Paulo e Rebecca viviam como cão e gato. Uma hora estavam bem com ele lhe dando apelidos ridículos e outra em pé de guerra porque ela havia se negado a ser alguém tão servil. E com as apresentações escolares se aproximando, Paulo não queria que Rebecca se apresentasse.- Eu passei a minha vida escolar me apresentando na escola, Paulo. Eu não vou simplesmente desaparecer por causa da sua insegurança. - Não é insegurança. É cuidado!- Ninguém vai meter a mão em mim. - Mas vai imaginar metendo.- Eu não posso fazer nada. As suas amiguinhas sabem que tem namorada e têm o descaramento em querer lhe beijar. "É só um estalinho, querida."- Ciumenta!- Quer que eu saia cumprimentando meus amigos com estalinho?- É coisa de artista!- Vou tentar a carreira de atriz. O que acha?- Não! De jeito nenhum!- Não é você que escolhe, artista. Se pode sair por aí beijando qualquer uma, eu posso fazer o mesmo. Principalmente quando está viajando.
O dia da apresentação começou às cinco da manhã com Cecília e Rebecca estressadas e sem conseguir dormir. Tanto Klaus como Felipe iriam para o hospital pela manhã e voltariam na hora do almoço se não tivessem alguma emergência. A concentração seria no apartamento de Catarina e Paulo ficaria responsável em levar Rodrigo e os gêmeos na escola enquanto as meninas descansavam ou preparavam o figurino.Uma coisa engraçada para se comentar era que Klaus odiava aquela proximidade entre Paulo e a filha. Mas, do mesmo jeito que conseguiu burlar a atenção dos pais de Clarice, acreditava que o Paulo faria o mesmo. O engraçado nisso tudo é que Paulo não fazia nem a metade do que Klaus havia aprontado com Clarice.- Onde está Rebecca? - No quarto. Paulo está fazendo massagem nas meninas. Até a sua mãe está na fila.- Está brincando?- Seu pai está dormindo no quarto de hóspedes todo relaxado. Ele foi o primeiro.- Não iriam deixar gente na casa de Anna e P
Quando todo mundo já se encontrava no apartamento de Catarina e alguns já se serviam do jantar oferecido por um buffet contratado, Rebecca puxou a mãe para o quarto de Cecília onde poderian conversar enquanto Levy falava com o pai até um lugar onde pudesse lhe contar o que houve. Não demorou muito para Klaus aparecer diante de Clarice apavorado.- Eu não fiz nada, Clarice! Eu juro!- Eu acredito em você. - Acredita mesmo?- Acredito. Ela quer dinheiro, Klaus. Se o filho fosse realmente seu ela já teria feito um escândalo. Ela está vendo o que pode fazer.- Por um momento achei que teria acreditado nela.- Podem ir, crianças! Quero falar a sós com o seu pai.- O que foi, Clarice?- Eu achei que ela fosse mais bonita.- Ela está meio acabadinha. Era melhorzinha.- Você é tão machista nos seus comentários, Klaus.- Mas é verdade! Sexo, bebida e noites sem dormir acabam com a pessoa drasticamente se em exagero.- Meu Deus! O que
Com a Marla na cidade os encontros das mulheres da família ganhavam outra proporção. O cházinho da tarde tomavam outra proporção e a vítima daquele ano era Rebecca.- Então vocês não transaram ainda?- Mamãe! - Não faça essa cara, Anna! Você usou uma discussão com o seu pai para passar a noite com o Pedro. Aposto que transaram a noite toda.- Não foi a noite toda, mãe. Foi a minha primeira vez. Estava dolorida e envergonhada.- Cara de pau!- Você se casou virgem com o papai?- Casei. Frederick era o capeta em pessoa, mas eu o enrolei até o casamento. Em compensação eu levei dois meses para conseguir sair daquele quarto de hotel.- Hotel?- Exatamente. Seu pai me tirou do país para que ninguém pudesse me salvar. Voltei grávida da Isabel.- Que vovô levado!- Então Cecília... Conseguiu driblar o Felipe?- Vó, não ria, mas o problema não é o meu pai.- Qual é o problema? - É grande.- O quê? - É grande demais. Aqu
Lá pelas três Clarice ligou para casa. O celular havia descarregado e ela teve que ir ao shopping comprar algumas coisas. Encontrou os seus pais, almoçaram juntos, bebeu um pouco e decidiu caminhar um pouco na praia. Estava um dia lindo e ela queria saber se Klaus não queria encontrá-la com os gêmeos e o Levy.- Me diga o que eu tenho que levar.- Maiô, sunga, saída de praia, camisa e short. Uma muda de roupa de cada um. Duas toalhas e dois roupões de banho. Chinelos, chapeus e protetores solar. Traga os baldinhos. Eu estou na direção do prédio de Catarina. Ela já está vindo com as meninas e com o Rodrigo. Não demore!Klaus sorriu. As crianças riram e saíram correndo para pegar as suas coisas. Samuel pegou a sunga e correu para o banheiro. Sophia foi acordar o irmão Levy com beijinhos e cosquinhas. Levy riu e a abraçou. - Vamos para praia, Levy. Mamãe ligou.- Sério? - Tia Catarina, Rebecca, Cecília e Rodrigo já foram. Vamos, meu menino. Quem vai me pr
Rebecca e Levy não teriam aula e Clarice os colocou para cuidar dos gêmeos que queriam ajuda para fazer as atividades da escola.A mãe acordou preguiçosa com um olhar de quem iria aprontar algo. Saiu por algum tempo para ir à manicure e ao cabelereiro, voltando a tempo de preparar alguma surpresa para Klaus que naquela hora estava no centro cirúrgico do hospital.- Vai com calma, Dona Clarice! Vai matar o pai.- Levy, meu filho amado, se eu matasse o seu pai seria para atender o pedido dele. Provavelmente aquele maníaco seria enterrado com um enorme sorriso no rosto. - Clarice Cohen, você é uma devassa! - Espero que tenha a sorte de encontrar uma mulher parecida comigo, Levy. Aí, vai ser muito feliz.- Humilde...- Realista.Quando Clarice saiu de casa usando um modelo requintado estilo Jackie Kennedy, não imaginavam o tipo de lingerie que vestia por baixo do vestido. O taxista deu um pequeno sorriso ao vê-la entrar em seu carro, imaginando se
Clarice retornou para casa com o marido em silêncio. Klaus estava com a testa franzida e a respiração pesada. Não tinha certeza de nada, mas e se ela falasse a verdade?- Eu te amo, Clarice. Estamos bem?- Sim.- Você foi maravilhosa. Foi realmente muito boa. Extraordinária. Aposto que o hospital tem um monte de fofoca.- Aposto que estão dizendo que tem uma amante.- Mas eu tenho uma amante incrível. Você é a melhor. Sempre foi. - Que cara levada é essa?- A gente nunca transou no carro.- Aqui?- Por que não? - Não precisa tirar tudo. Só... Ah, assim. Você é a minha loba.- Gosta?- Muito.- E assim?- Isso, Clarice! Vai! - Assim?- Isso! Ah!... Assim!Clarice abriu a calça de Klaus com cuidado e se sentou sobre ele com cuidado erguendo um pouco o vestido. Klaus sorriu sem acreditar. Sempre quis que ela fizesse algo do tipo, mas nunca teve coragem de propor algo assim. Tão sensual e descarado.O porteiro viu quando o carro chegou, mas começou a ficar preocupado quando ninguém sai
Páris não precisava dos cabelos lisos e negros de Cecília e nem de seus olhos azuis para ser considerada bonita. Ela era linda. Perfeita com aquela boca que parecia sido perfeita para beijar, mas que não fazia questão de um contato físico.Enquanto Rebecca e Cecília estavam presas aos seus namorados, Páris brincava com os gêmeos e os ensinava a nadar. Levy tentava se aproximar, mas ela se afastava.- Qual é o problema, Páris? - Levy, eu não sou a Francis.- Eu sei. Você nem usa maquiagem e tem um gosto por blusas de gola canoa há muito tempo. - Eu sei que vocês ficaram.- Há uns três anos atrás e foi uma vez. Não fui para cama com ela. Ela é gata, mas a gente não combina. Ela faz muita merda.- Pois é! - Eu sinto muito pelo tapa. - Eu também. Eu gosto da minha irmã, mas ela está fora de controle. Antes de viajar a mamãe perdeu a cabeça e lhe deu uma surra de cinto. Papai ficou me segurando para não me colocar na frente. Poxa, Levy! Ela ve