Madison WardQuando acordei deitada na cama do hospital eu senti o maior alívio que que jamais pude imaginar que sentiria ao abrir os olhos, mas isso durou apenas alguns segundos até quando me dei conta dos acontecimentos que antecederamaquele momento de paz e alívio por estar viva. O Mathew me fazendo aquelas ameaças violentas e me confessando que desde o princípio eu fazia parte dos jogos vingativos do Owen, e depois veio o momento em que Owen invadiu aquela cabana e bateu no Mathew até ele ficar completamente irreconhecível e sujo de sangue quase em carne viva. Foi horrível ver tudo aquilo, eu estava tão abalada e tão chocado e ao mesmo tempo debilitada devido ao meu estado físico que apaguei. E agora aqui estou eu refletindo sobre o quanto o Owen brincou comigo, ele moveu as peças certas para me ter bem aqui a mercê dele próprio. Cansada de derramar as lágrimas apenas me concentro a sair daqui para ir dar um abraço muito forte na minha filha, ela é meu único motivo de continuar
OwenSaio do nosso quarto transtornado e me sentindo um inútil a porra de um burro que talvez acaba de perder a mulher que ama por causa da vingança e do desejo de vê-la subjugada a mim e as minhas loucuras. Passo minhas mãos pelos cabelos que estão cada vez mais longo e suspiro olhando para lua cheia que ilumina a escuridão noturna que domina o exterior da fazenda. Eu preciso extravasar essa raiva e essa frustração que estou sentindo nesse momento. Saio caminhando até a minha academia que se quer sei como cheguei em tao pouco tempo, sem me importar em colocar a roupa apropriada de treino apenas me livro da camisa que pode impossibilitar meus movimentos e sem precisar da porra das luvas começo a socar a porra do saco de pancadas até sentir meus músculos superiores retesarem e em seu silêncio pedindo por clemência pois por mais que o esgotamento seja físico na minha cabeça eu ainda consigo fazer mais. Após mais alguns golpes eu paro pra respirar pois parece que meu ar foi sugado para
Owen WardEstaciono a camionete em frente a casa dos meus sogros e vejo o Cox saindo para me receber. — Owen está tudo bem com a minha filha e com a minha neta? — Pergunta preocupado. — Está tudo bem com elas. A Madison apenas teve um pequeno mal-estar durante a madrugada mas agora ela está bem. Só precisar descansar e não fazer muito esforço.— Que bom. Fiquei meio preocupado porque ontem ela parecia meio abalada depois de tudo o que aconteceu — o acompanho até a varanda os dois sentamo-nos — o delegado me ligou e disse que você já fez a denúncia formal contra aquele desgraçado do Mathew e contra o degenerado do meu antigo capataz. — Sim, depois eu passo por lá para saber do andamento do caso — parte disso é verdade. Isso porque meu querido sogro não imagina o que o seu tão estimado capataz fez durante toda essa vida para além de trabalhar na fazenda. Na verdade ele fez muito mais do que trabalhar nesse lugar. — Eu demorei a mandar aquele desgraçado para a cadeia. Eu já desconfia
Lauren CoxAssim que o carro estaciona em frente a minha casa o motorista abre a porta para mim e eu me retiro do veículo ajeitando minha roupa. — Leve minhas compras pra dentro — comando abrindo meu leque para me refrescar desse calor infernal do interior de Houston. Por mim a gente já teria saído desse lugar a muito tempo mas o James jamais aceitaria isso. Ele nunca abandonaria essas terras pra morar em outro lugar. Entro no interior da casa estranhando ao ver algumas malas empilhadas na sala de estar franzo o cenho achando tudo muito estranho já que não me lembro de nenhuma visita chegando esses dias. Espero que não seja aquela tonta da Madison, acho bom que ela não se atreva a pensar em se separar do marido. Não depois de tudo o que eu tive que passar para convence-la a aceitar aquele maldito contrato de casamento. Ela já se divorciou uma vez, imagina o que seria se isso acontecesse outra vez? Aí sim que eu nunca mais ia querer continuar nessa cidade. Decidida a ir até o andar
Owen Ward— Quem você pensa que é para me expulsar daqui? Você é uma simples empregada nesta casa e tudo que está nela pertence a minha filha ela é a dona e senhora desta casa e eu como mãe dela tenho todo direito de estar aqui — ouço a comoção enquanto desço as escadas. E pelo que parece a mãe da Madison está aqui, não me surpreende que depois de tudo o que confessei ao marido que pelo que parece já deve ter tomado algumas medidas. — Eu não sou empregada sou como a mãe do proprietário de tudo isso, e se digo que a madame não é bem bem-vinda aqui é porque não é — minha madrinha está com o dedo na cara da mulher quando finalmente alcanço a sala de estar. — Owen querido — a mulher se aproxima com o sorriso mais cínico que já vi na vida — pode falar pra Madison que a mãe dela está aqui? — A Madison não está aqui — respondo cruzando os braços. — E onde Ela está? Não era suposto estar de repouso absoluto por causa da gravidez? — Pergunta com o nariz em pé. Essa mulher é o típico de pes
Madison Ward— Eu ajudo você — Owen fala atenciosamente se colocando ao meu lado para me ajudar a subir na maca. Já estou vestindo a bata. — Não preciso da sua ajuda — murmuro tentando subir com ajuda dos pequenos degraus que existem por baixo. — Deixa de ser teimosa — fala praticamente me carregando para cima da maca com toda sua brutalidade mesclada. A médica chega antes que eu pudesse ter mais uma explosão. — Vamos ver como está esse bebezinho — a médica faz algumas análises enquanto mostra as imagens do ultrassom. As últimas duas consultas eu vim sozinha e apenas mandava os documentos de desenvolvimento para o Owen. Este mês resolvi chamar ele porque a médica disse que provavelmente conseguiríamos ver o sexo do bebê — Olhem só, parece que hoje o bebê acordou bem feliz para nos deixar saber se é um menino ou uma menininha. — Eu quase não posso me segurar para saber o sexo do bebêzinho que tem me dado tanta dor de cabeça. — A médica faz um pouco mais de suspense até finalmente
Madison WardUm anos depoisEncaro meu reflexo através do espelho ainda sem acreditar no que tem acontecido. Já me vesti de noiva duas vezes na minha vida, mas em nenhuma delas me senti tão feliz quanto agora. Porque hoje irei me casar com a pessoa certa e pelos motivos certos. As últimas vezes não contam porque eram casamentos de fachadas e com contratos e por motivos muito distantes do que realmente deveria ser um casamento. Quando o Owen me pediu em casamento a alguns meses atrás foi a coisa mais linda do mundo foi o pedido que no mais fundo dos meus desejos eu quis ter em toda minha vida, desta vez teve até festa de noivado e todo mundo que nós gostamos estava presente. Acho que as pessoas estão certas quando falam que Deus escreve certo por linhas tortas, porque graças a essa loucura toda é que pude ter meu Owen de volta. Por outro lado sempre me pergunto como teria sido o rumo de nossas vidas se ele tivesse simplesmente esquecido o rancor e decidisse seguir sua vida longe da
Owen Ramires Houston, Estado do Texas Conduzo uma das camionetes do patrão acompanhando o som da música country que mais sucesso está fazendo não só aqui na cidade de Houston como em todo o estado, e como sou apreciador de boa música eu também não podia deixar de gostar de um som tão bom quanto esse. Na verdade estou dirigindo e cantando esse country romântico, feito a porra de um idiota apaixonado como o Charles sempre diz toda vez que me vê aéreo pensando nela, desde que me lembro eu sou apaixonado por aquela mulher, apesar das nossas diferenças, eu sendo apenas um peão na grande fazendo do pai dela, quando eu mal podia falar com ela eu ficava o dia todo a observando enquanto ela praticava as aulas de equitação ou ficava conversando com as amigas da cidade grande. E aposto que em todos esses momentos eu fazia cara de bobo. Até que a dois anos atrás depois de eu ter ficado babando pelos cantos da fazenda feito um burro por ela, eis que ela me surpreendeu com a iluminação de um cu