Depois de um momento de silêncio, resolvo quebrar o clima e tomar a frente.
— Posso fazer os pedidos? — Pergunto, olhando para ela. Não sou do tipo que fica esperando muito tempo para tomar a iniciativa, então vou logo ao ponto. — Tem umas coisas no menu que eu quero que você experimente.
Ela olha para mim, um sorriso divertido surgindo nos lábios.
— Claro. Aposto que você sabe bem o que pedir. — Ela responde, meio brincando, mas com aquele toque de curiosidade no olhar.
Eu me sinto à vontade, sabendo que ela está disposta a confiar no que eu escolher. Já tinha em mente o que eu queria que ela provasse.
— Eu vou pedir o sashimi de
A comida foi maravilhosa, o vinho me deixou mais solto, mas, por mais que a noite tenha sido perfeita, eu não quero que ela acabe. Olho para Charlotte e vejo que ela também está à vontade, e de alguma forma, isso me faz querer que esse momento dure mais.Eu a observo, e a forma como ela ainda sorri, relaxada, como se o mundo lá fora não existisse, me faz querer mais disso. Mais dela. Eu sei que, se ela não fosse aqui, a noite teria acabado faz tempo. Mas ela está, e eu não quero que ela vá embora. Não agora. Não ainda.— Não quero que a noite acabe. — Digo, mais para mim mesmo, mas a voz sai baixa o suficiente para ela ouvir.Ela me olha, surpresa, e seus olhos brilham, talvez pela mesma sensação de q
Quando ela entra na sala de cinema, vejo os olhos de Charlotte se iluminando. O espaço é enorme, com uma tela gigantesca, sofás confortáveis e a iluminação suave. Ela gira em torno, claramente impressionada.— Uau, isso é... impressionante! — Ela diz, se aproximando da tela e tocando as cortinas como se estivesse tentando acreditar que está ali. — Nunca estive em um lugar assim.Eu rio baixo, gostando de ver sua reação.— Fico feliz que tenha gostado. — Respondo, indo até o sofá para ligar o sistema de som.Mas, quando olho para ela, percebo que ela está começando a se encolher, passando as mãos pelos braços.
CharlotteO calor confortável ao meu redor foi a primeira coisa que senti ao despertar. Meu corpo estava envolvido em algo firme e ao mesmo tempo aconchegante, e demorou alguns segundos para minha mente sonolenta processar onde eu estava.O sofá. A sala de cinema. E Maximilian Steele.Minha respiração ficou presa por um instante ao perceber que ainda estava em seus braços. O peito dele subia e descia de forma ritmada, seu calor irradiando contra meu corpo. Meu rosto estava tão próximo do dele que eu podia sentir sua respiração calma roçar minha pele. Meu coração disparou ao lembrar dos momentos da noite anterior—o beijo, a forma como nos encaixamos, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.Meus dedos, instintivamente, apertaram levemente o tecido do moletom que ele havia me dado, e eu fechei os olhos por um instante. Não queria me mover. Não queria que aquele momento acabasse.Com muito cuidado, comecei a me mover, tentando me desvencilhar dos braços dele sem acordá-lo. Mas
Eu tamborilava os dedos contra a mesa, olhando para o relógio pela terceira vez em menos de cinco minutos. Duas horas de atraso.Respirei fundo, tentando conter a irritação crescente. A reunião com Victor Ward estava marcada para agora, e Maximilian ainda não tinha dado as caras.Ele estava fazendo isso de propósito. Eu sabia.Ele sabia que essa reunião era importante. Sabia que eu odiava atrasos. E, acima de tudo, sabia que Victor era manipulador o suficiente para usar qualquer deslize a seu favor.Levantei-me, ajeitando a saia, e fui até a porta da sala de reuniões. Victor já havia chegado, claro. E, como esperado, parecia muito confortável demais na ausência de Max.
Me encarei no espelho, ajustando a alça fina do vestido e deixando os dedos deslizarem pelo tecido justo. O preto sempre foi um clássico, e esse modelo abraçava minhas curvas no ponto certo, com um decote sutil que deixava minha clavícula exposta de um jeito elegante, mas provocante. Nada exagerado, apenas o suficiente para me fazer sentir sexy e confiante.Passei a mão pelos cabelos, soltando um suspiro enquanto observava meu reflexo. Maximilian não deu detalhes, apenas disse para eu me arrumar e esperar. Sua voz no telefone ainda ecoava na minha mente: "Se arruma pra mim, amor. Quero te recompensar."Recompensar... Ele realmente achava que ia se safar só com isso?Cruzei os braços, mordendo o canto do lábio. Era bem a cara dele me deixar no escuro, alimentando minha curiosidade até o último segundo. Seria um jantar? Uma viagem inesperada? Ou algo ainda mais surpreendente? Com Max, nunca dava para saber.Conferi o relógio. Nada dele.Revirei os olhos, pegando minha bolsa e me sentando
Saímos do meu apartamento e entramos no elevador, o silêncio entre nós carregado de expectativa. Max não deu nenhuma pista sobre para onde estávamos indo, e eu não conseguia decidir se isso me deixava mais animada ou impaciente.Assim que chegamos à entrada do prédio, um carro preto e luxuoso nos esperava. Max abriu a porta para mim, um sorriso presunçoso brincando em seus lábios.— Entre, baby. Hoje a noite é sua.Revirei os olhos, mas entrei no carro sem reclamar. O banco de couro era macio e confortável, e o cheiro amadeirado misturado ao perfume dele preenchia o ambiente. Assim que Max sentou ao meu lado, o motorista deu partida.— Você vai me contar agora ou quer con
Max segurou minha mão enquanto descíamos os degraus do prédio, a brisa da noite envolvendo nossos corpos. O jantar já havia ficado para trás, mas a sensação de expectativa ainda pairava no ar.— Para onde estamos indo agora? — perguntei, lançando um olhar curioso para ele.O canto dos lábios dele se ergueu em um sorriso enigmático.— Você vai ver.Ele me guiou pela calçada até seu carro, abrindo a porta para mim antes de contornar o veículo e assumir o volante. Durante o trajeto, tentei decifrar seus planos, mas Max parecia determinado a manter o mistério. A cidade passava em flashes pelas janelas, as luzes refletindo em seu perfil perfeitamente escul
Max me observou com um sorriso no rosto, a diversão estampada nos olhos.— E quanto a mim? Quão perto você acha que eu moro daqui? — perguntou ele, a voz carregada de ironia.Franzi a testa, começando a perceber onde ele queria chegar. Eu revirei os olhos, já adivinhando o que viria a seguir.— Ah, isso é coisa da sua possessividade, não é? — respondi, tentando disfarçar o riso nervoso que estava surgindo.Ele soltou uma gargalhada baixa, o som ecoando pela sala de forma agradável e segura.— Talvez um pouco — admitiu ele, sem se importar em esconder o sorriso travesso. — Mas, sim, sou possessivo. E você ainda vai ter que se acostumar com isso.Eu dei um passo para trás, ainda pro