes... Sinto que só fazes merda.