Isabelly— Onde ele está? — questiono assim que dona Sara abre a porta pra mim.— Isabelly? O que faz aqui a uma hora dessas, menina? — O Daniel me ligou, ele disse que o Cris precisa de mim. — Ela suspira, mas abre um pequeno sorriso.— Estão no quarto do Daniel. — Senhor Dam informa e sem pensar duas vezes vou para a casa de Daniel, entro e sigo para as escadas. Logo estou dentro do longo corredor e vou para a última. Respiro fundo e bato levemente na madeira. Não demora muito e um homem lindamente preocupado abrir a porta. Nossos olhos se encontram e ele engole em seco.— Que bom que veio, Isa. — O apelido sai com suavidade da sua boca e me causa pequenos arrepios, mas resolvo não dar importância a essa reação e sem lhe responder, eu entro no quarto e vejo que o brinquedo continua lá do jeito que deixei. Meus olhos correm imediatamente para a cama e vejo o pequeno Cris adormecido. Largo a minha bolsa em cima de uma poltrona e caminho ao seu encontro. Calmamente eu me sento ao seu
Isabelly — Tudo bem. consigo dizer, mas continuo em seus braços. Meus olhos caem em sua boca levemente entreaberta. Contudo, ele quebra a nossa conexão, me solta, se ajeita e faz um gesto mostrando-me a direção... do seu quarto? Deus me ajude! Penso e engulo em seco. Se uma conversa com Daniel dentro daquele banheiro do balneário me deixou inteiramente acesa e desejosa, o que pode acontecer dentro do seu quarto? Melhor nem pensar nisso, certo?— Não podemos conversar em um outro lugar? O jardim seria uma opção bem agradável — sugiro e ele concorda.Com certeza caminhar pelo jardim foi a decisão mais acertada. A brisa suave da noite afaga os meus cabelos, o perfume das flores parece mais intenso a noite e me distrai do homem lindo e sexy, que de alguma forma está mudando os meus sentimentos a cada encontro. Enquanto ele caminha ao meu lado, me guia para um banco de madeira pintado de branco, que fica de frente para uma fonte de águas tranquilas e educadamente Daniel me pede para me se
Isabelly — Boa noite, Isa! — diz. E eu me pergunto, isso é tudo? Qual é mulher, você acabou de jogar um balde de água fria no homem, o que quer que ele faça? Bufo.— Boa noite, Daniel! — digo por fim e penso em lhe dar as costas, mas inesperadamente ele me puxa pela cintura e sou beijada pela segunda vez essa noite. O beijo agora é calmo e meigo. A sua respiração quente acaricia a minha pele e os seus dedos nos meus cabelos... porra! Minha vontade é chamá-lo para subir e ficarmos juntos a noite inteira. No mesmo instante me lembro do sexo delicioso que me proporcionou em Portugal no meu pior momento e a conexão perfeita acaba quando os seus lábios se afastam dos meus e ele me olha nos olhos.— A gente se ver por aí. — O QUE?! NÃO! Ele se afasta e entra no carro e corre pelo asfalto em seguida. Estou estática, completamente abasbacada e cheia de desejo na calçada. Como assim, ele me beija dessa maneira e vai embora? Solto um grunhido frustrado e entro no prédio. No meu apartamento tom
Isabelly O dia amanheceu perfeito! Os pássaros estão cantando lá fora, o sol está radiante em um céu azul e sem nuvens, a brisa suave invade o meu quarto e a sensação de liberdade me preenche. Nada de trabalho, nem de trânsito maluco, nem mesmo o barulho da cidade grande e principalmente nada de Daniel Ávila, que ultimamente tem se aproximado de mim de uma maneira que me deixa vulnerável. Esse final de semana servirá de reflexão para me fortalecer. Penso e saio do meu quarto depois que um banho frio e relaxante usando apenas um short jeans, uma blusinha básica e sandálias rasteiras. Após o café da manhã que eu sei que deve estar maravilhoso quero cavalgar pela fazenda, correr ao vento, respirar ar puro e tomar banho de rio. Sim, vai ser revigorante. Contudo, ao chegar ao topo da escada da casa da minha vó ouço alguns burburinhos vindo da sala e sorrio porque com certeza a família já está toda reunida em polvorosa. Desço os últimos degraus ansiosa, porém, ao passar da parede que faz a
Isabelly — Você mentiu pra mim! — acusa parando na minha frente.— Quando? — Daniel aponta para o cavalo com a cabeça.— Disse que não sabia cavalgar — fala chegando mais perto, porém, me fita sério demais.— O que faz aqui? — rebato ignorando o seu comentário.— Eu preciso falar com você. — De novo? Isso já está ficando chato. Penso. — Mas você anda se esquivando de mim.— Não foi o que nós concordamos de fazer?— Foi, mas... — Ele dá mais dois passos. Daniel está tão próximo que consigo sentir a sua respiração bater na minha pele. Daqui os seus olhos escurecem e prendem os meus com mais intensidade. — Eu não consigo ficar longe de você! Sibila, aproximando-se ainda mais e de repente sou envolvida pelo seu perfume amadeirado. — Eu... tenho novidades pra você. Seu tom agora é baixo demais, quase um sussurro. — Qual? — Minha voz soa igualmente sussurrada. Logo a minha respiração fica presa e o meu corpo esquenta sobremaneira. Daniel está tão perto agora que é possível me beijar se e
Isabelly A cada peça de roupa que ele tira, parte de um corpo monumental vai se revelando para mim. Um peitoral bem definido, os ombros largos, abdômen sarado, aquele delicioso V abaixo da sua cintura e um belo par de coxas grossas e bem firmes. Tudo isso fazendo um conjunto perfeito com um par de olhos verdes. Ok, não havia parado para prestar a atenção quando nós... enfim, chego a ficar sem fôlego com essa bela visão. E o meu coração acelera ferozmente quando ele começa a caminhar. Daniel entra na água sempre com os seus olhos nos meus. Ele está sério, muito sério e confesso que mesmo cercada pela água fria, o meu corpo está febril. — Meu Deus, eu o quero de novo e não consigo acreditar que quebrarei a minha promessa outra vez! Daniel dá um mergulho e desaparece dentro das águas transparentes, ressurgindo perto de mim e suas mãos possessivas imediatamente seguram firme a minha cintura, me fazendo soltar um grito de surpresa. Agora imaginem um Adonis deus grego, com essa pele morena
Daniel — Oi, filho! — Ela diz ao atender o telefone.— Mãe, desculpa! Eu sei que já é um pouco tarde, mas eu preciso que me ajude.— O que houve, o Cris está bem? — Ela expõe a sua preocupação.— Relaxe, dona Sara, o Cris está bem. Na verdade, está tudo bem por aqui.— E então?— É que eu preciso fazer uma viagem nesse fim de semana e queria saber se podia ficar com o Cris?— Não pode levá-lo?— Até poderia, mãe, é uma comemoração com o meu mais novo cliente Marcos Albuquerque e não acho que vai ser bom ter uma criança por perto.— Eu sinto muito, querido, mas seu pai marcamos uma viagem para São Paulo. É que faz algum tempo que não visitamos a Violeta e em nossa última estadia ela nos convidou para passar alguns dias e nós aceitamos. — Que chato! Penso, mas admito que eles merecem essa folga.— Tudo bem, dona Sara, eu dou o meu jeito. Vão, divirtam-se, vocês merecem e mandem um abraço para a tia Violeta.— Pode deixar, querido. Com certa ela vai perguntar de você e do Cris.— Quem s
Daniel — Me perdoe, querida! — suplico-lhe as mãos e mesmo assim, o seu rosto aos poucos vai se apagando e uma lágrima solitária escapa dos meus olhos. Eu os fecho bem apertados e quando torno a abri-los é Isabelly quem está em pé na minha frente e meu coração dispara fortemente quando fito o seu sorriso.Tão linda!— Isa! — sussurro o seu nome e não sei por quanto tempo fiquei ali divagando. Então desperto e percebo que ainda estou de joelhos no banheiro. Com uma respiração profunda eu desligo o chuveiro e começo a me secar. Visto uma roupa qualquer roupa, dou um jeito nos meus cabelos com as pontas dos dedos, passo o meu perfume e desço. Na sala encontro Luís, Marcos e Guilherme, o seu irmão que acabara de chegar. Eles parecem estar bem à vontade, envolvidos em uma conversa em animada. Assim que eles percebem a minha presença, abro o meu melhor sorriso para não perceberem a batalha pessoal que travo constantemente, e assim que me aproximo, Luís me entrega um copo de uísque que rece