127

CLAIRE

O ar parecia pesar em meus pulmões enquanto caminhava pelos corredores brancos e silenciosos do hospital. Gabriel segurava minha mão com firmeza, seus olhos brilhando com a curiosidade de quem não entendia completamente a gravidade da situação. Ele tinha apenas três anos, mas era esperto o suficiente para perceber que algo estava errado.

— Vamos ver o papai? — perguntou ele, sua voz suave e cheia de esperança.

Meu coração apertou. Como explicar a ele que o homem que tanto amávamos não sabia mais quem éramos?

— Sim, meu amor, vamos, — respondi, forçando um sorriso que não alcançava meus olhos.

Quando chegamos ao quarto, Lucas estava sentado na cama, olhando pela janela com uma expressão distante. Ele parecia perdido, como alguém preso em um mundo que não fazia sentido.

— Lucas? — chamei, minha voz baixa, quase hesitante.

Ele virou a cabeça lentamente, seus olhos azuis fixando-se em mim. Por um breve momento, algo brilhou em seu olhar, uma sombra de reconhecimento. Mas desaparece
Continue lendo no Buenovela
Digitalize o código para baixar o App

Capítulos relacionados

Último capítulo

Digitalize o código para ler no App