QUESTIONAMENTOS

(Leandro)

As palavras da Letícia ficaram martelando na minha cabeça, o que seria capaz de libertá-la da sensação de estar morta? Anos haviam se passando e eu ainda me sentia assim, morto por dentro.

Depois de um tempo eu me obriguei a sair do confessionário e fui fechar a igreja, mas antes, atravessei a rua e olhei pra casa da Dona Maria, não havia nenhuma movimentação lá.

— Onde será que a Letícia está?

Perguntei a mim mesmo.

É claro que ela não iria ficar exposta, correndo o risco de me encontrar, ela foi até a igreja me atazanar como ela vivia fazendo.

— Diaba! Resmunguei.

Eu entrei novamente na igreja, fechei as portas e fui pra casa com uma sensação estranha, algo me dizia que a Letícia estava querendo que eu soubesse de algo, mas não tinha coragem de me dizer.

Quando a gente conhece de verdade alguém, conseguimos identificar tudo na pessoa, o olhar, as atitudes, e até o jeito de falar, e embora com a passagem do tempo, ainda era possível saber as intenções da Letícia.

— Será
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