DanielDois dias depois...Após ouvir as suas palavras que saíram da sua boca não pude mais olhar na sua cara. Desnorteado, entro no carro e dirijo direto para um bar na orla marítima, e peço uma garrafa de uísque com um copo. Fico no balcão saboreando o amargo da bebida, misturado a essa nova dor. Ela disse que me amava, mas bastou esse infeliz aparecer na sua frente para ela correr para os seus braços. Não me permito chorar, não vou chorar. Desde o nosso término não tenho ido em casa, estou dormindo escritório e a cada dia invento uma desculpa para não preocupar os meus pais, mas a verdade, é que não sei o que dizer para o Cris. Céus, ele estava tão feliz com a nossa união. Como dizer para uma criança que os seus sonhos foram frustrados? Que ela não vai voltar mais? Sacudo os fios dos cabelos quando penso nessa conversa que em breve terei com o meu filho. Ela disse que me amava. Repito. Que espécie de amor é esse? Ela nem hesitou, não havia remorso, nada. Merda, preciso voltar para
Isabelly.Dois dias do meu prazo já se foram e eu estou desesperada. N meu escritório olho para a tela do meu celular com o nome de Daniel piscando o tempo todo nela e por muitas vezes penso em ligar pra ele, mas simplesmente não tenho coragem. O pior é que eu sei que não devo fazer tal coisa. Solto uma respiração audível pela boca e olho as horas. Em alguns minutos terei que ir ao encontro do meu pai e dos meus tios, advogados da minha mãe para saber se já temos algum trunfo. Nervosa, eu pego a bolsa, as chaves e o meu celular no exato momento que chega uma mensagem. Pego o parelho sentindo o meu coração palpitar violentamente dentro do meu peito e penso se seria ele, o meu Dani. Contudo, a minha alegre ansiedade é afogada quando vejo que a mensagem e do Francis....Francis Fox:O relógio não para, Isabelly.Tic - tac... tic - tac....Guardo o celular dentro da bolsa sentindo um frio na minha espinha. Céus, se não houver qualquer mudança hoje terei que arrumar as minhas coisas, ir
Isabelly — Você acha que sabe de tudo, não é? A bonequinha dos Albuquerque, criada como uma princesa, tendo tudo do bom e do melhor. A sua mãe ferrou com a vida do meu pai! — Ele range entre dentes.— Foi isso que o seu pai te disse? Ele roubou, Francis, enganou, manipulou e extorquiu.— NÃO! — Altera o tom da voz. — O meu pai foi a ruína porque a sua mamãe mentiu em pleno tribunal e o acusou. Mas ele não fez isso.— Eu vim pegar os papéis que você roubou da minha casa. — Ele sorri sarcástico.— Se você veio pra ficar, para mim não tem problema.— Francis, você tem três minutos para pegar esses papéis.— Ou?— Ou a federal vai invadir a sua casa e pegá-los pessoalmente. — O Observo engolir em seco e andar pela sala, passando as mãos nos cabelos. Então ele para de repente e me olha.— Você está mentindo, Isabelly. — Sorrio debochada.— Você acha? — Ele titubeia.— Você não ver? Eu te amo, Isabelly! Eu só quero que você volte para mim. Eu posso ajudar a sua mãe e tirá-la de lá...— Um
Daniel.— FORA DO MEU QUARTO AGORA! — grito em fúria para uma Débora que soluça descontroladamente.— Você não pode fazer isso comigo, Daniel! — Ela rebate transtornada. — Eu não invadi o seu quarto, foi você quem me chamou! — Saio do quarto deixando-a falar sozinha, entro no quarto de hóspedes e tomo um banho frio e demorado, enquanto penso no porquê Isabelly veio até aqui? Será que finalmente ela se deu conta loucura que estava fazendo? Ou as coisas Francis e ela não deram certo? — Por que você veio aqui quando jogou na minha cara que não me queria? — rosno baixinho, encostando-me nos azulejos. As perguntas bombardeiam a minha cabeça e eu não tenho resposta para nenhuma delas. Horas depois estou trancado no escritório da minha casa, vestido para mais um dia de trabalho, porém, com as mãos enfiadas nos bolsos e olhando pela janela que dá para o jardim da casa. A porta se abre atrás de mim e eu sei que Débora está bem ali, parada e me olhando. Posso ouvir o som da sua respiração e mes
Daniel__ Boa tarde, Laura! — falo assim que adentro a recepção.— Ah, boa tarde, senhor Ávila!— A senhorita Sampaio está?— Sim, mas...— Ótimo! Diga que quero lhe falar.— Desculpe, senhor Ávila, mas a senhorita Sampaio pediu para não a incomodar. — Penso em rebater quando o telefone começa a tocar sobre a sua mesa e quando ela se distrai para atendê-lo, vou direto para a porta do seu escritório e a abro em um rompante. — Ah! Ei, o senhor não pode... — Deixo Laura falando sozinha e entro na sala, fechando a porta atrás de mim. Isabelly ergue o seu olhar do papel que estava lendo e me encara sobre os óculos de grau de armação vermelha. Sexy pra caralho! Penso puxando uma respiração sutil.— A que faz aqui, senhor Ávila! — Puta que pariu! A coisa é mais séria do que eu pensava. Portanto, ergo a minha mão, mostrando-lhe o envelope.— Eu trouxe minha conta...— Eu a devolvi. — Ela me corta irritada. — Não pretendo mais trabalhar com a sua empresa. — Faço um gesto de desdém.— Sabe que
Daniel.No dia da viagem...Dentro do avião Isa se senta ao meu lado, porém perto da janela. Ela simplesmente põe os fones no ouvido e fecha os olhos. Um sinal claro de que não quer falar comigo, então também fecho os meus olhos, apoio a cabeça no encosto da cadeira acolchoada e penso na noite que dormi no seu apartamento com um Cris entre nós dois. Ela abraçou o menino e eu aproveitei o para fazer o mesmo, porém, os nossos olhos ficaram conectados por um curto espaço de tempo, até que ela os desviar e fechá-los. Contudo, eu continuei olhando, na verdade, admirando o seu rosto lindo, os seus cabelos caindo em sua testa e até alguns fios espalhados no travesseiro. Não demorou e escutei o seu ressonar e só então me atrevi a colocar minha mão sobre a sua. O toque macio me fez relaxar e adormeci também. Pela manhã eu e o Cris acordamos cedo e fizemos um café da manhã para ela, preparamos uma linda bandeja e voltamos para o quarto, encontrando-a ainda dormindo. Deus sabe a vontade insana q
Daniel — Isa, está tudo bem aí? — Ela não responde e isso me deixa ainda mais preocupado. — Anjo, por favor me fala se você está bem?— Estou bem, Daniel, saio em alguns minutos. — Solto uma respiração alta pela boca.— Está bem. — Saio do quarto e vou para a sala preparar uma bebida para relaxar. Entretanto, o copo para na metade do caminho quando a vejo entra na sala com um vestido vermelho longo, que tem um decote profundo na região dos seios e uma fenda enorme que começa no meio da sua coxa esquerda. Os cabelos estão soltos e caem como uma linda cascata castanha em cascatas por seus ombros e parte das suas costas. Os saltos altos pretos com pequenos e delicados detalhes vermelho a deixa ainda mais deslumbrante. Desisto de beber, preciso ficar sóbrio se quiser mantar essa mulher do meu lado. Se mexe, Daniel, você parece patético parado aí! Me repreendo e me forço a caminhar até a linda e sexy mulher, oferecendo-lhe o meu braço que para minha decepção ela recusa.— Não precisamos s
Isabelly.Os beijos eufóricos e famintos me assaltam deixando o calor cada vez mais avassalador. As mãos afoitas de Daniel estão por todas as parte4s do meu corpo e acreditem, eu não estou muito distante disso. Estou explodindo de desejos, ardendo de saudades e ansiosa por senti-lo. Entretanto, as portas do elevador se abrem e somos obrigados a nos afastar. Eu me encosto em uma parede e ele do outro lado da caixa apertada. Um senhor adentra, as portas se fecham e ele volta a se movimentar. Baixo a minha cabeça para esconder o meu riso, porém, ao fitá-lo do outro lado, ele pisca um olho me fazendo suspirar. Enquanto aguáramos o nosso andar me perco em meus próprios pensamentos. Eu devia ter impedido a entrada do senhor empata foda, arrancar as roupas do homem lindo e sexy que não tira os seus olhos devoradores de cima de mim aqui mesmo dentro do elevador, porém, com essa inesperada quietude começo a absorver a nossa conversa no restaurante e penso que Daniel está fazendo o mesmo. Dou u