28

Júlia

Um clarão tomou conta do meu quarto, seguido de um som estrondoso que me fez sentar imediatamente na cama. Assustada, olhei para a janela e vi a violência com que as grossas gotas de chuva crepitavam contra o vidro transparente da janela do meu quarto. Adrian! Pensei quando não o encontrei do meu lado na cama e apavorada, olhei no mesmo instante para o relógio digital sobre o criado mudo.

Duas da madrugada.

— Droga, cadê você, Adrian?

Ralhei, saltando para fora da cama e um arrepio de frio percorreu a minha coluna no mesmo instante. Preocupada, peguei o meu celular e liguei para ele. Uma sequência de ligações que roubaram a minha paz e que trouxe o medo e a insegurança. Contudo, ele não atendeu nenhuma das minhas ligações. Em algum momento a campainha começou a tocar, fazendo-me correr ansiosa para fora do cômodo e com o meu coração em festa, destilando uma gota de alívio para a minha alma, abri a porta cheia de esperança. Mas uma confusão me acometeu quando encontrei alguns
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