— Seja bem-vinda, senhorita Lancaster. Ouvi dizer que aconteceu uma explosão na empresa da sua família. Está tudo bem com eles? — a professora Amélia perguntou, curiosa.
— Infelizmente, 80 pessoas que estavam no momento da explosão morreram, Só não conta pra mais ninguém fora dessa sala. Minha família odeia escândalos e não quer o nome deles na mídia, até porque eles não são responsáveis pela empresa, apesar da empresa ser deles — disse Talisa, com pesar. — Tudo bem, eu entendo. Sua família são pessoas importantes. Seria muito ruim para a imagem deles se algo ruim sobre eles caísse na mídia, não é, senhorita Lancaster? — disse a professora Amélia, com um olhar malicioso. Deixando Talisa sem entender a raiva que a professora sentia por sua família. No entanto, Talisa apenas se sentou na cadeira do final da sala, e Lancaster que estava na cadeira à sua frente, virou o rosto, olhando para ela. — O que deu na professora? Por que ela está com raiva de você se ela te conheceu agora? Aliás, por que você está com o coração acelerado? — Tyler perguntou, com curiosidade, pois não entendia por que conseguia ouvir os batimentos do coração de Talisa, que olhou pra ele com um olhar de surpresa. Talisa levantou-se um pouco, aproximando seus lábios do ouvido de Tyler. — Como você sabe que o meu coração está batendo aceleradamente? — Talisa sussurrou em seu ouvido. No entanto, o coração de Tyler gelou após Talisa pronunciar aquelas palavras. Ele então virou o rosto, olhando para Talisa sem reação. — Eu não sei, só percebi pela expressão no seu rosto. Você deixa tudo na cara, Talisa — disse Tyler com um sorriso amigável no rosto, na intenção de esconder seu nervosismo, que nem ele entendia o motivo. — Ah, — disse Talisa com um sorriso leve e tímido no rosto enquanto olhava para Tyler, que também estava sorrindo. Nesse exato momento, o sinal da escola tocou. — Já? Mas acabamos de entrar na sala! — Talisa murmurou com expressão de confusão, e Tyler riu. — Ah, não. Não é o sinal do intervalo, é só o sinal indicando que as aulas vão começar. Nós que entramos cedo na sala — disse Tyler, rindo, enquanto Talisa passava as mãos sobre seus cabelos, colocando-os atrás da orelha. — Ah, tá. Então por que não ficamos do lado de fora da sala até o sinal tocar? Se eu soubesse, com certeza teria ficado andando pela escola para conhecer os outros locais que ainda não tive a oportunidade de ver, pelo menos até o sinal tocar. — disse Talisa, e os dois começaram a rir juntos. Tyler olhava para ela com admiração antes do sorriso dos dois se fechar. — Bom, eu já estou acostumado a entrar cedo na sala. Geralmente, eu não gosto de entrar atrasado na aula. Vai por mim, você vai se acostumar a entrar cedo também. Pode ter certeza, não tem nada de bom pra fazer fora da sala. Mas, se você quiser, na hora do intervalo, eu posso te levar pra conhecer o resto da escola. Assim nos conhecemos melhor, que tal? — disse Tyler de forma natural, enquanto Tailane, que estava ao seu lado, apenas olhava para ele esperando que falasse com ela. Mas não foi o que aconteceu. — Claro, seria uma honra. Vai ser um prazer. Muito obrigada, Tyler — Talisa respondeu com um sorriso. e Alessandro, por sua vez, olhava para eles e para Tailane ao mesmo tempo, achando estranho o comportamento de Tyler. Uma hora depois, já no horário do intervalo, Talisa e Tyler estavam na biblioteca, olhando alguns livros e admirando o ambiente espaçoso, quando Tailane e Alessandro apareceram atrás deles com expressões sérias. — Tyler, será que podemos conversar em particular? Por que não me deu atenção na sala de aula? Eu fiquei bastante preocupada com você ontem, e hoje, quando seu irmão me disse que você estava bem, fiquei aliviada e esperando que você falasse comigo, e você nem sequer me deu um "boa tarde"! — gritou Tailane, irritada, olhando fixamente nos olhos dele. — E daí? Eu não sou obrigado a falar com vocês. E você sabe muito bem por que eu não falei com você, Tai. Nós dois nunca deveríamos ter nos beijado. Aquele beijo foi um erro — disse Tyler com sinceridade, sua postura firme, olhando bem nos olhos de Tailane, enquanto Talisa apenas observava, segurando um dos livros nas mãos naquele momento tenso. — Tyler, o que deu em você? Não fala assim com ela! Olha, me desculpe pelo soco que te dei, não foi minha intenção machucá-lo. Eu sei que errei, mas é exatamente por isso que precisamos conversar para esclarecer as coisas — disse Alessandro, tentando segurar sua raiva diante do olhar de deboche que Tyler estava fazendo. — É, mas machucou. Mas, quer saber? Você está perdoado, mas essa conversa acaba aqui. Eu não vou mais chegar perto da sua namorada, irmão, então podem ficar tranquilos, porque não vai mais precisar se preocupar comigo — disse Tyler com olhar de raiva e com seus punhos fechados. Alessandro então olhou para os seus punhos e, em seguida, olhou para ele novamente, sem dizer uma palavra, enquanto Tailane olhava para Talisa. Alessandro apenas saiu andando de costas, com passos leves, ainda com seus olhos fixos em Tyler, sua expressão de tristeza, antes de se virar e se afastar, enquanto Talisa estava parada no mesmo lugar. — Cuide dele. Um garoto como ele é difícil de achar — disse Tailane para Talisa, que ficou sem saber o que dizer diante das palavras tristes de Tailane, que logo em seguida se afastou. — Não fica olhando, só dá mais pena ainda deles. Só esquece isso. Vamos conhecer o resto da escola, ainda tem o laboratório de ciências, que é incrível — disse Tyler com um sorriso sem graça, na intenção de esconder sua tristeza, enquanto Talisa estava calada, olhando para ele, vendo o quanto ele estava abalado. — Não precisa esconder o que sente. Eu sei reconhecer quando alguém ao meu redor está triste. Eu sei bem como é isso. Quer conversar um pouco? É bom desabafar — disse Talisa, apontando para um banco perto da biblioteca. E Tyler, deixando uma lágrima escorrer pelo seu rosto, balançou a cabeça em concordância.dentro de uma sala de reunião secreta, todos os lobisomens estavam reunidos, conversando seriamente. — O que faremos agora que o nosso alfa se foi? Não podemos ficar aqui sem fazer nada, temos que descobrir o que causou a morte dele — disse Emily com os braços cruzados. — Isso é uma coisa que nunca vamos saber, já que ele está morto. Mas seja como for, isso é o menor de todos os nossos problemas. Agora que estamos sem um alfa, precisamos de um líder que represente o alfa — disse Tiago, o mais egoísta da alcateia. — Só pensa em você, eu odeio isso, Tiago! Todos estão sofrendo e você só pensa nisso: quem vai assumir o papel de alfa da alcateia? — gritou Alessandro, irritado, se segurando para não dar um soco em Tiago. — Não estou só pensando em mim, estou pensando em todos nós. O que é uma alcateia sem um alfa? Se as outras alcateias, ou pior, os vampiros, descobrirem que estamos sem a proteção do nosso alfa, vai ser morte na certa para todos nós — disse Tiago, tentando assumir o con
— Bom, tomara que ele não tenha a doença da raiva — disse Talisa com seriedade, olhando fixamente para Tyler, que fez um olhar de deboche.— O que me mordeu foi um lobo, não um cachorro. Deixa de graça, Talisa. Eu sabia que você iria tirar sarro da minha cara — disse Tyler, frustrado, mas ao mesmo tempo irritado.— Eu sei, eu só estava querendo mudar o clima tenso entre a gente — disse Talisa com um sorriso, e Tyler, por sua vez, não conseguiu controlar o seu desejo por Talisa e a beijou com prazer. Os dois continuaram se entregando ao beijo. Eles se beijavam como se fosse a única coisa que importava no mundo. O beijo era lento e doce, mas Tyler desejava mais do que só um beijo.Porém, antes que o beijo os levasse ao sexo, que era o que Tyler tanto queria naquele momento, ele rapidamente afastou seus lábios dos dela, que ficou sem reação por conta do beijo inesperado.— Me desculpa, Talisa. Eu não deveria ter feito isso sem te perguntar antes se você queria. Eu não sei o que deu em mi
8 e 15 da noite, um casal estava dentro de um carro se beijando apaixonadamente. A garota, identificada como Beatriz, deslizava suavemente suas mãos no corpo de Dênis, seu namorado, enquanto o beijo continuava. Então, após os lábios dos dois se separarem, ela abriu a boca com os olhos fechados, gemendo em voz baixa enquanto Dênis beijava seu pescoço e tocava nos seios dela, deixando-a com tesão. Porém, a diversão dos dois foi interrompida quando alguma coisa grande passou correndo pelo lado de fora do carro. — Dênis, você viu aquilo? O que será que era? — Beatriz perguntou, preocupada e assustada, enquanto Dênis beijava todo o seu corpo. — Não deve ser nada demais, minha Branca de Neve. Nós que bebemos demais essa noite, gata — Dênis respondeu antes de continuar a beijar o pescoço dela com as mãos sobre a cintura dela, enquanto ela estava preocupada com o que havia lá fora. Foi nesse mesmo momento que a criatura do lado de fora bateu no carro, que começou a balançar, assustando-os.
— Eu não sei do que você está falando, Tyler, mas se é uma forma de trocar palavras comigo, está funcionando — disse Alessandro, agora sério, encarando Tyler.— Não tenta me enganar, Alessandro, e não mude de assunto. Eu não sei como ou quando foi que você se transformou em um lobisomem, mas eu fui mordido por um lobo na floresta e eu não sei como, mas a cicatriz da mordida, que deveria estar no meu braço, sumiu. Meu corpo teve muitas mudanças e eu consigo ouvir de longe o que as pessoas estão falando — disse Tyler, se aproximando de Alessandro com passos leves, enquanto Alessandro pegou nas mãos dele, afastando-se um pouco da casa.— Você tem certeza? Escuta, quando isso aconteceu? — Alessandro perguntou em voz baixa, só para Tyler ouvir.— Na noite da festa, mas corri assim que tive chance. Aquela criatura que matou o lobo na minha frente, seja lá o que for, é mais forte do que um lobo, e eu não quero morrer como aquele lobo — Tyler respondeu com seriedade, deixando Alessandro preoc
Dentro de uma sala azul, bem iluminada, havia duas camas de hospital, um pouco afastadas uma da outra. Hino estava em uma das camas, e na outra cama estava outra menina. Ao lado das camas, havia dois cientistas, até que Hino começou a abrir os olhos e fechar por alguns minutos. Quando ela finalmente acordou, tentou se levantar, mas percebeu que estava amarrada sobre a cama.— Por favor, não me machuque, vocês pegaram a pessoa errada, seja lá do que se trata, mas, por favor, me leva de volta pra casa. A minha mãe não vai suportar perder outra filha — Hino pediu em lágrimas, sua voz trêmula, mas o cientista não disse nada, sem se importar com o que Hino dizia.Foi nesse exato momento que a menina que estava na cama ao lado virou o rosto, olhando para Hino, que ao vê-la fez um olhar de surpresa.— Mana? — Hino perguntou, surpresa e assustada. E o homem riu com a situação.— Que coincidência, capturamos uma há seis meses, e ontem capturamos a irmã dela. Interessante. Isso é o que acontece
Um dos seguranças, então, rapidamente tirou o colete que a mantinha presa sobre a cama e segurou em seu braço, pronto para levá-la até a sala de exames. Porém, antes que saísse da sala azul onde estavam, Hino conseguiu pegar a arma que estava sobre a cintura do segurança e rapidamente disparou um tiro no pescoço dele. O segurança que a segurava caiu no chão, e Hino deu uma rasteira no outro, que também foi ao chão. Ela finalmente se levantou e disparou dois tiros na cabeça dele e, rapidamente, se virou, apontando a arma contra o diretor do laboratório.— Tire ela da cama, agora, imbecil! — Hino gritou irritada enquanto o diretor ria, olhando fixamente para ela.— Você não vai me matar, menina. Vai precisar de mim pra fazer sua irmã voltar a falar novamente, e eu sei que está curiosa para saber como eu vou fazer isso. Mas nunca vai saber se eu estiver morto, não é? — disse o diretor, com um sorriso malicioso no rosto, enquanto Hino continuava apontando a arma para ele.— Não, eu não es
Momentos antes, a correnteza estava forte, levando mais rapidamente o corpo de Hino, que bateu as costas em uma rocha próxima a um tronco de árvore. Ela então acordou e segurou com força o tronco de árvore e usou toda a sua força para sair da água e cair na floresta.Ela foi se arrastando até uma árvore e, sem forças, apenas caiu novamente no chão, sentindo muita dor em seu corpo enquanto olhava para a lua no céu, seus olhos quase se fechando.— Socorro, me, me, ajuda, eu não quero morrer — disse Hino, sua voz fraca e baixa, que parecia um sussurro que quase não dava para se ouvir, e em seguida, ela desmaiou.Enquanto isso, na floresta, Tyler e Talisa ainda estavam se beijando, um em cima do outro, e começaram a rir após seus lábios se separarem. Porém, os olhos de Tyler brilharam de cinza, deixando-a assustada e preocupada com a cor dos olhos dele, que era diferente dos outros lobisomens, pois ela só tinha visto aqueles olhos uma vez na vida, e foi quando seus pais biológicos morrera
Casa dos Lauder: Alessandro estava sentado na frente de sua casa, desanimado, quando recebeu uma mensagem de texto enviada por Tailane. Então, ele tirou o celular do bolso e leu a mensagem.— Oi, Alessandro, precisamos conversar, podemos? — dizia a mensagem de texto enviada por Tailane ao celular de Alessandro.Digitando...— Sim, podemos, onde você está? — dizia a mensagem de texto que Alessandro enviou em resposta e perguntou.Digitando...— Estou em casa, no meu quarto especificamente — dizia a mensagem enviada por Tailane. Então, Alessandro apenas visualizou a mensagem, mas não respondeu.Enquanto isso, na casa da Talisa, sua família estava reunida na sala, conversando sobre um assunto importante dos vampiros. Porém, a reunião foi interrompida por Talisa e Tyler, que entraram na sala enquanto Tyler segurava Hino desmaiada em seus braços, e os vampiros ficaram olhando para eles, todos calados, sem dizer uma palavra.— Mãe, não temos tempo, ela está morrendo e precisa de ajuda — dis