Madison
Quatro anos depois
Nova Iorque
— Você tem certeza que é isso que você quer? — Ouço a advogada me perguntando quando me entrega os papéis para eu poder ler. E na verdade não sei o motivo de ela estar me perguntando isso se é para isso que ela foi contratada, pra defender os meus interesses. Suspiro e dou mais uma conferida nos papéis, eu já devia ter feito isso há muito tempo. Isso não é mais sobre mim, os últimos anos me ensinaram isso.
— Tenho sim doutora. Isso é o melhor — falo meio triste encarando a imensidão da maior cidade do país pela janela do edifício. De imaginar que tudo o que eu mais queria na adolescência era vir morar em Nova Iorque e ter um marido rico. Mas cá estou eu agora, com vinte e cinco anos e assinando os papéis do divórcio após aturar várias e várias traições, maus tratos e humilhações. Eu não podia mais suportar aquela situação. — O advogado do Mathew disse mais alguma coisa? Eles ainda vêm?
Ele ainda não assinou os papéis. Mas para ele, se divorciar não faz diferença nenhuma, provavelmente está ocupado com o trabalho, como sempre esteve desde o dia em que nos casamos. É incrível o quanto a vida pode esconder certas façanhas das pessoas, fui uma iludida e paguei durante quatro anos cheios por isso.
No meio de tudo isso, a única coisa que trás sentindo pra nossa vida é a minha filha, minha princesa. Ela é praticamente o ar que eu respiro, é só por ela que estou me divorciando, não posso cometer o erro de colocá-la num lar onde ela não será feliz, hoje em dia não me importo de ser mãe solteira.
— O meu colega assim como o senhor Walker ainda não compareceram. Mas...
— Bom dia. — Somos interrompidas pela chegada de dois homens — meu futuro ex marido e seu advogado, — finalmente iremos resolver isso de uma vez por todas. Por favor sejamos rápidos tenho mais o que fazer. Deixei vários compromissos pra poder estar aqui.
Ele e seu ego enorme como sempre o acompanhando. É óbvio que ele sempre tem mais o que fazer. Quando contei que queria me divorciar ele nem se opôs e muito menos demonstrou algum tipo sentimento por isso. Digamos que Mathew é como o grande rei dos negócios aqui em Nova Iorque, o trabalho dele é comprar empresas a beira da falência fazê-las lucrar e depois vendê-las cinco vezes mais caras. Ou seja, ele é um homem muito poderoso e milionário, esse é um dos motivos que faz com que minha mãe praticamente me trate mal nos últimos tempos, mas eu não podia mais aguentar aqueles maus tratos.
Os berros por tudo ou nada, as intimidações, os empurrões contra parede, as puxadas de cabelo. Sabia que dali íamos evoluir para t***s, socos e cintadas. Resolvi cortar o mal pela raiz. Desde o dia que minha filhinha me flagrou chorando no banheiro, nunca vou esquecer esse dia, a carinha triste que ela fez, o jeito que me acalentava. Nesse dia eu descobri mais uma de suas traições, ele simplesmente disse que eu não era nada e por isso tinha que ficar calada. Ele disse que procurava fora o que não tinha em casa, a paixão e o fogo.
E de certa forma ele tinha razão, eu nunca fiz uma faculdade, eu apenas cuidava da casa e me cuidava para ficar bonita para o meu marido e principalmente eu cuidava da minha filha. Não queria babá nenhuma, eu queria ser uma mãe presente na vida dela, ela é tudo o que eu tenho e dinheiro nenhum no mundo irá me separar dela.
Quando o juiz perguntou o motivo do divórcio eu falei de tudo o que aconteceu no nosso casamento, obviamente que o Mathew negou tudo, ele teve o apoio da víbora da mãe. E como o juiz era praticamente do círculo de amizades dele, as acusações foram negadas. Para todos ele é um homem íntegro e eu sou a esposa histérica que não sabe o quer da vida, é impressionante o que o dinheiro pode fazer.
— E agora que estamos nos divorciando você vai voltar para aquela fazendinha no fim do mundo pra voltar a fazer vinhos? — Ele pergunta enquanto aguarda que seu advogado termine de ler os papéis — o bom de tudo isso é que você sairá sem um tostão. E fique sabendo que cada centavo que eu mandar para Beatrice eu vou monitorar por conta própria. Não pense que vai usar a criança para me tirar dinheiro — essa é outra coisa que o juiz estipulou, que ele deveria pagar a pensão alimentícia para Trice. Eu não podia negar, era uma boa quantia, eu não tenho emprego, não sei fazer nada para além de ser dona de casa. E esse dinheiro vai me ajudar a criar minha filha, eu não quero ouvir o tempo todo minha mãe falando sobre dinheiro.
Pelo menos isso, ela tem de garantia.
— Vamos assinar isso de uma vez. Tenho uma reunião em vinte minutos e odeio, me atrasar para algo que realmente importa — ele puxa os papéis e os assina. Eu já os tinha assinado. Em alguns dias estaremos oficialmente divorciados.
— Muito bem. Agora que ambos já assinaram, o resto pode ser acordado entre os dois mais pra frente. Falo exatamente sobre como será a gestão da pensão e sobre os dias de visita do meu cliente a filha de vocês — era isso ou ele ia também querer cismar em tirar minha filha de mim.
— Sobre isso eu e a Trice vamos para Houston amanhã cedo. Eu quero passar uma temporada com ela — eu nunca mais voltei pra Houston desde a noite que fui embora a quatro anos. A Trice conhece os avós, eles vêm de vez em quando pra Nova Iorque nos visitar, minha amiga Lisa que por acaso está casada, também veio um par de vezes me visitar. E acho que já passou da hora da minha filha conhecer a fazenda, toda vez que conto sobre os animais e o campo ela fica com aqueles olhinhos azuis arregalados de tão impressionados. Já imagino a carinha dela quando ver todos aqueles animais, até um cavalo ela já ganhou do meu pai, apesar dele não estar com a saúde muito boa sei que vai amar ter a neta por perto pra ensina-la cada coisa.
Parece que a fazenda não está passando por um bom momento, e isso está afetando a saúde do meu pai, esse é um dos motivos que me fez querer deixar minha vida aqui em Nova Iorque e voltar pra fazenda. Os vinhedos morreram e já alguns meses não produzimos mais vinhos, apenas algumas culturas continuam sendo produzidas.
— Hum tanto faz. Só me avisa quando voltarem. — Ele pega o sobretudo preto e sai andando colocando os óculos escuros sem ao menos se despedir. Me despeço da advogada e saio andando rumo ao apartamento onde estou ficando com a minha filha nas últimas semanas. As malas estão quase prontas. Não posso negar estou animada de poder voltar pra casa. Mas também sinto muita insegurança, Mathew me humilhava dizendo que casei com ele por dinheiro, esfregava na minha cara que eu era interesseira. Várias vezes eu me senti inferior, indigna de qualquer coisa boa. Na verdade eu mesma não me achava digna de muita coisa na vida.
Principalmente depois do que eu fiz. Eu nunca fui essa mulher segura e empoderada que todo mundo via, e isso ficou ainda pior quando me casei com o Mathew, nosso casamento era na base da submissão e várias vezes eu me vi pensando que era um castigo de Deus por eu ter quebrado o coração de um homem tão bom quanto o Owen.
O meu Owen.
Aonde quer que ele esteja deve estar me odiando, se ao menos tivesse uma oportunidade de poder me desculpar.
Céus!
Resolvo parar de remoer o passado, isso sempre me deixa pensativa e não quero estar com esse semblante perto da minha filha.
Quando chego no apartamento sou recebida por um pequeno furacão.
— Mamãe — largo minha bolsa no chão e pego ela nos meus braços e começo a fazer cócegas na barriguinha dela, ela ri como nunca — para mamãe, senão meu coração vai parar aí eu vou cair durinha no chão e ter um taque cadia.
De todas as palavras difíceis que existem ela cismou com ataque cardíaco. Cumprimento a moça que ficou encarregada de cuidar da minha filha enquanto eu estava fora. Ela é uma das funcionárias da casa do Mathew, uma das poucas pessoas a quem eu confiava os cuidados da minha filha.
— Mamãe olha desenhei o Matt.
— E quem é o Matt? — Pergunto sem entender nada. Me abaixo na altura dela e dou um beijo na testa dela. Ela me entrega o desenho
— O meu cavalo mamãe — ela fala de um jeito dramático como se eu fosse a lerda que não entende nada.
— Ha tá.
No dia seguinte
Houston, Texas
Não sei como pude ficar tanto tempo longe deste lugar. Um lugar tão lindo de ar puro e cheio de cor, muito diferente do clima melancólico e ar pesado de Nova Iorque. E está tudo como eu me lembro, os campos estão lindos cheios de alguma plantação apesar da fazenda não estar nos seus melhores momentos, ainda não me dei tempo de visitar tudo, mas amanhã vou sair numa empreitada para ver como está cada canto das terras, meu pai me disse que resolveu dar um ar mais modernizado para fazenda e trazer novas culturas também assim como o maquinado.
O que eu acho muito bom, grandes produtores de cereais e frutas ou vegetais estão investindo muito no mercado de produtos orgânicos hoje em dia, e sei que se ele fizer isso também terá muitos lucros. Estou aqui para ajudar e espero ser útil.
— E então como foi a viagem? — Saio do meu devaneio quando escuto minha mãe me fazendo a pergunta.
— Foi tudo bem. Apesar da Trice não ter ficado muito sossegada no percurso. Ela queria ficar o tempo todo andando no avião mas não podia — minha mãe me olha com aquela cara de quem vai dizer algo que tenho certeza que não vou gostar.
— Se ela estivesse no jato do pai, com certeza faria o que ela quisesse sem se preocupar em quebrar nada.
— Mãe não começa tá bom? — Pergunto passando a mão na testa — a senhora precisa aceitar de uma vez por todas que meu casamento com o Mathew acabou, e não há mais volta.
— Eu nunca vou aceitar isso. Eu tinha arranjado o marido perfeito pra você. Se não tivesse sido tão estúpida sua filha seria a única herdeira, mas agora que o pai está solteiro, com certeza alguma interesseira irá engravidar dele só pra prende-lo — se tornou praticamente impossível ter uma conversa com minha mãe.
— A senhora está mais preocupada com a herança do que com nosso bem-estar. Eu contei pra você sobre as traições do Mathew, contei as coisas horríveis que ele fazia comigo quando brigávamos. Eu sinto muito mas eu não ia ficar a espera de levar uma tapa na frente da minha filha pra sair daquele casamento — ela me olha com a cara emburrada e não responde mais nada.
Continuo observando minha filha que brinca com um coelhinho branco muito fofo ao lado do avô, meu pai está meio abatido e isso está me preocupando, quando falávamos pelo celular ele dizia não ter nada com me se preocupar. Ele me enganou.
— A senhora não acha que meu pai está um pouco abatido mãe?
— Sim já reparei. Mas ele é um teimoso. Ainda acha que tem trinta anos — ela fala revirando os olhos. Somos interrompidas por uma das funcionárias que pergunta o que deve ser feito para o almoço — fale para Mary preparar lombo de porco defumado com vegetais.
— Mary? E o que aconteceu com a Marisa? — Estou praticamente fervendo de curiosidade. Será que ela e o marido foram embora com o Owen? Não tenho coragem de perguntar nada sobre ele.
— Ela e o marido se aposentaram uns meses depois que aquela delinquente foi embora. — Ela abana o leque enquanto olha para o campo, como se falar de Owen fosse algo tão insignificante que não mereça sua atenção, mas ele não é um simples delinquente, pelo menos para mim — eles vivem bem pelo que ouvi. De vez enquanto o velho ajuda o seu pai em algumas coisas da fazenda.
— Háah — tomo um gole do suco de laranja e fico remexendo no celular tirando inúmeras fotos da minha filha.
— Mad — me viro e me meus olhos se deparam com uma Lisa sorridente subindo as escadas da varanda. Me levanto e vou até ela para abraça-la. — Uau, como você está linda. Melhor ainda de quando te vi no meu casamento a seis meses. — Ela me olha com admiração, mas eu a estou admirando ainda mais, ela está tão linda e tão adulta. Até as roupas dela mudaram. O estilo dela agora á mais elegante.
— Você está linda. Com certeza é a esposa de um senador da república — a família da Lisa está muito envolvida na política a, no fim ela se casaria com alguém do meio politico também. — Uma pena que enquanto você entra no seu casamento eu estou saindo.
— Eu sinto muito que tenha acabado assim. — Ela lamenta tocando minha mão enquanto nós sentarmos no sofá — meu Deus a Beatrice está tão lindinha.
Gente eu escrevi um capitulo muito longo e não coube aqui, mas eu dou um jeito. De volta a cidade nova, será que ela vai realmente curtir o novo estilo de vida numa cidade rural. será que ela saiu de um casamento toxico pra se meter em outro lugar ainda mais pior.
Madison Cox Rio olhando toda boba pra minha filha que agora está suja de terra. Colocamos o papo em dia e quando íamos nos mudar pra sala de jantar olhei de forma cúmplice para minha melhor amiga, preciso que ela me conte o que aconteceu na cidade enquanto estive fora. — Então Lisa como está sua mãe?— Bem obrigada. Na verdade ela anda muito ocupada com a preparação de uma recepção para o dono daquela fazenda... qual o nome mesmo? — Ela pensa segurando o queixo — ahh o forte. — Mas ninguém nunca viu o dono daquele lugar. A única coisa que se sabe é que pertencia a uma família inglesa que foi embora e nunca mais voltou — mamãe fala muito interessada no assunto. — Poie é. O lugar já está sendo remodelado e preparado para sua chegada, vieram os melhores arquitetos e designers de interiores de Nova Iorque. Sem contar que aquele lugar é enorme e deve contar com mais de uma dezena de funcionários só pra manter a casa em funcionamento — então ela e minha mãe engatam no assunto sobre as f
Madsion Antes de dar um banho na minha filha entro no meu quarto e guardo o convite na minha penteadeira ainda pensando se devo ou não comparecer. Digamos que as pessoas daqui são muito conservadoras e não vê de bom modo assuntos como o divórcio, principalmente depois de alguns anos de casada e com uma filha. E mais uma vez estarei na boca do povo exatamente como minha mãe odeia. Suspiro derrotada lembrando que por mais que eu não queira ela vai arranjar um jeito de me obrigar a ir só para me atirar pra cima de algum homem rico. Fui tão Ingénua em confiar a minha vida pra minha mãe, desde sempre praticamente me ordenou a nunca falar do meu envolvimento com Owen para o meu pai. E assim eu fiz até que tudo aquilo aconteceu. E na verdade meu pai anda com a saúde tão frágil que a cada coisa que falo com ele preciso ser metódica. owen Londres, InglaterraTomo um gole do meu uísque enquanto concentro meu olhar no encriptar das chamas da lareira rústica. A bebida desce pela garganta j
Madson Após cerca de uma hora me arrumando eu me olho no espelho e não sei como me sentir sobre a minha aparência, o vestido é lindo isso eu não nego, até fiz uma maquiagem linda também, meu cabelo está solto em ondas, e apesar de tudo isso me sinto insegura com a minha aparência. — Você está horrível, já se olhou no espelho hoje? Um homem como eu merece que a esposa esteja a altura, nem sei porquê ainda perco meu tempo com você. — Essas palavras nublam minha mente de repente, é assim toda vez que me olho no espelho, para o Mathew eu nunca estava arrumada o suficiente, ele gostava de me recriminar por causa da minha aparência, ou por causa da roupa, ou do meu corpo, ou por causa das olheiras que ganhava devido as noites de choro. Tudo isso contribuiu para eu me sentir uma mulher insegura com a própria aparência, eu não tinha mais a mesma autoestima de a quatro anos atrás. Nas primeiras semanas do nosso casamento e as vésperas também ele foi um princípio comigo, eu até cheguei a p
Madison Cox Lá estava ele. Bem na minha frente. — Mad você está bem? — Como se eu não fosse nada ele desvia o olhar e cochicha algo no ouvido da mulher loira que está ao lado dele, uma namorada? Esposa? Não sei, mas dá pra ver que são bem íntimos. — Mad por favor você está me assustando, você está gelada. Então o passado nubla minha visão como uma enxurrada. Me sinto sufocada e sem forças para gerir meus próprios pensamentos. Meu Deus ele está aqui. — Eu-eu não estou... me sentindo bem — falo sentindo uma queimação no peito que me impede de respirar. Tudo a minha volta parece estar se movendo — Lisa.— Vem comigo — ela segura minha bolsa e me segura pela cintura me ajudando a passar entre as pessoas. — Vamos para o escritório do meu pai, lá estaremos mais a vontade. Ela me guia até lá e me coloca sentada numa poltrona, um garçom que vinha logo atrás de nós me ofereceu uma copo de água e eu agradeci. Só agora me dou conta que minhas mãos estão trémulas. Eu bebo o copo todo de água
Madison Cox No dia seguinte Apesar da ligeira dor de cabeça, eu acordei bem disposta. Dei banho na minha filha e agora estamos tomando o café da manhã com meus pais. E minha mãe olha para mim a cada golada que ela dá no café com certeza esperando o momento certo para me importunar. E estou me lembrando que preciso ter uma conversa com a Trice, preciso contar que eu o pai dela não estamos mais juntos, eu ainda não sei como fazer isso mas preciso, porque tarde ou cedo ela vai começar a perguntar o motivo de não estarmos voltando para casa. Eu estava cortando as frutas dela quando um dos funcionários da casa entrou avisando que um homem que se diz representante do banco está aqui. Eu me levanto para atendê-lo bem antes que meu pai o faça. — Pai por favor continue tomando seu café da manhã. Eu vou — ele não pode ter alterações bruscas de humor tendo a saúde tão fragilizada. Saio da sala de jantar e vou receber o homem no escritório do meu pai. — Bom dia senhorita. — O homem de apare
Owen Ward Aperto minhas mãos em punhos com toda força que posso ao lembrar de toda aquela intimidade que vi ontem a noite entre a Madison e o Dante. Não entendo em que momento ela o rondou até chegarem a aquele nível de ele colocar a mão nas costas dela e a levar pra casa naquela hora da noite como se fossem grandes amigos. Apesar dela ter ido embora tão cedo, sei que minha presença a abalou muito, mais do que eu achei que a chocaria. Se ela acha que vai fugir de mim, está muito enganada. Muito em breve nossos caminhos vão se cruzar até o tempo que eu determinar, quando eu entender que ela aprendeu a lição e vai deixar de ser aquela mulher interesseira e soberba, eu vou ensina-la que nem sempre na vida tudo são flores, a Madison vai conhecer o homem em que ela me transformou, e no que todo aquele amor que eu sentia e ela pisava me transformou. Se eu ainda acredito no tal do amor? A vida já me ensinou que fui muito bobo por muito tempo, agora sou um homem feito, e essas coisas não
Madison Cox Me despeço da minha melhor amiga a prometendo uma visita a casa dela. Desde que ela se casou eu nunca fui literalmente visitá-la na casa dela, apenas nos vimos em Nova Iorque umas duas vezes quando ela foi m visitar, ou falávamos pelo celular, e da última vez em que nos vimos estivemos na casa dos pais onde ocorria a recepção de boas vindas do Owen. E não tem como falar o nome dele sem lembrar sobre a noite de ontem, o ódio que vi nos olhos dele, a determinação e até muitos outros sentimentos tão amargos. O jeito como ele me olhava como se eu fosse o pior ser na terra. Não posso negar que meu coração idiota desanimou ao vê-lo acompanhado, mas agora sei qual o meu lugar, o Owen me odeia, e não o culpo por isso. Respiro fundo e decido sair pra procurar a Beatrice pra vir almoçar. Ela está gostando tanto da fazenda que às vezes é muito trabalhoso alimenta-la, principalmente porque ela fica sempre perguntando pelo pai sobre quando ele vem ou quando vamos para casa para el
Madison Cox Balanço o pé como forma de acalmar os calafrios que passam por meu corpo enquanto aguardo por notícias, não sei em que momento da minha vida eu adquiri essa ansiedade, mas toda vez que fico ansiosa ou nervosa eu balanço o pé sem parar. Não sei quantas vezes minha mãe olhou para esses movimentos com uma cara nada boa, talvez o meu aspecto nada agradável também não a tenha agradado, mas quem liga? Estamos num hospital o lugar mais frio e assustador que já estive, aqui ninguém liga para o que a tão estimada filha de Lauren Cox está vestindo. Ninguém liga para o meu conjunto de moletom. Minha mãe enchia a boca para falar pra cidade inteira que sua única filha estava casada com um dos homens mais importantes do país, um nova-iorquino dono de uma das maiores e promissoras empresas que lidam com investimento. E hoje em dia aqui estou eu, divorciada e de volta a casa dos meus pais de onde eu nunca deveria ter saído, ou então não teria passado por tudo o que passei nas mãos do