Depois de pensar, processar e questionar a si mesma sobre aquela teoria, Fearblood se pôs de pé. Os punhos fechando-se com força, as sobrancelhas pressionando as pálpebras e um estranho acelerar tomando seu coração.
O que aquilo deveria significar? O que aquilo deveria mudar? O que aquilo melhorava?
O nariz ardia e puxava o ar num ritmo maior e com ciclos menores.
Devia torná-la mais rancorosa? Mais sedenta por vingança? Menos frustrada com a ideia de poder ter impedido ao menos a morte dos cidadãos da sua cidade devolvendo o livro assim que o encontrou?
— Alcides não é seu inimigo. Se realmente planeja ir atrás dos que mataram seu pai e povo, comece o tomando como aliado. - Antony c
Agora Zéfiro precisava reconhecer, ao menos conseguiram conter o avanço para dentro do território. Haviam muitas edificações destruídas e danificadas, mas a partir de certo ponto a cidade via-se quase intocada. E mais a frente algumas pessoas estavam na rua.Crianças brincavam e adultos fitavam o horizonte na direção norte com semblantes preocupados. Provavelmente questionando-se se tudo ficaria bem. Se os monstros continuariam sendo mantidos longe ou se chegaria o momento em que estariam correndo e o que teriam de sacrificar suas vidas para ganhar tempo aos seus filhos.Era uma pena que todos eles fossem realmente morrer em breve. As ondas de ataque só demonstraram um padrão, ficarem mais perigosas. Supondo que durem um ano ou mais, os com alguma força só poderiam
O elfo encarou Antony, parecia ponderar sobre as palavras que acabara de ouvir.Ele suspirou e recostou-se na cadeira inclinando de leve a face em direção ao teto.— Monstros surgindo e atacando toda noite sem falta, espécies irracionais colaborando, sinceramente, o que diz não é nem surpreendente quando se sabe dessas coisas. Acho que não jogaria essa história na conversa sem um motivo. Qual a relação disso com o livro? Não, esquece, é bem óbvio. - o assassino questionou, mas antes que o mercador respondesse tornou a falar. - O que acha que vão fazer de tão diferente do que fazem agora? Por acaso sabe onde e como essa tal ameaça surgirá? Ou esperam que na situação atual Semiramis mande seus soldados para vagarem por a&
Fora uma luta bem difícil graças a todas as restrições que se impora, mas como era o esperado, jamais perderia para alguém com um conjunto tão limitado de habilidades.Força, velocidade, resistência e absorção de mana. Apesar de tudo estar num nível estupidamente alto, ainda não passavam de coisas básicas.— Precisa de mais algumas centenas de anos para conseguir me vencer com tão pouco - comentou Zéfiro, o elfo mais forte, olhando o corpo da mestiça inerte e repleto de ferimentos.— O que… está dizendo… você tá… todo fudido… também… - ela conseguiu responder mesmo com o sangue que escapava-lhe da boca.
O que estava acontecendo não passara pela mente da vampira. Antony e o assassino pareciam estar seguros de que seria um evento calmo onde deixariam o pacote e a mensagem. Não levantaram a possibilidade de um confronto os esperar por lá.Mas agora que não tinha outra razão pela qual ficar quietinha diante de quem participara da criação do peso e dor que carregava consigo, sentiu-se meio aliviada. Quase agradecida.Poderia matá-lo. O primeiro desde aqueles dois batedores na estrada de Roma. O primeiro passo rumo a enterrar seus inimigos.Puxou a espada e preparou-se, do nível três a armadura, afinal a mana que o elfo emitira podia ser comparada a da quimera que deveria ter matado a Fearblood não muitos dias antes. — Então, este mundo está para sofrer com algo? Uma informação bem amarga para carregar por aí, vou esquecer que ouvi isso. - a oni deu uma mordida na maçã e após soltar uma expressão de repúdio virou-se a Fearblood que acabara de abrir os olhos e fitava o ambiente com um semblante sonolento. - Você foi poupada por período limitado, parabéns.A vampira não esboçou nenhuma reação e com as pálpebras semicerradas continuou a parecer perdida. A oni jogou a fruta mordida no seu colega rabugento que a agarrou, analisou e logo pôs o alimento a ir voando rumo a lata de lixo.A fruta bamboleou no aro da cesta por segundos antes de cair no chão. O elfo loiro deixa escapar um ´´tsk`` e a mulher de chifres longos um risi15° O retorno e a traição - Jormungand
— Você é a próxima, put… - o assassino não conseguiu terminar a frase, sua cabeça foi arremessada a parede do corredor após o pé da oni atingir-lhe a face. Decapitado, impiedosa e rapidamente.O silêncio pairou enquanto sangue esguichava do pescoço. Melando o corredor e juntando-se ao do elfo morto. Melando-a, pintando sua pele e roupas de preto.A boca da oni naquele momento era quase uma linha reta e suas pálpebras pressionavam as íris. Não tinha as mãos abertas e seus músculos não pareciam entender que acabara.´´Que nunca começou. Nunca estava zangada. Nunca.``Mas o sujeito, mesmo sem cabeça, ergueu o braço na dire&cced
As chamas lamberam a floresta fazendo fumaça erguer-se seguida do laranja carmim do fogo. A luminosidade machucava os olhos e o calor espalhava-se até ali, na torre quilômetros de distância da queimada e protegida pelas pedras do castelo. Era uma visão que deslumbrava a garota e assustava também. O fogo subindo mais alto que as muralhas, a energia quente roçando-lhe a pele e a estranha excitação de encarar a morte, mesmo que tivesse ciência da impossibilidade dela alcançá-la atrás do que a guardava, fazia-a sentir o coração bater mais forte. As chamas haviam sido convocadas pelos magos do lorde Fearblood, criaturas embutidas em túnicas e dadas a leitura dos mais diversos tipos de escrituras, pessoas cuja lealdade ao povo e ao lorde que os comanda não podia ser questionada. Além deles haviam milhares de soldados… e mais uma centena de aventureiros.
Acordou sentindo o chão mover-se abaixo do corpo. Solavancos tênues que a balançavam de cima a baixo. Ouviu o som de rodas e da brisa batendo em pano. Estava em movimento, soube de imediato. Mesmo assim, ali estava quente, uma almofada lhe sustentava a cabeça enquanto lençóis a cobriam do tronco aos pés. Pensou em erguer as pálpebras e descobrir o que acontecia, mas a garota não queria abrir os olhos para outra luta, não agora. Lutara contra o frio, contra a escura floresta e contra lobos demoníacos. Tinha a espada suja e o corpo adornado por hematomas. A armadura devia ter feito-me passar incólume pelos ataques, mas aqueles não eram lobos comuns, refletiu, e estes certamente não são tem