BrendaUm Mês DepoisDespertei com frio, depois de um momento me situando onde estava e ainda sem acreditar que estava de volta em casa e para minha vida. Respirei agradecida em quanto abria a janela do meu quarto naquela manhã, senti o vento cortar o meu rosto e fechei os olhos repelindo a sensação que o toque da brisa gelada causava-me. Foi impossível não recordar do meu quente "Lobo". Seu cheiro ainda estava em meu sistema. Eu o sentia em toda parte.Não simpatizava com a temperatura baixa, o frio trazia a confirmação da minha solidão, sem falar no dia cinza. Sentia monótono e sem vida, sem calor. Voltei a abrir os meus olhos, admirei o bosque que ficava bem próximo da minha casa, por onde eu corria quase diariamente. Gostava de exercitar-me antes de começar a escrever, já passava o dia todo trabalhando com pouca mobilidade e isso ajudava balancear as coisas. Naquele dia, algo parecia diferente em mim, uma sensação de que algo bom ia surgir, era excitante já que a minha vida er
A noite chegou rápido e quando o relógio marcou vinte e uma hora, eu já estava na portaria do meu prédio entrando no táxi para o clube. Trinta minutos depois, entramos no Rota 22. Nem pensei o que iria usar, acabei escolhendo uma calça jeans, uma regata preta bem justa, e salto médio. Jasm me olhou a aprovar o visual. Nada muito fora do meu comum, não queria fingir uma imagem diferente da que realmente sou.Diferente de Jasm, que optou por um vestido vermelho bastante curto e saltos, prefiro uma roupa confortável, do jeito que gosto.Apesar de ser apenas dez da noite, o bar está lotado. O espaço não é grande, todas as mesas estão ocupadas, optei então pelos bancos altos perto do balcão. O pop rock conhecido que toca ao fundo faz com que algumas pessoas dancem animadamente.— Vamos procurar o Luki — Jasm diz, apontando na direção do balcão, e eu respondo com um aceno. — Só espero nãoencontrar a noiva dele também. — Ela faz cara de nojo, more de ciúmes de nós nem entendo porquê. Também
Uma semana depois…Após aquela noite, depois que cheguei da balada, não tive mais a sensação de ser observada.A cada noite eu desejava senti-lo por perto novamente, deixando-me uma bagunça hormonal.Quis pedir ajuda a Jasm para conhecer novos rapazes, mas sei que ela conseguiria mais uma aberração de pretendentes assim que saísse por aquela porta. Hoje é sexta, já é noite e eu estou inquieta, tentando-me convencer para sair e para viver.“Qual o meu problema?”... Olhando para o amontoado de roupa já sei qual será a resposta.“Ok!... desisto, vou ficar em casa mesmo. Vou assistir as minhas serie favoritas. Só dessa vez." Prometo-me mentalmente.”Com uma respirando fundo, ela jogou-se na cama e colocou os óculos de grau passando impaciente canal por canal.“A noite será longa". Pensou.Após um bom tempo vendo serie e comendo porcarias foi vencida pelo sono.O seu observador desligou o equipamento eletrônico barulhento e a cobriu do seu olhar sedento. Depois de um longo tempo observando
O fim de semana passou rápido, a pedido da Jasm, passamos a noite de domingo vendo series e comendo porcarias. Bem a nossa cara mesmo. Eu precisava de uma boa noite de sono e uma desintoxicação. Estava estufada graças a muita comida ruim.Então na segunda como de costume, às cinco, eu já estava de pé para minha corrida matinal. O dia foi agitado, atendi dois clientes em locais diferentes e agora tentava fechar um contrato para tradução de um livro de 500 palavras. O problema era que o cliente queria isso em cinco dias e eu só teria como atender em quinze dias.Levo a mão a testa tentando me acalmar.— Eu acho que não estou entendendo o que está pedindo, senhor. Estou entendendo, mas tentando ser educada para não mandá-lo para o inferno.— Eu quero uma certeza que em cinco dias me entregará a tradução completa.— Não trabalhamos com prazos tão apertado, Senhor Mils. — Pode me chamar de David.— Não acho que seja apropriado, senhor Mils e por favor, chame-me de senhorita back.Ele dá de
O almoço foi agradável, para um CEO ela o achou simpático. Depois de uma hora e meia jogando conversa fora, nos despedimos e ficamos de combinar outro almoço qualquer dia. Segundo ele, iria precisar também dos meus serviços como tradutora.Eu falava 6 idiomas, Espanhol, mandarim, turco, grego, Inglês e o neerlandês, também o primitivo Indo, a língua mãe que deu origem as três mil línguas atuais no mundo.Descobri essa habilidade e aproveitei.— Até mais, Brenda. — despediu-se com um beijo próximo aos meus lábios.Eu com a boca aberta igual um peixe, afirmei com a cabeça.Voltei para casa um pouco perdida com tudo que vive hoje. Como que vivendo em um mundo paralelo, conversei com o deus egípcio que passou dias comigo na ilha, mas que falava com propriedade sobre edição e negócios digitais. Me senti tão louca que não tive coragem de pressiona-lo a confessar que era o mesmo Anúbis que conheci. Ele falava com propriedade sobre tudo, mas sempre usava duplo sentido em quase tudo. Flerte e
A manhã de quarta-feira chegou e Brenda tentou seguir com seu dia normalmente. Algo impossível, já que, não parava de pensar em Aron Gamal. Nesse devaneio ainda segurando uma caneca de chá, já frio. Brenda se sobressaltou com o toque do telefone. Aturdida, colocou a caneca na mesa e atendeu o telefone. — Espero você às 19hs. Não se atrase. —Disse uma voz grave e dominante do outro lado da linha. —Huumm.. mas achei que o nosso almoço tinha cumprido o propósito. — Disse ela. — “Benim", nosso almoço foi um aperitivo. — Disse afirmativamente. — Tudo bem. Estarei no local indicado.. — Não, eu passo em sua casa no horário que confirmamos. E Benim, venha o mais livre possível. — Sem esperar por uma resposta desligou. — “Livre”?.. “”Benim”?.. — Ela disse em voz alta para garantir que estava acordada e não foi imaginação essa ligação. E “livre" significa o que? E por que o chamou de “minha", em uma alteração sutil mas poderia jurar que era na língua “Acádia” primitiva. **********
O apartamento era um por andar em um prédio histórico de apenas cinco pavimentos em uma localização nobre de North End, um dos muitos da bela região. Naturalmente a primeira opção para os amantes por história, já que o novo se mistura com o velho e atual se mistura com o clássico. Uma cultura fundida na outra, Americano e Europeu, fazendo um clima mágico. Ruas estreitas em paralelepípedo e prédio de tijolo aparente, a paixão foi imediata. Era a primeira vez que ia para aqueles lados,o lugar era aconchegante e atrativo também para aqueles que queriam tomar um pouco de cerveja e ouvir uma dama cantar. Era uma pena que estivéssemos apenas de passagem. Aron estava atrás de mim com um sutil toque na parte baixa da minha coluna me guiando com sutileza para o nosso real destino, sua casa. Ao entrar no prédio fomos direto para o elevador que rapidamente chegou e já nos guiava até sua casa. O grande hall de entrada era imenso e bem decorado, já anunciando toda imponência que veria a seguir e
Em casa e já acomodada no sofá com uma xícara fumegante de chocolate tento analisar toda a noite. O que está acontecendo entre mim e Aron, sim porque está acontecendo alguma coisa ou eu estou ficando louca. Bem verdade que a segunda opção também está correta. Gargalhou alto de mim mesma e acabando com a paz de Bardo meu gato que pula assustado do meu lado do sofá no chão de susto. O coitado e covarde percebeu que foi só minha confusa empolgação. Solto outra gargalhada com a cena e juro que vi Bardo balançando a cabeça como dizendo que pirei. É isso que dá viver só e ter uma companhia apenas de um gato. Aproveite o momento estranho e apertei mais meu roupão seguindo para o quarto com emoções demais para uma noite acredito que uma boa noite de sono colocaria as coisas no lugar.Depois de alguns minutos, sinto o sono me alcançar e fecho os olhos. Antes de dormir, a última coisa em que penso é no rosto de Aron. 🔥Quando o ônibus parou no ponto p