Alguns dias se passaram e não se tinha notícias de como estava a guerra entre os Kasenkinos e o Reino de Machia. Mas naquela tarde uma intensa movimentação no povoado fez com que Daily fosse ver o que estava acontecendo. Os guerreiros estavam de volta... Ou melhor, o que havia restado deles. As mulheres estavam muito felizes com a volta dos entes queridos. Em pouco tempo todo povo se reuniu no espaço de terra que ficava no meio do povoado. Daily embrenhou-se na multidão. Queria muito ver seu pai entre os sobreviventes. Sentiu tristeza ao ver algumas mulheres chorando a perda de seus maridos ou filhos. Ela começou a sentir o coração bater descompassado e um medo por não encontrar Erone em lugar algum. Ela olhava para todos os rostos conhecidos e abatidos, mas só queria encontrar um. Inevitavelmente as lágrimas começaram a rolar por suas faces. Olhou para a margem do rio. Seu véu estava grudado na face pelas lágrimas. Viu alguns pequenos barcos chegando pelo rio. E lá estava seu pai, visivelmente ferido. Ela correu até lá, abraçando-o fortemente quando ele desembarcou. Nem acreditava que ele estava ali, vivo. Era somente isso que importava naquele momento.
- Filha, como eu queria sentir este abraço... – confessou ele.
- Papai, não precisa falar nada.
Ela o ajudou a se movimentar. Sua felicidade de reencontrar Erone se confundia com a tristeza das mulheres que haviam perdido alguém na guerra. Daily não conseguia evitar as lágrimas de piedade por quem sofria a perda.
Ela e o pai já estavam quase chegando em sua casa quando houve o comunicado de Ahua de que antes do anoitecer queria todos os Kasenkinos reunidos na margem do rio.
Erone tinha muito sangue pelo corpo, parte ressecado e seco e outra parte líquido. Era difícil saber onde ele estava ferido. Ela o acomodou na parte de baixo da casa para que ele não fizesse esforço em subir as escadas. Tentou guardar um saco de que trazia nas mãos, mas foi impedida. Daily foi até o rio e buscou água e logo começou a limpar o corpo do pai para saber a gravidade dos ferimentos. Ele reclamava algumas vezes de dor. Ela trouxe roupas limpas para ele trocar e no fim percebeu que não estava com muitos cortes. Talvez tivesse quebrado alguns ossos, mas nada grave. Erone era um homem forte e o melhor guerreiro Kasenkino. Depois de preparar algo para ele comer e uma bebida forte, ela foi para seus aposentos e trocou seu véu que estava molhado e sujo. De sua janela viu que o tumulto estava acabado no povoado. As mulheres já se conformavam com suas perdas. Daily pensou por quanto tempo ainda teriam que viver com aquelas guerras que matavam tantas pessoas.
Quando ela desceu Erone ainda estava comendo. Parecia faminto. Daily ficou feliz ao perceber que ele estava bem.
- Como está se sentindo, papai?
- Agora estou bem.
- Sei que não está tão bem quanto antes, não é mesmo?
- Acho que estou mais cansado do que ferido. Foi uma batalha difícil.
- Deve ter muitos ossos quebrados. – observou ela.
- Estou acostumado com isso... Não se preocupe. Não foi nada grave.
- Quer que eu chame o curandeiro para ver se consegue ajudar em algo? Talvez umas infusões e um pouco de ervas...
- Não, Daily. O curandeiro deve estar bastante ocupado. Há homens muito mais feridos do que eu.
- Como foi, papai?
- Foi uma batalha ruim, muito ruim para todos.
- Quem venceu?
- Difícil dizer... Todos perderam muito. Nossos melhores homens morreram na batalha. E eles também tiveram muitas perdas. Mas esta luta era extremamente necessária. Nada poderia ter sido feito para evitar que ela acontecesse. Mas creio que foi nossa batalha decisiva.
- Decisiva? Por quê?
- Perdermos muitos homens... Mas eles perderam praticamente todos.
- O exército deles era pequeno?
- Não... Eles eram muitos... Mas nós Kasenkinos lutamos melhor sempre. Nunca mais ousarão roubar nossa comida ou nossa terra. Precisarão de muitos anos para entrar numa nova batalha contra nós.
- Que horrível isso tudo...
- Foi preciso, acredite, Daily. Eu não faço isso por prazer. Se não houvesse essa luta o que seria de nós? Machia quer tirar tudo que temos... Quer nossas terras, nossa comida, nossa parte do rio. Você sabe que principalmente para nós dois, que nos alimentamos da caça, este espaço da floresta é de extrema importância, pois não temos acesso à horta.
- Papai, você é o melhor guerreiro Kasenkino... Dá sua vida por este povo. Por que não nos deixam comer da horta?
- Porque nosso povo tem leis e assim precisa ser. Nossa função é cumpri-las.
- Mas poderiam abrir uma exceção para você...
- Não merecemos privilégios, Daily. Não somos divindades muito menos deuses... Nem espíritos antigos nós ouvimos.
- Verdade, papai. Desculpe-me pelo que falei... Não deveria ter pensado desta forma.
Logo que Erone acabou de comer pegou o saco que trouxera com ele e colocou de lado. Pegou alguns panos limpos e voltou a limpar os ferimentos. Daily foi curiosa até o saco.
- Daily, solte isso. – gritou Erone.
Daily deu um salto, assustada.
- Me desculpe...
- Não mexa no que não lhe pertence, Daily.
- Eu só ia...
- Não me importa o que iria fazer. Não quero que mexa nos meus pertences.
Ela não tinha mais o que dizer para desculpar-se. Largou os braços ao longo do corpo, com um suspiro, em sinal de arrependimento.
Ela foi até o rio lavar algumas roupas e logo o tempo passou e iria anoitecer. Quando ela retornou Erone já a esperava na soleira da porta.
- Ahua quer todo o povo reunido antes do anoitecer. Se troque, por favor, e vamos.
Daily correu até seus aposentos e colocou um bonito vestido que havia sido de sua mãe, guardado geralmente para as reuniões do povoado, onde as mulheres sempre precisavam estar impecáveis com seus rostos e roupas. Pintou os olhos, ressaltando os olhos castanhos claros e passou as mãos nos cabelos, soltando os cachos ao longo das costas.
- Estou bem, papai? – perguntou ela.
- Você lembra muito sua mãe com este vestido.
- Era dela.
- Sei disso... Você tem os mesmos olhos dela. – falou ele olhando-a.
Daily sorriu. Ficava imensamente feliz quando alguém dizia que ela se parecia com Darla.
Erone pegou o saco que havia trazido da batalha e levou junto, seguindo com a filha para a margem do rio, onde estariam reunidos todos os Kasenkinos para o anúncio de Ahau.
Quando ela e Erone chegaram ele foi se juntar aos demais guerreiros sobreviventes da batalha. Ela percebeu Burt sentado no chão, próximo ao rio e foi se juntar a ele. Estavam todos eufóricos e felizes com a vitória. Muitas conversas paralelas ao mesmo tempo confundiam a cabeça de Daily e ela teve um mau pressentimento.
- Seu pai ficou muito ferido? – perguntou Burt.
- Não muito... Poderia ter sido pior. Ele alega que há homens piores que ele.
- Com certeza.
- Acredito que ele tenha lutado bem, Burt.
- Seu pai é o melhor guerreiro de todos os tempos, Daily. Ouvi dizer que esta reunião é porque ele tem uma surpresa a todo nosso povo.
- Eu não sabia disso. – falou ela confusa e magoada por Erone não ter lhe dito nada.
- Ele não lhe falou sobre isso? – perguntou Burt surpreso.
- Bem... Comentou algo... – falou ela, envergonhada de ser a última a saber. Mas estava muito curiosa sobre o que poderia ser e imaginava que tinha a ver com o segredo escondido dentro do saco que ele carregava.
- Você foi ver Moa aquele dia? – perguntou Burt.
- Fale baixo. – pediu ela olhando para ver se ninguém estava prestando atenção na conversa deles.
- Esqueci... Desculpe-me.
- Moa me garantiu que meu pai voltaria.
- Ele nunca se engana.
- Fazia tanto tempo que eu não o via... Estão todos enganados com relação a ele, Burt. Moa é um bom homem.
- Faz muito tempo que não vou até lá também... Preciso ir visitá-lo algum dia. Sinto saudades dele e da nossa infância.
- Vou vê-lo mais vezes, Burt. Ele envelheceu muito e está sozinho lá... Ele precisa de nós.
- Não sou tão ligado emocionalmente a ele como você.
- Ele gosta muito de você.
Burt acariciou o rosto dela num gesto de carinho. Ela sorriu confusa. Dificilmente recebia qualquer gesto de carinho ou afeto de alguém. Burt era uma pessoa especial para ela... Um único e verdadeiro amigo.
Finalmente o velho líder Ahau chegou, acompanhado de Ahua, seu conselheiro e feiticeiro Kasenkino. Um simples levantar de mãos e todos se calaram diante de seu líder. Ahau sentou-se em sua grande pedra dentro do rio. Daily percebeu o quanto ele estava envelhecido também. Os cabelos longos muito brancos e ralos caíam sem vida pelas costas. Estava cada vez mais magro e com dificuldade para caminhar e falar em voz alta. Ela se perguntou o que aconteceria quando ele morresse... Quem lideraria os Kasenkinos? Será que as outras pessoas se importavam com isso também? Ou achavam que Ahau era imortal? Ela acreditava que não, pois o tempo passava para ele como para todos os outros, visível em seu corpo.
- Meu povo Kasenkino... Estou imensamente feliz e orgulhoso de vocês, nosso guerreiros que nos defendem sempre do mal. Reuni todos hoje para... – Ahau foi interrompido por Ahua, que lhe disse algo em tom de voz bem baixo, impossível de ser ouvido por outras pessoas. Ahau fez um gesto afirmativo com a cabeça e continuou: - Ahau lembrou-me que tenho mais uma coisa para comunicar.
Todos se entreolharam surpresos e curiosos.
- Em primeiro lugar, gostaria de homenagear nosso melhor guerreiro, Erone, que nos trouxe um presente, o qual ainda não sei o que é, mas aguça minha curiosidade.
Todos aplaudiram Erone quando este subiu na grande pedra. Ele trazia nas mãos o saco misterioso, o qual não deixava ninguém tocar. Ela percebeu que os demais guerreiros estavam muito felizes com o conteúdo que havia lá dentro, então sabiam o que era. Daily achou triste somente seu pai receber homenagem sendo que tantos outros haviam lutado ao lado dele, especialmente os que perderam suas vidas em prol do povo Kasenkino. A morte destes guerreiros parecia não significar nada para ninguém a não ser para seus familiares, que nem recebiam consolo do líder. Ela ficou triste com os próprios pensamentos... Não queria pensar mal de seu pai ou seu próprio povo.
Erone começou a falar com voz alta e firme:
- Kasenkinos, estou aqui para falar em nome de todos os guerreiros que participaram desta batalha...
Daily se sentiu orgulhosa por ele ter pensado nos demais que lutaram ao lado dele, o que não havia sido mencionado por Ahau.
- Sofremos... Sofremos muito. Mas esta batalha foi ganha e eu posso garantir isso.
- Como pode nos garantir isso, Erone? – perguntou Ahua. – Quem nos garante que o rei Pollo não voltará a nos atormentar querendo nossas terras ou nosso rio?
- Eu garanto minha palavra. – disse Erone. – E trouxe a prova de que o rei Pollo jamais vai nos incomodar novamente. – ele abriu o saco e todos ficaram curiosos para ver o que era.
Daily gritou quando viu a cabeça de um homem saindo de dentro do saco que o pai carregava da batalha. Ele levantou pelos cabelos até o alto, orgulhoso, para que todos pudessem observar.
- Eu lhes trago como presente a cabeça do rei Pollo.
As pessoas não sabiam se olhavam para Erone ou para Daily que estava espantada com o que via. O grito dela de pavor chamara a atenção. E ela ficou muito preocupada porque ninguém achou aquilo horrível... Somente ela. Para o povo Kasenkino aquilo parecia normal e ela não conseguia conceber aquilo.
- Não posso ver isso. – falou ela fazendo menção de levantar-se.
- Sente-se ou terá problemas. – falou Burt puxando-a pelo braço para que sentasse novamente.
Daily sentou-se, mas não conseguia evitar o sentimento horrível que tomava conta de si. Seu pai havia matado o rei Pollo, o maior inimigo Kasenkino.
Ahau e Ahua, imensamente felizes, cumprimentaram Erone pelo feito. Logo a cabeça foi levada ao meio do povoado, onde havia um enorme tronco para oferendas e castigos e lá foi exposta a cabeça do que um dia havia sido o rei de Machia, um dos maiores reinos próximos. Em pouco tempo Ahau estava lá e ateou fogo. Enquanto a labareda consumia a carne, Daily ficou ali, observando o maior líder do reino se acabar... Em pouco tempo o que restaria dele seria somente pó. O que aquele homem significava para seu povo? Havia ele deixado esposa, filhos?
- Finalmente nosso medo acabou. – disse Burt. – Parabéns por seu pai, Daily.
Naquele momento ela não tinha orgulho e sim vergonha do que o pai havia feito.
- Como pode ser tão insensível, Burt? Você não percebe que isso não nos levou a nada? Somos piores que os Naiguã... Meu pai trouxe a cabeça do líder do reino... Nunca seremos perdoados, entende?
- Seu pai não fez isso por prazer, Daily. Machia estava querendo nossas terras, nossa comida...
- Será que não roubamos deles primeiro, Burt?
- Você está dando razão ao reino de Machia? – perguntou Burt incrédulo.
- Não é isso, Burt. Meu pai poderia ter matado o rei Pollo... Mas trazer um pedaço dele para cá? Isso é horrível... Uma desonra ao povo deles.
Daily levantou-se e saiu dali. Não sabia ao certo para onde ir, só tinha certeza de que não queria mais ver aquela cena. Ninguém a entendia. E seu coração doía ao ver o Rei Pollo morto por seu pai. Ela não sabia mais quem era o certo e quem era errado naquela batalha entre os Kasenkinos e o reino de Machia. Ela foi puxada bruscamente pelo braço, sendo obrigada a parar. Era Burt.- O que você quer? – perguntou ela.
Daily estava cansada, mas finalmente avistava a cabana de Moa. Sempre que chegava perto ela corria para chegar mais rápido. Mas acabou caindo estreito de terra que levava à entrada. Levantou-se e seguiu. Bateu na porta com insistência e Moa demorou a atender, como sempre.- Daily, querida. – disse ele surpreso ao vê-la.- Oh, Moa, quanta saudade. – ela abraçou-o carinhosamente, sentindo-se bem mais calma ao ver aquele semblante de paz.
Era a única história que seu pai lhe contara. Ela achava a mais linda história de amor que era contada entre os Kasenkinos. Mas então lhe veio a mente a cabeça do rei Pollo saindo daquele saco. Ela voltou a correr por seu caminho. Já estava escuro dentro da floresta. Ela chegou ao caminho que se dividia em dois. Poderia seguir por onde sempre ia, o caminho seguro e com frutas gostosas que sempre comia. Ou ir pelo caminho escuro e tentador que aparecia a sua frente, onde acabava o trilho em madeira no chão e tinha no meio um tronco meio caído, meio levantado, como uma incógnita no caminho. Ela sabia que se fosse seguro ir por ali, os Kasenkinos teriam arrumado aquela trilha. No entanto ela estava ali, convidativa, insegura e esperando por uma corajosa desbravadora.Ela respirou fundo e foi pelo caminho que sempre seguia. Mas deu alguns passos e voltou. Precisava usar sua coragem e seguir seus sonhos. Não que
Daily olhou para Mark e para tudo que via a sua volta. Por que havia pegado aquele caminho? Era seu destino conhecer aquele homem? O sol começava a brilhar no céu e por algum motivo ela se sentia muito estranha. Talvez pelo fato de aquele homem ter visto seu rosto pela primeira vez e não seria o seu marido, conforme a tradição milenar de seu povo. Jamais seria perdoada pelos Kasenkinos e era a única culpada por isso... Havia sido descuidada, irresponsável. Talvez se não tivesse dado ouvido aos conselhos de Moa nada daquilo teria acontecido. Mas não poderia culpar ninguém por seu erro... Nem mesmo Moa. Estaria sendo muito injusta culpando alguém pelo que havia acontecido. Não deveria ter pegado o caminho proibido, não deveria ter tirado o vé
Alguém bateu na porta. Daily foi atender.- Oi, Daily.- Burt... – falou ela um pouco decepcionada, pensando que encontraria Erone.- O que você tem? – perguntou ele notando a preocupação e estranheza dela.
Daily foi para casa muito cansada. Erone não havia chegado ainda. Ela foi até o rio e se banhou para tirar toda aquela sujeira e suor de seu corpo. Colocou um vestido limpo e pintou os olhos, finalizando com uma linda tiara de pedras. Estava preparando o jantar quando Erone chegou. Percebeu que ele também havia ido primeiramente se banhar no rio. Ele subiu para seus aposentos sem olhar para ela. Em seguida desceu, vestindo uma roupa limpa. Ele sentou-se à mesa junto dela. Ela decidiu conversar com ele e acabar com aquela situação. Precisavam fazer as pazes. Erone era tudo que ela tinha na vida.- Meu pai... Preciso lhe falar... Eu desejo do fundo do meu coração que o senhor me desculpe por tudo que eu lhe disse. Não falei por mal, acredite... E nem sinto o que falei. Só queria lhe magoar e errei muito. Jamais pensaria em culpá-lo pela morte de minha mãe, pois sei o quanto a amava.- Est
- Me procurando?Daily estava de costas, mas reconheceria aquela voz em qualquer lugar do mundo: era Mark. Ela virou-se para ele e seu coração bateu mais forte. Não sabia o que dizer... Como ele sabia que ela estava procurando por ele?- Por que acha que estou procurando por você? – disse ela.- Pensei que pudéssemos estar tendo os mesmo pensamentos. – disse ele.Ele usava os cabelos novamente preso num coque no alto da cabeça. Ela podia observar que deviam passar um pouco da altura dos ombros. Usava camisa branca e calça colorida azul. De onde ele tirava aquelas roupas tão bonitas e diferentes?- Não entendi. – disse ela.- Na verdade, eu vim até aqui para ver se encontrava você. – confessou ele.- Bem... Eu também.- Você me disse que os Kasenkinos não costumam mentir. – lembrou ele.- Por que es
Mark bateu na porta da cabana mal fechada, com madeiras bem corroídas pelo tempo, mas bem limpa ao redor, no que pareceu ser um quintal. Demorou até que alguém atendesse. Daily esperava alguém mais nova, mas o que viu foi uma mulher marcada pelo tempo, com cabelos castanhos claros esvoaçantes, ondulados por tranças desmanchadas e algumas poucas ainda feitas caindo sobre o rosto. Olhos castanhos e uma grande cicatriz no lado esquerdo do rosto. Ainda assim era uma mulher linda.- Príncipe Mark, não esperava vê-lo por aqui. – disse ela.
Último capítulo