capítulo 4 Culpa e Perdão

Minutos antes, Alessandro estava sentado no chão com as costas apoiadas em uma árvore, enquanto Tailane estava de pé ao lado dele, com as mãos na cintura.

— Se acontecer alguma coisa com ele, eu nunca vou me perdoar. Já perdi minha mãe e eu não quero... — disse Alessandro, frustrado. Mas, antes que pudesse terminar de falar, Tailane se aproximou dele, colocando as mãos em seu ombro.

— Ei, ei, ei, a culpa não foi sua. Tá certo, você errou em ter batido nele, mas a culpa não é sua por ele ter corrido para cá. A culpa é minha por ter beijado ele — disse Tailane, se sentindo tão culpada quanto Alessandro.

— Você apenas abriu o seu coração para ele. Olha, já que a gente tá falando disso agora, me diz, por que você não me contou antes que era apaixonada pelo meu irmão? — Alessandro perguntou, virando o rosto e olhando fixamente nos olhos de Tailane.

— Ah, não vamos falar sobre isso agora. No momento, tudo o que eu quero é encontrar o Tyler — disse Tailane, se virando para o lado oposto dele. Foi nesse momento que eles ouviram um rugido alto do seu alfa, então os olhos deles brilharam em sequência.

— O Marcos, o Marcos, Tailane! — gritou Alessandro, olhando fixamente para Tailane antes de correr rapidamente em direção ao local onde ouviram o rugido do seu alfa.

Nesse momento, a cena muda para Tyler, que ainda estava escondido entre os matos, aproveitando que a criatura estava se alimentando dos restos do corpo do alfa. Tyler correu desesperadamente em direção à estrada.

e após alguns minutos, todos da alcateia apareceram no mesmo local, todos ao mesmo tempo transformados. Porém, a criatura não estava mais lá e só encontraram metade do corpo do alfa, que não dava para ser reconhecido. Então, eles se aproximaram com passos leves, todos com expressões sérias.

— Que porcaria é essa? — perguntou Thalisson, um dos membros da alcateia.

— Eu não sei, mas espero muito que não seja o Tyler — Alessandro respondeu com seriedade.

— Para com isso, não é o Tyler. Emily, você consegue identificar de quem é esse corpo? — Tailane perguntou, com preocupação.

— Eu posso tentar, mas não prometo nada. Eu ainda não consigo controlar muito bem minhas habilidades nesses últimos dias — Emily respondeu, antes de se aproximar do corpo. Ela se ajoelhou com os olhos fechados, colocou suas mãos sobre a cabeça dele por alguns minutos e os abriu novamente, virando o rosto para a alcateia.

— É o Marcos. O nosso alfa está morto — disse Emily, deixando todos chocados e surpresos.

Horas depois, 6:45 da manhã, Tyler se levantou da cama, sentou-se e colocou as mãos no rosto, lembrando de ontem à noite. Ao notar que não estava sentindo mais nada, olhou para o seu braço, vendo que não tinha nenhuma marca de mordida.

— Que estranho, será que foi um sonho? — perguntou Tyler para si mesmo.

Nesse momento, Tyler levantou o rosto, olhando para a porta do seu quarto, e seus olhos brilharam quando começou a ouvir o seu irmão conversando com seu pai.

— Deixa de graça, seu irmão chegou aqui em casa ontem à noite e foi dormir porque disse que tava cansado. Você que dormiu fora — disse Leonardo, pai de Tyler.

— O quê? Ele está no quarto? — Alessandro perguntou confuso.

— Sim, Alessandro, seu irmão está no quarto, por que eu mentiria? — Leonardo perguntou com os olhos entreabertos.

— Nada, deixa pra lá, eu vou lá falar com ele — Alessandro respondeu.

Tyler, então, parou de ouvir a conversa dos dois e se deitou na cama, fingindo que estava dormindo, e Alessandro entrou no quarto abrindo a porta de vez.

— Tyler!! — Alessandro gritou ao entrar no quarto e fechar a porta atrás de si. Ao perceber que Tyler estava dormindo, ele se aproximou com passos leves e se sentou ao lado dele.

— Eu sei que agi como um idiota com você ontem. Sei que não está me ouvindo, mas peço desculpas pela forma que te tratei. Eu fiquei muito preocupado com você, mano. Eu e Tailane ficamos a noite inteira te procurando — disse Alessandro de forma natural.

Tyler, que estava com os olhos fechados, abriu um dos olhos, vendo seu irmão sentado ao seu lado, olhando para baixo com expressão triste no rosto.

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