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Daniel

Dois dias depois...

Após ouvir as suas palavras que saíram da sua boca não pude mais olhar na sua cara. Desnorteado, entro no carro e dirijo direto para um bar na orla marítima, e peço uma garrafa de uísque com um copo. Fico no balcão saboreando o amargo da bebida, misturado a essa nova dor. Ela disse que me amava, mas bastou esse infeliz aparecer na sua frente para ela correr para os seus braços. Não me permito chorar, não vou chorar. Desde o nosso término não tenho ido em casa, estou dormindo escritório e a cada dia invento uma desculpa para não preocupar os meus pais, mas a verdade, é que não sei o que dizer para o Cris. Céus, ele estava tão feliz com a nossa união. Como dizer para uma criança que os seus sonhos foram frustrados? Que ela não vai voltar mais? Sacudo os fios dos cabelos quando penso nessa conversa que em breve terei com o meu filho. Ela disse que me amava. Repito. Que espécie de amor é esse? Ela nem hesitou, não havia remorso, nada. Merda, preciso voltar para
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