A festa

Eu estava pronta. Examinei-me novamente no espelho. O vestido não era justo, mas não deixava de revelar minhas curvas. Era um pouco acima dos joelhos, ressaltava o meu busto e quadris. A cor me favorecia, branco com detalhes de renda.

Prendi os cabelos no alto da cabeça e soltei alguns fios laterais e os enrolei com a escova e o secador, para dar o formato encaracolado. Esfumacei os olhos e passei um batom da cor telha.

Escutei batidas na porta, atendi pensando ser a empregada, mas me surpreendi com Mansur na soleira da porta. Ele estava lindo, estonteante. Ele usava traje real: Kandoora (um camisolão branco comprido) por cima o Bisth (túnica dourada por cima do kandoora), o tarboosha (cordão branco trabalhado).

Os cabelos brilhavam pelo gel, barbeado e exalava aquele perfume que era a marca registrada dele.

—Vim ver se estava pronta. — Havia algo de assustador naquele sorriso. Seus olhos me correram s

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