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CLAIRE

Os dias estavam se transformando em semanas, e, embora Lucas estivesse fisicamente recuperado, sua memória ainda parecia um véu denso que ele não conseguia atravessar. Cada encontro era um desafio, mas também uma oportunidade de tentar reaproximá-lo de sua vida anterior.

Gabriel e eu seguimos com nossas visitas diárias ao hospital, na esperança de que algo — um gesto, uma palavra, um sorriso — pudesse acender uma faísca de reconhecimento em Lucas. Era desgastante, mas desistir não era uma opção.

Naquela manhã, enquanto ajeitava o cachecol de Gabriel antes de sairmos, ele me olhou com seus olhos grandes e cheios de curiosidade.

— Mamãe, você acha que o papai ainda vai lembrar de mim?

Sua pergunta me atingiu como um golpe. Respirei fundo antes de responder, tentando esconder a incerteza que corroía meu peito.

— Claro que vai, meu amor. O papai só precisa de tempo.

Gabriel assentiu, parecendo mais satisfeito com minha resposta do que eu mesma. Pegou sua mochila e correu para a por
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