CAPITULO 07

Madsion 

Antes de dar um banho na minha filha entro no meu quarto e guardo o convite na minha penteadeira ainda pensando se devo ou não comparecer. Digamos que as pessoas daqui são muito conservadoras e não vê de bom modo assuntos como o divórcio, principalmente depois de alguns anos de casada e com uma filha. 

E mais uma vez estarei na boca do povo exatamente como minha mãe odeia. 

Suspiro derrotada lembrando que por mais que eu não queira ela vai arranjar um jeito de me obrigar a ir só para me atirar pra cima de algum homem rico. 

Fui tão Ingénua em confiar a minha vida pra minha mãe, desde sempre praticamente me ordenou a nunca falar do meu envolvimento com Owen para o meu pai. E assim eu fiz até que tudo aquilo aconteceu. 

E na verdade meu pai anda com a saúde tão frágil que a cada coisa que falo com ele preciso ser metódica. 

owen 

Londres, Inglaterra

Tomo um gole do meu uísque enquanto concentro meu olhar no encriptar das chamas da lareira rústica. A bebida desce pela garganta já acostumada a textura e intensidade que essa bebida pode trazer. E mais uma vez eu acabava de reviver memórias passadas, e a cada vez que as revivo mais o meu ódio cresce por todos. 

Passaram-se quatro anos, mas parece que foi ontem que meu coração foi dilacerado como se fosse nada, que fui jogado feito o trapo velho. 

E principalmente aquela m*****a mulher que trouxe a tona o pior que pode haver de um homem cujo coração foi pisoteado. Ela me usou apenas para sanar seus caprichos sexuais, me envolveu em toda aquela aura de paixão e luxúria e partiu meu coração. Me usou como a porra de um bonequinho manipulável, ela tinha os dados do jogo e soube fazer a jogada certa para me eliminar.

Mas agora eu que dito o ritmo do jogo e como se deve jogar, e quando eu ganhar vou destruir ela e deixá-la reduzida a nada. 

Nos últimos anos eu preferi não saber nada que tenha haver com os Cox ou com Houston apenas me comunico com meus padrinhos. E durante todo esse tempo eu passei apenas estudando e aprendendo com os melhores que o dinheiro podia pagar, viajei e conheci o mundo e lindas mulheres. 

Sexo cru e bruto me ajudou a aplacar a raiva. 

Eu me formei com honras no curso de administração que eu fiz, também estudei francês, italiano e alemão. E ainda há muitas outras línguas que posso aprender. Também tive aulas com os melhores professores da escola de negócios de Nova Iorque. Pra poder gerir toda a fortuna da família é muito necessário.

E tudo isso aconteceu graças a ligação que eu fiz naquele dia, quando eu ainda trabalhava como ajudante de obras naquela construtora em Austin. Quando aquela moça que me atendeu me explicou que a anos alguém me procurava eu não acreditei, até que um dia eu finalmente estive diante de uma cópia minha, mas, trinta anos mais velho. Naquele momento minha vida mudou por completo. Mas com tempo ainda explicarei o que aconteceu até eu chegar aonde estou. 

Saio dos meus devaneios quando escuto alguém batendo na porta do meu escritório. 

— Senhor Ward, Sua advogada acabou de chegar — Melissa, uma linda londrina que por várias  vezes me proporcionou muito prazer avisa quando entra na minha sala vestindo uma das saias bem justas. 

— Ótimo. Tem notícias do meu pai? 

— Nesse momento ele está no jato particular dele a caminho das Maldivas rumo às férias prolongadas — Assinto e ela sai da minha sala. Meu pai veio com uma  história de tirar férias a longo prazo uma vez que encontrou o herdeiro que vai comandar o negócio da família. Por mais que nossas personalidades sejam diferentes, Edward e eu nos damos muito bem. 

Estou com trinta anos e as pessoas já me veem como um jovem promissor no mundo dos negócios, e eles não estão mentindo. Eu sou bom no que faço. Mesmo ainda sentindo o chamado das terras férteis em meu sangue.

— Com licença Owen — me mudo da poltrona que fica de frente para a lareira até minha cadeira na mesa de trabalho. 

— Por favor fique a vontade Sylvie. — De todos os que me rodeiam ela, meu melhor amigo Charles para além do meu pai são as pessoas em quem mais confio nesse momento da minha vida. Eles sabem da minha história, e sei que posso contar com eles na minha vingança. — Pode falar estou pronto para te ouvir. 

— Como você bem sabe, Madison Cox se casou, mas recentemente ela se divorciou do marido. O motivo não está bem claro, mas parece que foi infidelidade por parte do marido. Foi o que eu li na ata da audiência do divórcio  — hum, no final ela se tornou uma mulher divorciada, uma usada. Exatamente o que a mãe e sociedade em que vivem tanto abominam — e pelo que vi, ele não deixou ela com nenhum tostão ou imóvel ou ações da empresa. A única que ganhará uma pensão alimentícia mensal é a filha do casal.

— Que filha? 

— Eles adotaram uma bebê algumas semanas depois de terem se casado, o nome dela é Beatrice. — Ela me entrega algumas fotos e nelas eu vejo a referida menina que deve ter uns quatro anos de idade — agora elas estão na fazenda do avô. Outro ponto que eu acho que você pode usar a seu favor é o fato do pai dela estar com uma dívida de mais de dois milhões de dólares com aquele banco em que você possui boa parte das ações, tem uma agência por lá. 

Te garanto que pelas minhas investigações aquele lugar está mudado. A esposa do prefeito está até organizando uma pequena recepção pra você na casa deles. 

Sorrio ao imaginar o quanto eles são idiotas por acharem que vou me misturar com eles. Tenho objetivos específicos naquela cidade, e me socializar com aquele bando de esnobes não faz parte.

— Quanto tempo pretende ficar por lá? 

— Por volta de um ano, ou menos. Vai depender de tudo o que vou conseguir fazer e cumprir meus objetivos. — Que são ver a Madison reduzida a nada. Na verdade me surpreende que alguém como ela tenha adotado uma criança, aposto que fez isso apenas para tirar proveito do que essa adoção pode proporcionar. Nesse caso a pensão bem gorda que a filha irá receber. Para além da herança claro — Mande que preparem o jato, não podemos fazer essa desfeita de não aparecer na tal recepção. 

Nós dois sorrimos e brindados com nossos corpos. 

Ahh, ela vai se arrepender por ter espisoteado  aquele pobre e iludido peão. 

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