Capítulo 15 já está disponível, pode voltar lá para ler... Beijinhos...
Sentindo as lágrimas caírem pelo meu rosto, finalmente consegui dormir. Durante todos esses anos, eu aprendi que era muito melhor jogar para fora toda a tristeza de perder um ente querido do que deixá-la criar raiz. Passar um dia chorando toda a lágrima acumulada era mais libertador do que guardar as emoções para si e ficar calada. Se um dia eu encontrar alguém que queira chorar pela morte de alguém, eu irei abraçá-la e dizer a essa pessoa: “Vá em frente e chore”.Acordei e já era à noite, meu corpo pesava uma tonelada por ter corrido tanto. Olhei para onde estava a Kamilla e não a vi, levantei-me depressa e saí da cabana procurando-a.– Olha mamãe, olha! – a menina apareceu correndo e pulando entre as árvores toda feliz, em sua mão direita havia um coelha branco.Meu coração que estava quase saindo pela boca voltou ao normal, respirei fundo até ela chegar perto. Ela tinha visto um coelho e decidiu caçá-lo, eu poderia repreendê-la, mas ela era apenas uma criança inocente e cheia de vi
Aquele homem estava parado encarando meu tio sem dizer uma única palavra.– O que você quer? – Finalmente o Dindo quebrou o silêncio. O homem deu um leve sorriso.– É assim que você trata as visitas? – Sua voz era grossa e bonita, e estava em um tom calmo, como se estivesse batendo um papo com algum conhecido.O homem deu mais alguns passos, pegou o meu banco de madeira e sentou-se nele, o que era até uma visão engraçada devido à diferença de tamanho.– Você não é bem-vindo aqui, deve se retirar. – Meu tio ainda estava parado em pé a uns 3 metros de distância da porta. Eu conseguia ver suas costas e um pouco da sua lateral.– E quem vai me fazer ir embora? Você? – Ele zombou do meu tio. Um homem que eu sempre considerei forte e que mesmo não sabendo muito seu passado nem seu nome verdadeiro, ele me dizia que era alguém importante, um guerreiro.Para zombá-lo daquela forma aquela pessoa sentada no meu banco não deveria ser qualquer um.– Diga o que quer. – Meu tio mesmo depois de ser d
Deitada na minha cama com a Kamilla dormindo ao lado, olhei pelo buraquinho da parede que estava se formando devido ao abandono, eu podia sentir os raios solares bem fortes, era quase ao meio dia. Depois de ter dormido algumas horas, acordei com um mal-estar, uma preocupação e medo. Não sabia por que estava daquele jeito até que lembrei do que me aconteceu quando conheci o Drakon, aquelas emoções que não me pertenciam pareciam ter voltado e aquilo estava ficando cada vez mais forte. Mas por que eu ainda as sinto? O sangue que tomei para me recuperar foi há dias, já deveria ter se dissolvido no meu organismo, mesmo assim aquelas emoções ainda estavam lá.Tentei parar de sentir aquilo, mas só parecia piorar. Eu respirava fundo, tentava dormir novamente e nada adiantava, era como se o causador daquelas emoções estivesse me chamando, gritando pelo meu nome. Esfreguei minhas mãos no rosto várias vezes tentando me acalmar, pois a Elena não estava mais conosco para cuidar da Kamilla se eu pe
O Lúcius sempre foi assim, toda vez que me via, não importa o que eu estivesse fazendo, ele queria me tocar, agarrar, cheirar. Parecia até um viciado vendo sua droga. No início eu não deixa, tentava escapar dele, e isso o enfurecia quando era rejeitado por mim. Depois de um tempo, eu comecei a perceber que era melhor deixá-lo me tocar, pois seria menos pior. – Acho que essa será a única vez que você é minha Luna, mesmo não sendo verdade. – Ele disse de olhos fechados enquanto estava grudado em mim na floresta. – Sua Luna é? – Achei graça daquilo. Nunca passou pela minha cabeça ser a Luna do Lúcius, principalmente porque eu sei quem ele é e quem é a Arlete. – Como se você se importasse com o que eu sou ou deixo de ser. – Não importa mesmo o que você é, o que importa é o que eu sinto e o que quero. – Diga-me Lúcius, o que você sente ou o que quer. – Aquela conversa estava me dando náuseas. – Eu sei que você me odeia Karolina, por tudo que fiz com você, mas é melhor tê-la ao meu lad
Tudo fazia sentido agora. O ódio que eu vi nos olhos do Drakon assim que ele viu a Elena pela primeira vez, o modo que ele se referia a ela como se a conhecesse, e todas as minhas suspeitas. Mas, o que ele queria com ela? E... ooh céus! Eu a entreguei de bandeja para ele.Comecei a pensar em como ele mostrou nossa localização ao Alfa sem que eu percebesse, e lembrei-me que naquela manhã eu havia dormido bastante ao lado da Kamilla, tanto que quando acordei já estava escuro e o Drakon estava com a Maria Elena em frente à fogueira com a janta feita. Isso! Ele aproveitou que eu estava dormindo e com a desculpa de que iria caçar, foi para perto da outra aldeia no intuito de que o Alfa Boldwin sentisse seu cheiro e o procurasse.Fechei meus olhos enquanto balançava minha cabeça em negação. Se a Maria Elena estivesse morta, a culpa era minha, por um descuido, porque dormi mais do que devia. Meus olhos estavam se enchendo de lágrimas.– A culpa é minha... – Disse baixinho perdida em pensamen
Lúcius estava andando em direção à casa com uma bolsa atrás das costas e outra segurando na mão esquerda. Que diabos!?– Mas o quê...!? – Eu estava incrédula com aquela cena. Fiquei parada na porta tentando saber se aquilo era realmente verdade ou se eu estava tendo algum pesadelo enquanto ainda dormia.Ele parou na minha frente, se curvou um pouco colocando no chão a bolsa que estava na sua mão esquerda.– Vou ficar aqui com vocês. – Disse na maior tranquilidade. Eu saí do meu transe e percebi que não era um sonho, me enfureci.– Você enlouqueceu? Você está no território alheio sabendo que pode causar uma guerra e mesmo assim teve coragem de vim até aqui. Você está louco, Lúcius? – Eu estava furiosa.– É, Karolina, eu estou louco mesmo. – Ele revirou os olhos como se não desse importância.– Vá embora agora! – Apontei o dedo na direção que ele veio.– Daqui eu não saio. – Ele cruzou os braços e virou a cabeça para o lado. Não parecia ser aquele Alfa poderoso e arrogante que eu conhec
Eu estava sentada na pilha de lençóis enquanto o Lúcius estava em pé me encarando perto da porta fechada. Não sei quanto tempo ficamos assim até que ele quebrou o silêncio.– Karolina, eu sei que é difícil falar sobre isso, mas...– Não, Lúcius, eu não quero saber, pelo menos não agora. – Levantei a cabeça para encará-lo. Eu não queria falar com ele naquele momento, era verdade que para poder enfrentá-lo eu tinha que saber as respostas de todas as minhas dúvidas. Falar para ele como se sinto e como me senti durante esses cinco anos, descontar minha raiva e tristeza no causador delas, mas não naquele instante. A informação que tive sobre a Maria Elena ainda estava pairando na minha cabeça, não sabia se ela estava morta, ou se o Drakon preferiu deixá-la viva para torturá-la. Meus olhos estavam ardendo de cansaço e eu só queria dormir.Tudo parece melhor quando durmo, meus problemas e preocupações vão embora enquanto sou levada para um lugar mágico onde somente eu tenho acesso. Consigo a
Deitada nua na cama enquanto o Lúcius estava nu entre minhas pernas de pau duro quase penetrando seu pau na minha buceta molhada depois de um orgasmo, estávamos nos encarando depois que escutamos a voz da Kamilla me chamando querendo saber onde eu estava. Que vergonha!Como que eu podia ir até ela sendo que tinha um homem grande, nu e com tesão em cima de mim, louco para fuder até amanhecer?– Diga alguma coisa antes que ela venha e abra a porta do quarto. – Ele falou grosso e baixo.Sentei na cama rapidamente, procurando algum lençol para me cobrir.– E-Eu estou no quartinho, filhotinha..., É... Mamãe só está... Está descansando um pouco... – Respondi nervosa com a voz alta para que ela me escutasse.Ela permaneceu calada.– Kamilla? – Comecei a ficar mais nervosa do que estava.– Hummm... Tá bom. – Ela parecia não acreditar no que eu disse, será que escutou algo? Céus! Que constrangedor! – Posso ir caçar coelho pra gente jantar? – Lúcius que estava sentando nos lençóis olhou pra mim