O Mundo não acaba quando a sua vida acaba, ele só está começando a se reeconstruir e a te preparar para algo maior, para um próposito determinado, para um fruto melhor.
Muitos dizem que a vingança é algo errado e coisas dos fracos, mas quem diz isso é porque deve viver num mar de rosas, sem dor e sem sofrimento... nem sempre a forma mais justa de fazer o inimigo esperar é ligar as autoridades, existem crimes que as nossas mãos podem resolver por si só... e eu... Katherine Johnson, estou vivendo para trazer a justiça merecida em minha vida, nem que isso me custasse sangue nas mãos.
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Na vida, nem tudo é como queremos ou como sonhamos, caminhos se cruzam, tropeços acontecem, tristezas vêm a tona junto com a dor e todo sofrimento criando uma chama de ódio e raiva dentro de nós, que somente um desejo pode apagar. E esse desejo é a VINGANÇA! E aqui começa a minha história.
ANOS ATRÁS
Nasci com o nome de Raphael David, eu tinha uma família feliz com os meus pais biologicos... Até os meus 9 anos, meu pai desapareceu durante uma viagem de trabalho sem deixar pistas ou rastos, o que deixou a mim e a minha mãe afogada em dor e tristeza, foram dois anos de buscas pelo meu pai até que o caso foi dado como encerrado e ele foi considerado morto. Minha mãe fingia estar bem, mantendo as aparências para a imprensa, mas não conseguia superar, ela passou administrar a empresa do meu pai, que era considerada a maior empresa da cidade, por seus números absurdo de lucros.
Aos meus 11 anos, minha mãe voltou a se casar com um homem que parecia ser um anjo e que mais tarde passou a ser visto como um impostor, mas infelizmente apenas eu via isso, ele se aproveitava da minha mãe e do amor que ela sentia por ele. Ele já tinha dois filhos, mais velhos que eu, um rapaz e uma menina.
Ele implicava sempre comigo pelo meu jeito afeminado e por não gostar de fazer atividades masculinas, ele fazia injustiças contra mim e me tratava como se fosse um lixo, mas a minha mãe não conseguia enxergar isso pela paixão forte que sentia por ele. Mas com o passar do tempo, ele batia na minha mãe e fazia ela acreditar que estava louca pela perda do ex marido, ela entrou em depressão, já não saía de casa, minha mãe passou a depender totalmente dele porque ele passou a financiar a suas contas e a tomar conta da empresa.
Aos meus 12 anos, eu tive de assistir ele matar a minha mãe, ameaçando me matar primeiro se ela não assinasse o testamento com o seu nome e toda a propriedade da empresa em suas mãos, até que ela cedeu e ele injectou veneno em suas veias e forjou a sua morte como suícidio por tomar rémedios em excesso, eu dizia para a imprensa que ela foi assassinada, eu chorava, gritava todos os dias, mas quem acreditaria numa menina transgênero de apenas 12 anos de idade?. A partir desse dia, minha vida virou de pernas pro ar, ele batia em mim todos os dias, me amarrava em volta de uma árvore e eu dormia lá, passa chuva, passa frio e outros dias me chicoteava nas costas, me chingava, chamando nomes pra mim e me obrigava fingir quem eu não sou a frente de visitas.
Aos 13 anos eu fugi de casa, sem lugar pra dormir ou morar, tudo que eu queria era me livrar daquele inferno, eu passava noites na rua, comia do lixo e dormia no lixo. Até aquele dia ...
Eu estava coberta com um casaco numa noite chuvosa e do outro lado haviam um grupo de homens que parecia uma gangue de rua contando um monte de dinheiro e tudo que eu queria era sobreviver, então precisava fazer alguma coisa. Um dos homens colocou uma grande quantia de dinheiro no bolso de trás e estavam distraído conversando e todos eles estavam armados, e o meu único pensamento era o de sobrevivência.
Eu comecei andando olhando para o chão em direcção deles e assim que cheguei perto, peguei logo o dinheiro e fui correndo e eles gritaram " Seu filho da p**a " e foram todos a minha trás, eu corria de tanto medo, entrei num corredor escuro e todo molhado achando que teria uma saída mas não tinha, eles me encurralaram e eu disse:
- Me desculpem, por favor eu só quero comer.
Eles olharam - se e depois riram, e o que estava a frente disse: - Falas feito uma menina... Só deve ser uma bicha, agora sim você vai apanhar.
Ele me atingiu com um soco da cara, e eu caí no chão que estava todo molhado e comecei gemendo de dor, joguei o dinheiro pra ele e disse:
- Me deixem em paz! - e novamente ele me deu um soco da cara e um pontapé da barriga eu comecei me arrastando no chão tentando escapar e agarrou pelo meu cabelo e bateu a minha cara no chão, minhas mãos tocaram num pequeno ferro ao lado, peguei e num movimento impulsivo eu atingi na cabeça dele e começou sangrando, ele ficou mais furioso e disse :
- Agora você vai morrer bicha - pegou sua arma de fogo e apontou pra mim, eu estava com muito medo, e quando ele quase puxou o gatilho um tiro atingiu a sua testa e todos os outros tiraram as suas armas apontando pra todo lado mas não viam de onde saiu o disparo e assim foi morrendo um por um e todos com bala na testa, e eu em susto achando que seria a proxima, fechei os olhos até que uma mão pegou no meu ombro, eu abri os olhos devagar e tremulo e vi um senhor que parecia ser asiático, que deveria ter cerca de 40 anos.
- Não tema! Você está a salvo agora - disse o senhor
Curioso para saber o que sucedeu a partir daí ?
Bem... O senhor que me salvou é um mestre japonês de artes marciais se chama Takeshi Hideki, ele me levou para um abrigo, mas não era o que realmente eu esperava, aquele lugar era uma academia de vigilantes, ele treinava meninos sem lar para se tornarem protetores, ele fornecia o mesmo estudo que na escola e bem mais avançado, nos ensinava a combater com armas, e mão a mão.
Ele me acolheu e logo percebeu a minha disforia de gênero, e aos 18 anos eu comecei os meus tratamentos hormonais, e aos 23 anos me submeti a cirurgia de redesignação sexual me tornando no meu verdadeiro eu, quase sem nenhum traço que pudessem me identificar com a identidade atribuída ao passado, de Raphael David para Katherine Johnson... Que viria a se tornar a arma mais letal, com o seu desejo ardente de vingança.
Tem noites que eu vou pra cama me questionando quem sou eu, ou o que estou fazendo... já faz um tempo que eu não sei quem sou, tudo que eu sei é pra onde eu vou. Talvez eu me perdi na raiva, no ódio e na vingança, talvez eu devo simplesmente superar e esquecer que nada aconteceu no passado, mas nada disso me consola. Eu devo vingar o passado, eu devo justiça pela minha mãe e por mim.**********Se passaram anos desde que eu fui acolhida e tirada das ruas, eu cresci, aprendi e conheci muita gente no lugar que fui acolhida, não fiz laços de amizade porque cada um aqui vive focado em seus propósitos, e eu também, o nosso mentor (Takeshi Hideki) sempre nos diz " não existe vida sem propóitos, porque eles nos tornam vivos " e ele não estava errado, pois essa frase ecoava todos os dias na minha cabeça para lembrar de quem eu sou e pra onde devo
Os combates haviam terminado e todos estavam dispensados, eu me sentia mal e com bastante raiva, não gostava de perder, mas eu tentava esconder a desilusão que eu sentia. Eu havia me tornado numa pessoa dominada pelo ódio e não sabia conter correctamente, mas eu estava em terapia comigo mesma, na esperança de reduzir esses sentimentos e receber o distintivo de liberdade para realizar o meu propósito. Decidi sair um pouco para tomar um copo num bar próximo, eu precisava apanhar ar fresco e me distrair. Entrei no bar, e me dirigi logo ao balcão e pedi um copo de whisky, e em dois minutos o empregado do bar serviu um duplo de black barrel com duas pedras de gelo. - Obrigada - agradeci dando um gole. - Dia ruim ? - perguntou o garçom. - Você quer mesmo saber ? - Se não for um incomodo. Eu ri olhando pra ele e perguntei: - Nã
O mundo conspira a favor daqueles que lutam dia e noite para conseguir os seus objectivos e metas, e não para aqueles que só vivem esperando o dia de amanhã e fazer a mesma rotina. Quando eu tinha 9 anos, meu pai sempre me dizia "o mundo não é só dos vivos, mas pra quem é vivo " com essas palavras sábias eu pude aprender que o mundo não para os fracos... é para os fortes. Que aqui a jornada é longa, dura e árdua, que estamos sujeitos a amar, odiar... a receber e a perder quem mais amamos. ************ Entrei para o meu dormitório e eram 11 da noite e a luz estava apagada, me sentei na cama revivendo todo o momento, tudo que aconteceu, eu vacilei, eu matei novamente, respirei fundo passando as minhas mãos no cabelo. - Sempre pulando a cerca? - perguntou Liz que ainda estava acordada deitada na cama de barriga pra cima. Fingi que não ouvi ela, me levantei da cama e comecei a me despir para ir dar um duche
Eram por volta das 10:30 PM, e eu fui activada para uma missão de resgate, junto com Liz, Giselle, Simon e o Gregor, parecia até ser a equipa improvável, só que ninguém falava com ninguém a não ser a Liz e o Gregor que transavam as escondidas Simon era o mais forte e liderava a equipa, rápido, ágil, faixa preta em três artes marciais, inteligente e com bastante foco. Giselle era o cérebro, uma boa hacker, especialista em informática, ela consegue invadir qualquer sistema e controlar qualquer usuário, embora ser muito desajeitada acaba estragando tudo por causa do seu medo. Liz conhecida pelo seu humor sarcástico e irónico, adora provocar a ira das pessoas, muito bem treinada e domina luta mão a mão, mas usa sempre a mente tendo cautela e nunca luta com raiva ou ódio. Gregor, charmoso, sexy e atraente, mas n
Estávamos completamente encurraladas, e não havia como eu dar uma de super girl, eu olhava para Giselle que estava congelada de medo e não disfarçava, eram vários homens apontando para nós, que só um milagre resolveria nos livrar de uma possível morte.- Levantem as mãos - ordenou um dos vilões, e eu agia feito uma desobediente como se não ouvisse ele, e ele repetiu mais duas vezes e honestamente eu não tinha opção e nenhuma ideia em mente, então levantei as mãos e lentamente comecei me abaixando e eu sentia cheiro de derrota se aproximando e com certeza não seria a nossa. Uma bomba de fumaça explodiu no nosso meio e eu peguei na Giselle e nos abaixamos, a fumaça começou a fazer efeito e nós não víamos nada, só começamos a ouvir disparos de um lado para o outro e parecia que tinha uma briga
Quando era mais pequena, sonhava num futuro que na qual estaria com os meus pais, a beira de uma varanda tomando café da manhã, eu tinha uma família feliz e pais que me amavam, e eu sentia, mas infelizmente... Tudo o que é bom, não dura para sempre, mas eu pude aprender muito com os meus pais, sobre determinação e confiança, e a nunca contar com ninguém a não ser com eles ou comigo.*********** KATHERINEEstava um dia lindo, e eu me sentia bem disposta, levantei da cama, fiz a minha higiene pessoal no balneário com todas as outras raparigas, que trocavam conversas e piadas entre elas, e eu apenas no meu canto sem falar com ninguém, de um lado estava a Liz com um grupo de meninas rindo e olhando para mim, e com certeza eu era o motivo da piada, mas na verdade eu estava nem aí, essa mulher fazia de tudo pa
Depois de uma noite completa de prazer, nós estávamos deitados na cama, ele dormindo e eu de barriga para cima de olhos abertos, pensando em como isso foi maravilhoso, e de como eu nunca me dei a oportunidade de ter essa experiência, vivo tão obcecada por vingança que o prazer ficava no final da minha lista, foi algo único, não me arrependia mas achava isso uma distração, não podia voltar a ter uma conexão com ele, isso podia me atrasar com os planos.Ele virou pra mim ainda sonolento e reparou que eu estava acordada e perguntou:- Sem sono?- Sim, acho que... já está na minha hora de partir.- Que horas devem ser? 3 da
- E se eu disser que sim?- Argh - eu rangi os dentes de raiva.- Eu vou arrumar esses corpos na van qué está aí embaixo - disse o Simon - eu te espero lá embaixo.- E se eu não quiser ir?- Bem... Você fica! Mas pensa bem, se é realmente isso que você quer? Um pobre inocente na tua vida sangrenta, Kate Vingativa.Ele pegou num dos corpos deitados no chão e colocou no seu ombro e foi levando naturalmente até a porta da saída, e ele voltaria para vir pegar os outros dois, eu fiquei sentida e com raiva ao mesmo tempo, por um lado ele tinha razão ... Eu não posso criar laços e perder o meu foco e não posso arrastar ninguém nessa vida que eu sigo e pretendo ir a fundo, e por um o