Páris não precisava dos cabelos lisos e negros de Cecília e nem de seus olhos azuis para ser considerada bonita. Ela era linda. Perfeita com aquela boca que parecia sido perfeita para beijar, mas que não fazia questão de um contato físico.Enquanto Rebecca e Cecília estavam presas aos seus namorados, Páris brincava com os gêmeos e os ensinava a nadar. Levy tentava se aproximar, mas ela se afastava.- Qual é o problema, Páris? - Levy, eu não sou a Francis.- Eu sei. Você nem usa maquiagem e tem um gosto por blusas de gola canoa há muito tempo. - Eu sei que vocês ficaram.- Há uns três anos atrás e foi uma vez. Não fui para cama com ela. Ela é gata, mas a gente não combina. Ela faz muita merda.- Pois é! - Eu sinto muito pelo tapa. - Eu também. Eu gosto da minha irmã, mas ela está fora de controle. Antes de viajar a mamãe perdeu a cabeça e lhe deu uma surra de cinto. Papai ficou me segurando para não me colocar na frente. Poxa, Levy! Ela ve
Quando Catarina telefonou para saber as novidades foi Clarice quem contou sobre o namoro de Páris e Levy, mandando fotos que acabaram sendo compartilhadas no grupo com Anna, Marla, Eva, Camila (mãe das gemeas), Clarice, Olga e Norma.MARLA [ Eles são tão lindos juntos. Adorei as fotos. Frederick está aqui chorando igual um bobo. ]CAMILA [ Eu sempre disse que o Levy era o meu preferido. A sogrinha aqui ama 🥰 ]EVA [Eu nunca imaginei que o Levy gostasse da Páris]CLARICE [ Nem a gente. Ele nunca falou abertamente. Agora é que ficamos sabendo. Eu amo a Páris. Klaus já está sonhando com os netos correndo pelo apartamento.]CAMILA [ Eu nunca imaginei que o Klaus fosse tão sentimental. O Alberto está mais tranquilo sabendo que a Páris está com o Levy.]OLGA [Meus lindinhos da bisa]NORMA [ O Levy demorou, mas arranjou uma princesa belissima. Gustav já está escolhendo uma jóia para ela. ]ANNA [ Pena que a Páris vai para Londres ano que vem.]CATA
Rebecca deu banho, vestiu e penteou Sophia para que ela pudesse fazer compras para a família. Ela fez uma lista de coisas que faria o pai comprar para cada um e ele estava disposto a fazer exatamente o que ela queria. Clarice achava um exagero, mas não quis acabar com os sonhos da filha caçula. Sophia gostava de desenhar e enchia o quarto de todos com os seus desenhos. Gustav pagava pessoalmente um professor particular de desenho e ela começava a se destacar. Samuel gostava de contas e gostava de passar tempo com o avô vendo as contas do hospital. Norma mimava demais os gêmeos, mas não era distante dos mais velhos. Chegava sempre com uma camisa para os meninos ou um sapato ou bolsa para Rebecca. Eles a mimavam também. Levy tinha a maior paciência para levá-la às compras ou no salão de beleza agora que dirigia. Agora que tinha namorada, Norma e Gustav queria dar um carro para ele juntamente com algumas responsabilidades. Levy gostava disso.Quando a família chegou na lo
Já fazia um mês que Cecília estava em São Paulo após a milésima briga com Guilherme. Não haviam terminado oficialmente, mas parecia cada vez mais difícil continuar namorando depois dela ter o encontrado com uma colega de faculdade numa festa.- Cecília, você terminou comigo.- Terminei? Sério? Se é o que diz, está aqui porquê?- Eu estou vendo a sua cara...- Eu não preciso das suas explicações, mas eu acho muito engraçado você está se esfregando justamente com a garota que jurou que não tinha nada a ver.- E não tinha.- Mas agora tem? Faça o que tiver que fazer, mas sai de perto de mim. Vai viver a sua vida e me deixe em paz.- Ceci...- Cecília para você, Ruivo idiota.Então ela parecia se dedicar mais a música agora que estava sozinha, evitando ir na casa de Rebecca para não ver o "ruivo dos infernos". Uma vez sozinha era bom ter a liberdade de conversar com quem quisesse. Ela estava rindo enquanto caminhava de volta para o apartamen
Eram quase onze horas da noite quando Paulo ligou para o celular de Rebecca a pegando de surpresa.Sua voz era rouca e baixa e, como Cecília havia lhe contado, ele deveria estar no hospital até o avô retornar para o apartamento grande e luxuoso que morava com a Marla e alguns poucos empregados.- Rebecca, eu volto para casa amanhã. - Ele já teve alta?- Teve hoje de manhã, mas estive ocupado com a tia Isabel ajeitando as coisas para voltar para casa.- Não me deixaram ir...- Você não poderia ficar aqui, Ruiva. Quando tudo acalmar, a gente vem visitá-los. A Marla está cheia de saudade de você. Eu estou exausto.- Quer que eu o encontre no seu apartamento?- Não. Quero que durma sossegada porque eu estou voltando para casa. Rebecca, me desculpe... Eu não tinha intenção...- Eu sei. Por favor, não chore, meu Lobo. Eu não quero que chore.- Você não está mais brava?- Não! Está tudo bem. Eu só quero que venha logo e que me dê uma chave. Eu não quero correr o risco de ficar presa de novo.
Era claro que todos haviam reparado o cansaço de Guilherme depois de um dia no clube. Clarice havia contado ao marido o que havia acontecido e ele comemorou discretamente o sucesso de seu filho.- Acha que eles vão manter isso em segredo por quanto tempo?- Não faço ideia. Eu não quero nenhum comentário. - Tudo bem, Clarice. Mas o menino precisa se alimentar. O que ele gosta de comer?- Eu fiz suco de laranja com acerola. Ele tomou tudo e voltou a dormir.- Você só pode estar brincando. O menino precisa de energia. Ele voltou as atividades, Clarice.- Massa?- Isso! Aquela sua lasanha seria perfeito. Energia. É como correr uma maratona. Ligue para Cecília para ver como ela está. Não quero a minha futura nora toda prejudicada. - Ela não está. A gente não transou.- Não? - Foram só um amassos mais intensos.- Mas eu ouvi...- Caramba! Tá! A gente fez, mas Ceci vai ficar envergonhada se você for cochichar com Catarina. Ela está com um pouco de cólica e dores nas pernas. Coitada!- O qu
Clarice, que havia recebido o nome em homenagem a uma grande escritora ucraniana nacionalizada como brasileira, era uma mulher forte, de grande personalidade, com um grande coração. Entretanto, apesar de muitas coisas boas, Clarice trazia dentro de si uma inquietação, uma espécie de fúria que crescia quando os seus estavam em risco.Por causa de uma infidelidade um dos filhos havia sido raptada tempos atrás. Agora era uma antiga namorada que reivindicava paternidade para o filho já adulto com alguma intenção visível. Mas, o que Clarice mais odiava nesse mundo, era ser usada como meio para atingir quando alguém não conseguia atingir a sua meta. E Natasha estava fazendo isso há algum tempo.- Entre! Há pessoas aqui querendo ouvi-la.- Quem você chamou, Clarice?- Os pais do Klaus, um advogado e um detetive que adorarão ouvi-la. Eu sou mulher do Klaus, não sou a sua ex, Natasha. Você está me usando há muito tempo. Eu estou cansada. Você é uma aproveitador
Paulo estava enrolado com os preparativos do Natal indo de um lado para o outro com Felipe e o pai, e não pode ver Rebecca nos últimos dias.Clarice chegou com Klaus e os gêmeos na hora de sempre. Mas Rebecca parecia irritada porque não achou que a roupa que vestiria havia ficado boa e carregou Levy com ela para encontrar uma roupa nova.Paulo sorriu, mas sentiu pena do próprio Levy agora que Páris estava em São Pedro da Aldeia para passar o Natal com os avós, pais e bisavós. Lá pelas dez Rebecca chegou com Levy, chamando atenção não apenas do Paulo, mas de um primo que estava lá. - Caramba! Que coisa linda!- Ficou maluco, porra? Rebecca é minha noiva.- Ela tem uma irmã? - Tem. Aquela ali, mas acho que o Rodrigo já está de olho nela.- Babaca!- Tira o olho da minha noiva.- Vocês dois querem parar!- A culpa dele vovó. Está de olho na Rebecca.- Eu não aceito isso. O que estiver pensando, pare. Ela é noiva do seu primo.- Eu não vi aliança nenhuma.- Vó? - Mexa com ela e veremos