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CLAIRE

A manhã estava ensolarada, o tipo de dia que sempre me lembrava das vezes em que Lucas, Gabriel e eu íamos ao parque fazer piqueniques. Ainda que essas memórias fossem apenas minhas agora, elas eram o combustível que me dava força para continuar tentando trazê-lo de volta para nós.

Gabriel estava animado para ver o pai novamente. Ele vestiu a camiseta favorita — azul com pequenos dinossauros — e insistiu em carregar uma sacola com desenhos novos para mostrar a Lucas. Eu admirava a forma como ele tratava o pai com naturalidade, mesmo diante da distância imposta pela amnésia.

No hospital, caminhamos até o quarto de Lucas, que já estava de pé, olhando pela janela. Sua postura parecia um pouco mais ereta, como se ele estivesse começando a recuperar algo de sua força interior. Quando nos viu entrar, seu rosto se iluminou, embora houvesse uma sombra de incerteza em seus olhos.

— Papai! — Gabriel correu até ele, subindo na cama com a habilidade de alguém que já fazia isso há anos. — O
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