O Lúcius sempre foi assim, toda vez que me via, não importa o que eu estivesse fazendo, ele queria me tocar, agarrar, cheirar. Parecia até um viciado vendo sua droga. No início eu não deixa, tentava escapar dele, e isso o enfurecia quando era rejeitado por mim. Depois de um tempo, eu comecei a perceber que era melhor deixá-lo me tocar, pois seria menos pior. – Acho que essa será a única vez que você é minha Luna, mesmo não sendo verdade. – Ele disse de olhos fechados enquanto estava grudado em mim na floresta. – Sua Luna é? – Achei graça daquilo. Nunca passou pela minha cabeça ser a Luna do Lúcius, principalmente porque eu sei quem ele é e quem é a Arlete. – Como se você se importasse com o que eu sou ou deixo de ser. – Não importa mesmo o que você é, o que importa é o que eu sinto e o que quero. – Diga-me Lúcius, o que você sente ou o que quer. – Aquela conversa estava me dando náuseas. – Eu sei que você me odeia Karolina, por tudo que fiz com você, mas é melhor tê-la ao meu lad
Tudo fazia sentido agora. O ódio que eu vi nos olhos do Drakon assim que ele viu a Elena pela primeira vez, o modo que ele se referia a ela como se a conhecesse, e todas as minhas suspeitas. Mas, o que ele queria com ela? E... ooh céus! Eu a entreguei de bandeja para ele.Comecei a pensar em como ele mostrou nossa localização ao Alfa sem que eu percebesse, e lembrei-me que naquela manhã eu havia dormido bastante ao lado da Kamilla, tanto que quando acordei já estava escuro e o Drakon estava com a Maria Elena em frente à fogueira com a janta feita. Isso! Ele aproveitou que eu estava dormindo e com a desculpa de que iria caçar, foi para perto da outra aldeia no intuito de que o Alfa Boldwin sentisse seu cheiro e o procurasse.Fechei meus olhos enquanto balançava minha cabeça em negação. Se a Maria Elena estivesse morta, a culpa era minha, por um descuido, porque dormi mais do que devia. Meus olhos estavam se enchendo de lágrimas.– A culpa é minha... – Disse baixinho perdida em pensamen
Lúcius estava andando em direção à casa com uma bolsa atrás das costas e outra segurando na mão esquerda. Que diabos!?– Mas o quê...!? – Eu estava incrédula com aquela cena. Fiquei parada na porta tentando saber se aquilo era realmente verdade ou se eu estava tendo algum pesadelo enquanto ainda dormia.Ele parou na minha frente, se curvou um pouco colocando no chão a bolsa que estava na sua mão esquerda.– Vou ficar aqui com vocês. – Disse na maior tranquilidade. Eu saí do meu transe e percebi que não era um sonho, me enfureci.– Você enlouqueceu? Você está no território alheio sabendo que pode causar uma guerra e mesmo assim teve coragem de vim até aqui. Você está louco, Lúcius? – Eu estava furiosa.– É, Karolina, eu estou louco mesmo. – Ele revirou os olhos como se não desse importância.– Vá embora agora! – Apontei o dedo na direção que ele veio.– Daqui eu não saio. – Ele cruzou os braços e virou a cabeça para o lado. Não parecia ser aquele Alfa poderoso e arrogante que eu conhec
Eu estava sentada na pilha de lençóis enquanto o Lúcius estava em pé me encarando perto da porta fechada. Não sei quanto tempo ficamos assim até que ele quebrou o silêncio.– Karolina, eu sei que é difícil falar sobre isso, mas...– Não, Lúcius, eu não quero saber, pelo menos não agora. – Levantei a cabeça para encará-lo. Eu não queria falar com ele naquele momento, era verdade que para poder enfrentá-lo eu tinha que saber as respostas de todas as minhas dúvidas. Falar para ele como se sinto e como me senti durante esses cinco anos, descontar minha raiva e tristeza no causador delas, mas não naquele instante. A informação que tive sobre a Maria Elena ainda estava pairando na minha cabeça, não sabia se ela estava morta, ou se o Drakon preferiu deixá-la viva para torturá-la. Meus olhos estavam ardendo de cansaço e eu só queria dormir.Tudo parece melhor quando durmo, meus problemas e preocupações vão embora enquanto sou levada para um lugar mágico onde somente eu tenho acesso. Consigo a
Deitada nua na cama enquanto o Lúcius estava nu entre minhas pernas de pau duro quase penetrando seu pau na minha buceta molhada depois de um orgasmo, estávamos nos encarando depois que escutamos a voz da Kamilla me chamando querendo saber onde eu estava. Que vergonha!Como que eu podia ir até ela sendo que tinha um homem grande, nu e com tesão em cima de mim, louco para fuder até amanhecer?– Diga alguma coisa antes que ela venha e abra a porta do quarto. – Ele falou grosso e baixo.Sentei na cama rapidamente, procurando algum lençol para me cobrir.– E-Eu estou no quartinho, filhotinha..., É... Mamãe só está... Está descansando um pouco... – Respondi nervosa com a voz alta para que ela me escutasse.Ela permaneceu calada.– Kamilla? – Comecei a ficar mais nervosa do que estava.– Hummm... Tá bom. – Ela parecia não acreditar no que eu disse, será que escutou algo? Céus! Que constrangedor! – Posso ir caçar coelho pra gente jantar? – Lúcius que estava sentando nos lençóis olhou pra mim
Eu estava parada em frente à árvore que subia quando criança para fugir do meu tio quando fazia algo de errado. Meu coração doía por ter dito aquelas palavras para a Kamilla. A verdade era que assim que falei me arrependi. Ver seu rostinho magoado enquanto chorava e corria para o meu antigo quarto me fez perceber o quão cruel fui com ela. Era comum ela escutar isso daqueles próximos da Luna, mas ouvir da minha boca foi ter a certeza de que aquilo era verdade. Eu era uma escrava, uma mulher que servia apenas para dar prazer ao Alfa.Fechei os olhos e baixei a cabeça.Escutei barulho de passos atrás de mim, virei-me apenas para dar de cara com o Lúcius, na verdade, o Alfa, meu senhor.Fiquei de costas para ele.Senti seus braços envolverem minha cintura, inclinei minha cabeça para cima e respirei fundo. Aquela aproximação me incomodava, mas ele é um Alfa, faz o que quer.Ele colocou meu cabelo para o ombro direito e apoiou sua cabeça no ombro esquerdo, cheirando meu pescoço.– Você nunc
Sentado no meu trono com uma taça de prata na mão direita que estava suja de sangue, fiquei olhando aqueles dois soldados que pareciam mais duas crianças enquanto choravam e se borravam nas calças de joelhos implorando por perdão. Como que eles conseguiram serem soldados da minha matilha? Patético! – Meu Alfa, por favor, perdão! Eu tenho um filho para criar, não posso morrer. – Quem falou desesperadamente foi o César que ficou cego depois de brigar com a minha mulher. Até que seus olhos arrombados ficaram engraçados. Bebi um pouco do vinho, eu tinha que maneirar na bebida, não queria voltar para aquela cabana e ter que enfrentar aquelas mulheres de temperamento forte, bêbado. Principalmente aquela de sangue quente, a mulher que é um demônio disfarçado de loba, a praga que me consome de dentro para fora. Karolina. – Tudo bem, não vou matá-lo. Traga seu filho para que eu possa foder o cú dele da mesma forma que você queria fazer com a minha filha. O homem arregalou aqueles buracos qu
Havia horas que o Lúcius tinha saído, eu já tinha jantado a comida que ele fez e até que estava boa, a Kamilla perguntava pelo pai de vez enquanto querendo saber se ia demorar, minha resposta era sempre a mesma: “Ele já está chegando”. Mas eu nem sabia ao certo, o Lúcius poderia passar a noite toda ou até uma semana fora. Só sei que o homem saiu zangado, talvez seja por causa do Július e do César terem atacado as meninas ou porque ele já se cansou dessa farsa de família. Se for a primeira alternativa, com certeza o macho vai torturar aqueles dois soldados até a morte e isso poderia demorar horas, dependendo do seu humor, no entanto se for a segunda opção, ele deve estar dando ordens até os cotovelos para seus subordinados enquanto resolve alguma pendência da alcateia.Já tínhamos tomado banho, mas colocamos a mesma roupa que estávamos usando anteriormente, pois ainda estavam limpas. Eu estava na cozinha fazendo uma sobremesa com a massa e algumas frutas que tinha, ao menos nós duas po