Isabelly— OGRO! IMBECIL! TROGLODITAAA! — grito para o meu celular furiosa. Ele desligou na minha cara, que filho da puta! Se você pensa que vai me fazer de capacho como faz com os seus funcionários, está muito enganado, Daniel Ávila!— Minha nossa, você está falando sozinha filha? — Ergo a minha cabeça, tiro os olhos da tela do meu celular e encontro a minha mãe entrando em minha sala com uma elegância sem tamanho. Não é porque ela é a minha mãe não e nem querendo me gabar, mas Mônica Sampaio Albuquerque, a minha mãezona é linda pra caramba. E não é à toa que o senhor Marcos Albuquerque morre de ciúmes dela. A mulher anda em cima dos seus saltos altíssimos, vestida com um tubinho preto de alcinhas colado ao seu corpo e os cabelos negros e cacheados estão presos em um coque igualmente elegante, deixando alguns cachos caírem na lateral do seu rosto. Ela abre um sorriso branco, de dentes bem alinhados e se senta de frente para mim.— O que você está fazendo aqui? — questiono sem esconde
DanielObservo os meus cabelos úmidos no espelho e passo as pontas dos dedos para dá um jeito em algumas mechas desgarradas, que insistem em cair nos meus olhos. Eles estão precisando um corte. Penso e dobro as mangas da camisa vermelha até o meu antebraço. Borrifo um pouco do meu perfume, analiso a minha aparência no espelho outra vez e percebo que não tenho visto mais o meu rosto abatido de sempre. Em meus lábios agora tem um sorriso bobo e persistente e através do reflexo vejo o meu filho ainda adormecido na minha cama. Isso mesmo que vocês estão entendendo. Desde segunda Cris insiste em dormir comigo em minha cama, mas é claro que antes de uma boa noite de sono, aprontamos todas dentro do meu quarto. A bagunça começa no meu closet, pois Cris descobriu que gosta de vestir as minhas roupas, calçar os meus sapatos e até a usar os meus assessórios como o barbeador, meu perfume, relógios e outras coisas. Depois, corremos pelo cômodo e pulamos em cima da cama por horas. A brincadeira no
Daniel — Aceita uma bebida, senhor Ávila? — Iolanda, a comissária de bordo oferece e eu assinto sem tirar os meus olhos da tela do notebook. Em algum momento a moça esfrega a sua coxa no meu braço. Eu paro o que estou fazendo, ergo a minha cabeça e a safada morde o lábio inferior em um convite explicito para uma transa. Seus olhos estão cheios de luxúria, porém, faço um gesto sutil com a cabeça dizendo não para. Iolanda e eu já fizemos algumas coisas aqui nesse avião em algumas das minhas viagens para o exterior. Sei que falei que não gosto de repetir, mas ela foi uma exceção já que não costumo viajar muito, apenas uma vez no mês e as vezes nem isso. Contudo, isso não vai rolar, não com Isabelly aqui por perto. A garota entende o meu sinal, faz um bico de desagrado e se afasta, e eu volto a me concentrar no meu trabalho. — Ou! Ei, garota, não está me vendo aqui não? — Escuto Isabelly reclama. A aeromoça se vira para a minha administradora sem graça e força um sorriso.— Desculpe. se
IsabellyOgro... troglodita... estupido... como ele consegue ser tudo isso com uma cara tão linda como aquela? Não consigo agir diferente com Daniel, parece que o homem consegue destacar o pior de mim só de estar perto de mim. O que custava me acompanhar até um restaurante? Vai doer? Não vai, mas não ele é um ogro e não consegue satisfazer os desejos de uma mulher por pura educação. Depois de entrar no meu quarto, que modéstia parte é um show de luxo esbanjado nas cores dourada, branco e tons pastéis, tomo um banho demorado e tento relaxar a cabeça. Prometi para mim mesma que não deixaria acontecer entre nós o que quase rolou em Minas. Aquilo foi só uma brincadeira da minha parte, apenas para mexer com ele. Na verdade, eu queria mesmo era ver se ele tinha um coração de verdade batendo naquele peito, ao invés de uma pedra dura e fria. O resultado na minha experiência? Tenho certeza de que o homem não tem um coração de carne, mas a boba aqui estava quase caindo nos encantos daquele trog
Isabelly — Rosalina?— Daniel Ávila! — Uma senhora de cabelos curtos e muto bem-vestida se aproxima e abraça Daniel. — Essa é Isabelly Sampaio, ela é a minha administradora. Isabelly essa é Rosalina Cabral, ela é a organizadora desse evento.— É um prazer, Rosalina! E eu estou amando o seu trabalho.— O prazer é meu Isabelly e obrigada, querida! — Também gostei muito. E os fotógrafos?— Não se preocupe, Daniel, estarão todos aqui nos horários marcados.— Perfeito! Achei a entrada um pouco vazia. — Daniel comenta.__ Não se preocupe, Daniel. Coloremos lá o famoso tapete vermelho para receber seus ilustres convidados e alguns arranjos florais com refletores como havia lhe dito antes. Quer ir até a cozinha conferir o cardápio?— Certamente, Rosalina.— Venham comigo, por favor! — Acompanhamos a promotora de eventos até a porta que acertadamente achei que era a cozinha e somos apresentados ao chef português Pedro Cruz, um homem muito simpático. Ele mostra o cardápio da noite de uma form
Isabelly — Eu só preciso pegar a minha bolsa. — Ele assente, eu entro e pego a bolsa largada no chão, e logo estamos dentro de um elevador. Droga, pequeno, apertado e quente como um inferno ou seria o seu perfume amadeirado invadindo os meus sentindo e me incendiando por dentro? Respira, Isabelly. Através do reflexo do espelho na parede os cabelos negros penteados para trás, mas tem uma mecha rebelde em sua testa e minhas mãos coçam de vontade de tirá-la de lá. Respiro fundo, Isabelly e se contenha, mulher! Repreendo-me e me concentro no painel cheio de números com luzes verdes piscando o tempo todo. As portas finalmente se abrem e repentinamente sinto a sua mão tocar a base da minha coluna. Porra, preciso de um bombeiro aqui e agora, ou vou incendiar tudo ao meu redor. Minutos depois, estamos caminhando pelo lindo e extenso tapete vermelho, sobre uma onda de flashes e Daniel me leva para uma mesa com quatro cadeiras. Educadamente ele puxa uma cadeira para eu me acomodar e ele se sen
DanielFaço-a virar-se de frente para mim e sinto a minha alma ser dilacerada no mesmo instante. Deus, consigo ver em seus olhos a mesma dor que vi em mim durante esses anos. Isa chora compulsivamente e a única coisa que consigo fazer nesse momento é abraçá-la e apertar o seu corpo trêmulo junto ao meu. Carinhosamente beijo os seus cabelos e afago as suas. Ela segura firme no meu paletó como se eu fosse o seu bote salva-vidas. Por Deus eu não entendi nada. Ela estava tão linda e tinha um sorriso tão perfeito no seu rosto afilado, e de repente tudo mudou. Alguns longos minutos se passaram e o choro começa a diminuir. Então me afasto um pouco, ergo a sua cabeça com o meu indicador e olho em seus olhos.— Quer me explicar o que está acontecendo? — peço com um tom baixo e cauteloso, mas ela meneia a cabeça fazendo um não.— Preciso sair daqui agora, Daniel, eu não posso... — E lá estão as lágrimas novamente.— Shiiiiii, está tudo bem. Consegue ir sozinha para o seu quarto?— Acho que sim.
Daniel — Aaaaaaaah, Daniel! — Outro gemido escapa da sua boca e esse traz o meu nome. Isa me aperta e eu sei que ela está perto do ápice. Então ergo as suas coxas e me mexo mais forte, e em seguida solto um grunhido, me entregando ao êxtase junto com ela.— Caramba! — digo extremamente ofegante e sufocando nesse prazer.Já fiz sexo com muitas mulheres na minha vida. Um sexo bruto, sujo e sem sentimento algum, e todos de algum modo me proporcionaram muito prazer, sempre foram muito bons, mas com a Isabelly se superou. Essa mulher me fez ir ao céu e ao inferno no mesmo minuto. Olho para a mulher debaixo de mim, lindamente ofegante, suada, assanhada, nua e... ainda assim ela continua linda, muito linda. Sem conseguir evitar, eu me inclino e começo a fazer trilhas de beijos pelo seu rosto, maxilar e pescoço. Isa está amolecida na cama. Saio de dentro dela e me deixo cair ao seu lado. Ela olhando para o teto, perdida em seus próprios pensamentos e eu olhando para o teto perdido em minha e