Minutos antes, Alessandro estava sentado no chão com as costas apoiadas em uma árvore, enquanto Tailane estava de pé ao lado dele, com as mãos na cintura.
— Se acontecer alguma coisa com ele, eu nunca vou me perdoar. Já perdi minha mãe e eu não quero... — disse Alessandro, frustrado. Mas, antes que pudesse terminar de falar, Tailane se aproximou dele, colocando as mãos em seu ombro. — Ei, ei, ei, a culpa não foi sua. Tá certo, você errou em ter batido nele, mas a culpa não é sua por ele ter corrido para cá. A culpa é minha por ter beijado ele — disse Tailane, se sentindo tão culpada quanto Alessandro. — Você apenas abriu o seu coração para ele. Olha, já que a gente tá falando disso agora, me diz, por que você não me contou antes que era apaixonada pelo meu irmão? — Alessandro perguntou, virando o rosto e olhando fixamente nos olhos de Tailane. — Ah, não vamos falar sobre isso agora. No momento, tudo o que eu quero é encontrar o Tyler — disse Tailane, se virando para o lado oposto dele. Foi nesse momento que eles ouviram um rugido alto do seu alfa, então os olhos deles brilharam em sequência. — O Marcos, o Marcos, Tailane! — gritou Alessandro, olhando fixamente para Tailane antes de correr rapidamente em direção ao local onde ouviram o rugido do seu alfa. Nesse momento, a cena muda para Tyler, que ainda estava escondido entre os matos, aproveitando que a criatura estava se alimentando dos restos do corpo do alfa. Tyler correu desesperadamente em direção à estrada. e após alguns minutos, todos da alcateia apareceram no mesmo local, todos ao mesmo tempo transformados. Porém, a criatura não estava mais lá e só encontraram metade do corpo do alfa, que não dava para ser reconhecido. Então, eles se aproximaram com passos leves, todos com expressões sérias. — Que porcaria é essa? — perguntou Thalisson, um dos membros da alcateia. — Eu não sei, mas espero muito que não seja o Tyler — Alessandro respondeu com seriedade. — Para com isso, não é o Tyler. Emily, você consegue identificar de quem é esse corpo? — Tailane perguntou, com preocupação. — Eu posso tentar, mas não prometo nada. Eu ainda não consigo controlar muito bem minhas habilidades nesses últimos dias — Emily respondeu, antes de se aproximar do corpo. Ela se ajoelhou com os olhos fechados, colocou suas mãos sobre a cabeça dele por alguns minutos e os abriu novamente, virando o rosto para a alcateia. — É o Marcos. O nosso alfa está morto — disse Emily, deixando todos chocados e surpresos. Horas depois, 6:45 da manhã, Tyler se levantou da cama, sentou-se e colocou as mãos no rosto, lembrando de ontem à noite. Ao notar que não estava sentindo mais nada, olhou para o seu braço, vendo que não tinha nenhuma marca de mordida. — Que estranho, será que foi um sonho? — perguntou Tyler para si mesmo. Nesse momento, Tyler levantou o rosto, olhando para a porta do seu quarto, e seus olhos brilharam quando começou a ouvir o seu irmão conversando com seu pai. — Deixa de graça, seu irmão chegou aqui em casa ontem à noite e foi dormir porque disse que tava cansado. Você que dormiu fora — disse Leonardo, pai de Tyler. — O quê? Ele está no quarto? — Alessandro perguntou confuso. — Sim, Alessandro, seu irmão está no quarto, por que eu mentiria? — Leonardo perguntou com os olhos entreabertos. — Nada, deixa pra lá, eu vou lá falar com ele — Alessandro respondeu. Tyler, então, parou de ouvir a conversa dos dois e se deitou na cama, fingindo que estava dormindo, e Alessandro entrou no quarto abrindo a porta de vez. — Tyler!! — Alessandro gritou ao entrar no quarto e fechar a porta atrás de si. Ao perceber que Tyler estava dormindo, ele se aproximou com passos leves e se sentou ao lado dele. — Eu sei que agi como um idiota com você ontem. Sei que não está me ouvindo, mas peço desculpas pela forma que te tratei. Eu fiquei muito preocupado com você, mano. Eu e Tailane ficamos a noite inteira te procurando — disse Alessandro de forma natural. Tyler, que estava com os olhos fechados, abriu um dos olhos, vendo seu irmão sentado ao seu lado, olhando para baixo com expressão triste no rosto.Horas mais tarde, já no colégio uma garota linda de cabelos brancos entrou na escola, chamando a atenção de todos que estavam presentes. Ela deu um sorriso tímido, deixando todos os meninos loucos com sua beleza. Nesse momento, a diretora se aproximou dela. — Olá, senhorita Lancaster, boa tarde. Você deve ser a aluna nova, não é? — a diretora perguntou com um sorriso. — Sim, pra mim é um prazer estudar nessa escola. Eu estava torcendo para que fosse aceita na escola Elysium — Talisa respondeu animada. — Eu que fico honrada em ter você como aluna de nossa escola, senhorita Lancaster. Desculpa perguntar, mas sua família é dona da escola mais rica do país. Por que veio estudar aqui e não na escola de sua família? — perguntou a diretora curiosa. — É que eu não me identifiquei muito com a escola dos meus pais, minha família não parece se importar muito com a escola. — Talisa respondeu de forma natural. — Ah, sinto muito por ter perguntado. Olha, senhorita Lancaster, aqui na escola Ely
— Seja bem-vinda, senhorita Lancaster. Ouvi dizer que aconteceu uma explosão na empresa da sua família. Está tudo bem com eles? — a professora Amélia perguntou, curiosa. — Infelizmente, 80 pessoas que estavam no momento da explosão morreram, Só não conta pra mais ninguém fora dessa sala. Minha família odeia escândalos e não quer o nome deles na mídia, até porque eles não são responsáveis pela empresa, apesar da empresa ser deles — disse Talisa, com pesar. — Tudo bem, eu entendo. Sua família são pessoas importantes. Seria muito ruim para a imagem deles se algo ruim sobre eles caísse na mídia, não é, senhorita Lancaster? — disse a professora Amélia, com um olhar malicioso. Deixando Talisa sem entender a raiva que a professora sentia por sua família. No entanto, Talisa apenas se sentou na cadeira do final da sala, e Lancaster que estava na cadeira à sua frente, virou o rosto, olhando para ela. — O que deu na professora? Por que ela está com raiva de você se ela te conheceu agora? Aliá
dentro de uma sala de reunião secreta, todos os lobisomens estavam reunidos, conversando seriamente. — O que faremos agora que o nosso alfa se foi? Não podemos ficar aqui sem fazer nada, temos que descobrir o que causou a morte dele — disse Emily com os braços cruzados. — Isso é uma coisa que nunca vamos saber, já que ele está morto. Mas seja como for, isso é o menor de todos os nossos problemas. Agora que estamos sem um alfa, precisamos de um líder que represente o alfa — disse Tiago, o mais egoísta da alcateia. — Só pensa em você, eu odeio isso, Tiago! Todos estão sofrendo e você só pensa nisso: quem vai assumir o papel de alfa da alcateia? — gritou Alessandro, irritado, se segurando para não dar um soco em Tiago. — Não estou só pensando em mim, estou pensando em todos nós. O que é uma alcateia sem um alfa? Se as outras alcateias, ou pior, os vampiros, descobrirem que estamos sem a proteção do nosso alfa, vai ser morte na certa para todos nós — disse Tiago, tentando assumir o con
— Bom, tomara que ele não tenha a doença da raiva — disse Talisa com seriedade, olhando fixamente para Tyler, que fez um olhar de deboche.— O que me mordeu foi um lobo, não um cachorro. Deixa de graça, Talisa. Eu sabia que você iria tirar sarro da minha cara — disse Tyler, frustrado, mas ao mesmo tempo irritado.— Eu sei, eu só estava querendo mudar o clima tenso entre a gente — disse Talisa com um sorriso, e Tyler, por sua vez, não conseguiu controlar o seu desejo por Talisa e a beijou com prazer. Os dois continuaram se entregando ao beijo. Eles se beijavam como se fosse a única coisa que importava no mundo. O beijo era lento e doce, mas Tyler desejava mais do que só um beijo.Porém, antes que o beijo os levasse ao sexo, que era o que Tyler tanto queria naquele momento, ele rapidamente afastou seus lábios dos dela, que ficou sem reação por conta do beijo inesperado.— Me desculpa, Talisa. Eu não deveria ter feito isso sem te perguntar antes se você queria. Eu não sei o que deu em mi
8 e 15 da noite, um casal estava dentro de um carro se beijando apaixonadamente. A garota, identificada como Beatriz, deslizava suavemente suas mãos no corpo de Dênis, seu namorado, enquanto o beijo continuava. Então, após os lábios dos dois se separarem, ela abriu a boca com os olhos fechados, gemendo em voz baixa enquanto Dênis beijava seu pescoço e tocava nos seios dela, deixando-a com tesão. Porém, a diversão dos dois foi interrompida quando alguma coisa grande passou correndo pelo lado de fora do carro. — Dênis, você viu aquilo? O que será que era? — Beatriz perguntou, preocupada e assustada, enquanto Dênis beijava todo o seu corpo. — Não deve ser nada demais, minha Branca de Neve. Nós que bebemos demais essa noite, gata — Dênis respondeu antes de continuar a beijar o pescoço dela com as mãos sobre a cintura dela, enquanto ela estava preocupada com o que havia lá fora. Foi nesse mesmo momento que a criatura do lado de fora bateu no carro, que começou a balançar, assustando-os.
— Eu não sei do que você está falando, Tyler, mas se é uma forma de trocar palavras comigo, está funcionando — disse Alessandro, agora sério, encarando Tyler.— Não tenta me enganar, Alessandro, e não mude de assunto. Eu não sei como ou quando foi que você se transformou em um lobisomem, mas eu fui mordido por um lobo na floresta e eu não sei como, mas a cicatriz da mordida, que deveria estar no meu braço, sumiu. Meu corpo teve muitas mudanças e eu consigo ouvir de longe o que as pessoas estão falando — disse Tyler, se aproximando de Alessandro com passos leves, enquanto Alessandro pegou nas mãos dele, afastando-se um pouco da casa.— Você tem certeza? Escuta, quando isso aconteceu? — Alessandro perguntou em voz baixa, só para Tyler ouvir.— Na noite da festa, mas corri assim que tive chance. Aquela criatura que matou o lobo na minha frente, seja lá o que for, é mais forte do que um lobo, e eu não quero morrer como aquele lobo — Tyler respondeu com seriedade, deixando Alessandro preoc
Dentro de uma sala azul, bem iluminada, havia duas camas de hospital, um pouco afastadas uma da outra. Hino estava em uma das camas, e na outra cama estava outra menina. Ao lado das camas, havia dois cientistas, até que Hino começou a abrir os olhos e fechar por alguns minutos. Quando ela finalmente acordou, tentou se levantar, mas percebeu que estava amarrada sobre a cama.— Por favor, não me machuque, vocês pegaram a pessoa errada, seja lá do que se trata, mas, por favor, me leva de volta pra casa. A minha mãe não vai suportar perder outra filha — Hino pediu em lágrimas, sua voz trêmula, mas o cientista não disse nada, sem se importar com o que Hino dizia.Foi nesse exato momento que a menina que estava na cama ao lado virou o rosto, olhando para Hino, que ao vê-la fez um olhar de surpresa.— Mana? — Hino perguntou, surpresa e assustada. E o homem riu com a situação.— Que coincidência, capturamos uma há seis meses, e ontem capturamos a irmã dela. Interessante. Isso é o que acontece
Um dos seguranças, então, rapidamente tirou o colete que a mantinha presa sobre a cama e segurou em seu braço, pronto para levá-la até a sala de exames. Porém, antes que saísse da sala azul onde estavam, Hino conseguiu pegar a arma que estava sobre a cintura do segurança e rapidamente disparou um tiro no pescoço dele. O segurança que a segurava caiu no chão, e Hino deu uma rasteira no outro, que também foi ao chão. Ela finalmente se levantou e disparou dois tiros na cabeça dele e, rapidamente, se virou, apontando a arma contra o diretor do laboratório.— Tire ela da cama, agora, imbecil! — Hino gritou irritada enquanto o diretor ria, olhando fixamente para ela.— Você não vai me matar, menina. Vai precisar de mim pra fazer sua irmã voltar a falar novamente, e eu sei que está curiosa para saber como eu vou fazer isso. Mas nunca vai saber se eu estiver morto, não é? — disse o diretor, com um sorriso malicioso no rosto, enquanto Hino continuava apontando a arma para ele.— Não, eu não es