O que estava acontecendo não passara pela mente da vampira. Antony e o assassino pareciam estar seguros de que seria um evento calmo onde deixariam o pacote e a mensagem. Não levantaram a possibilidade de um confronto os esperar por lá.
Mas agora que não tinha outra razão pela qual ficar quietinha diante de quem participara da criação do peso e dor que carregava consigo, sentiu-se meio aliviada. Quase agradecida.
Poderia matá-lo. O primeiro desde aqueles dois batedores na estrada de Roma. O primeiro passo rumo a enterrar seus inimigos.
Puxou a espada e preparou-se, do nível três a armadura, afinal a mana que o elfo emitira podia ser comparada a da quimera que deveria ter matado a Fearblood não muitos dias antes.
— Então, este mundo está para sofrer com algo? Uma informação bem amarga para carregar por aí, vou esquecer que ouvi isso. - a oni deu uma mordida na maçã e após soltar uma expressão de repúdio virou-se a Fearblood que acabara de abrir os olhos e fitava o ambiente com um semblante sonolento. - Você foi poupada por período limitado, parabéns.A vampira não esboçou nenhuma reação e com as pálpebras semicerradas continuou a parecer perdida. A oni jogou a fruta mordida no seu colega rabugento que a agarrou, analisou e logo pôs o alimento a ir voando rumo a lata de lixo.A fruta bamboleou no aro da cesta por segundos antes de cair no chão. O elfo loiro deixa escapar um ´´tsk`` e a mulher de chifres longos um risi
— Você é a próxima, put… - o assassino não conseguiu terminar a frase, sua cabeça foi arremessada a parede do corredor após o pé da oni atingir-lhe a face. Decapitado, impiedosa e rapidamente.O silêncio pairou enquanto sangue esguichava do pescoço. Melando o corredor e juntando-se ao do elfo morto. Melando-a, pintando sua pele e roupas de preto.A boca da oni naquele momento era quase uma linha reta e suas pálpebras pressionavam as íris. Não tinha as mãos abertas e seus músculos não pareciam entender que acabara.´´Que nunca começou. Nunca estava zangada. Nunca.``Mas o sujeito, mesmo sem cabeça, ergueu o braço na dire&cced
As chamas lamberam a floresta fazendo fumaça erguer-se seguida do laranja carmim do fogo. A luminosidade machucava os olhos e o calor espalhava-se até ali, na torre quilômetros de distância da queimada e protegida pelas pedras do castelo. Era uma visão que deslumbrava a garota e assustava também. O fogo subindo mais alto que as muralhas, a energia quente roçando-lhe a pele e a estranha excitação de encarar a morte, mesmo que tivesse ciência da impossibilidade dela alcançá-la atrás do que a guardava, fazia-a sentir o coração bater mais forte. As chamas haviam sido convocadas pelos magos do lorde Fearblood, criaturas embutidas em túnicas e dadas a leitura dos mais diversos tipos de escrituras, pessoas cuja lealdade ao povo e ao lorde que os comanda não podia ser questionada. Além deles haviam milhares de soldados… e mais uma centena de aventureiros.
Acordou sentindo o chão mover-se abaixo do corpo. Solavancos tênues que a balançavam de cima a baixo. Ouviu o som de rodas e da brisa batendo em pano. Estava em movimento, soube de imediato. Mesmo assim, ali estava quente, uma almofada lhe sustentava a cabeça enquanto lençóis a cobriam do tronco aos pés. Pensou em erguer as pálpebras e descobrir o que acontecia, mas a garota não queria abrir os olhos para outra luta, não agora. Lutara contra o frio, contra a escura floresta e contra lobos demoníacos. Tinha a espada suja e o corpo adornado por hematomas. A armadura devia ter feito-me passar incólume pelos ataques, mas aqueles não eram lobos comuns, refletiu, e estes certamente não são tem
Aviso: Os caps cujos números sejam acompanhados de ´´.5`` não seguem a cronologia dos demais capítulos, podendo se passar tanto no futuro quanto no presente e passado quando comparados aos outros. Também podem se passar no ponto de vista de outros personagens ou até de um narrador onisciente. No cap a seguir acompanhará Augustus, um elfo, nos eventos que precedem a fuga da protagonista da cidade vampira, mencionada no primeiro cap e no prólogo.
Da última vez não os encarara apropriadamente. Estava numa fuga e eles em meio a um massacre, com gritos de agonia e morte os seguindo de perto. Ainda lembrava de como a lança atrevessou aqueles dois, um homem e uma criança, num único movimento. Do som de membros caindo no chão e casas explodindo sob o efeito de magia.Não prestara atenção em como os algozes de seu pai eram altos, brancos como o tecido mais alvo que já tivera e bonitos. Tinham olhos azuis e corpo musculoso sob a armadura simples, e eram fortes. O primeiro deles até mesmo desviara de um golpe súbito e mortal que lançara a seu pescoço.— É uma vampira, não é? - disse ele após esquivar e riu puxando em seguida a espada e pedindo com um gesto para os outros não
As outras duas cidades de vampiros caíram mais facilmente. Diferente da Cruz do Primeiro, elas não os viram chegando sob magia de camuflagem até que o primeiro soldado da linha de frente pisasse muralha adentro. Nem mesmo foi preciso usar a super magia contra eles, embora houvesse tido confrontos e baixas para os elfos, aquelas ainda puderam ser consideradas vitórias fáceis. Augustus até lutou contra alguns indivíduos formidáveis. Se não fosse o suporte de algumas dezenas de magos que acompanhavam seu pelotão existiria a possibilidade de que o resultado pudesse ter sido sua morte. Embora, claramente, não lutara com ninguém tão terrível ou forte quanto o vampiro Fearblood. Seu antebraço e mão ainda sentiam dores provindas daquele confronto e mesmo o menor pensamento sobre o combate o enchia de calafrios. Rank um a quase vinte anos e mesmo assim havia aquele en
Quando pensou naquilo não pôde deixar de ver como era óbvio. Não tinha possibilidade de o livro profético dos elfos, o símbolo máximo de sua religião voltada ao deus Branco, ter simplesmente aparecido na biblioteca dos Fearblood sem que alguém o houvesse posto lá. E não havia chance do alto escalão élfico não tomar isso como uma ofensa do mais alto grau e não realizar uma retaliação com força total. Sem perguntas, apenas derrubando a porta com seus melhores homens e destruindo os hereges. Na verdade, havia sido extremamente estúpido da parte dela só ter notado agora. Provavelmente aquela citação que dizia que um leitor não é necessariamente alguém inteligente era mais que palavras jogadas ao vento. Não acreditava que seu pai o tivesse roubado e tão pouco o fizera. A garota, durante toda a vida desde de que lembrava, nunca saíra do castelo, o que sabia d