POV: YULLI— Keenan, não estamos sozinhos neste carro! — Exclamei, ofegante, enquanto sentia o segundo dedo acompanhar o primeiro movendo em estocadas precisas, arrancando de mim uma reação involuntária. Seu polegar massageava meu ponto sensível com uma maestria que fazia meu corpo queimar. Sua outra mão em meio aos meus seios deslizava para o lado para dentro do tecido, preenchendo a palma com firmeza, apertando com um desejo que ele nem tentava esconder.— Pulguento, filha da mãe! — Soltei entre dentes, tentando recuperar o controle que ele estava arrancando de mim.— E qual o problema? Você não é minha? — Rosnou ele afiado, enquanto seus olhos brilhavam com algo que parecia mais intenso do que simples luxúria. Foi quando percebi: o Alfa não estava apenas provocando; ele estava reafirmando seu domínio antes de entrarmos no baile. — Então diga, feiticeira.— Está confiante demais... — Respondi, provocativa, passando a língua pelos lábios lentamente, sabendo exatamente o efeito que iss
POV: YULLI— Alfa Supremo. — Keenan cumprimentou, estendendo a mão com um sorriso educado, mas Aaron ignorou completamente o gesto, desviando o olhar diretamente para mim.— Magoei. — Provocou Keenan, deixando um sorriso de canto surgir em seu rosto, carregado de malícia.— Ainda consegue aguentar altas doses de tequila? — Aaron perguntou com um tom descontraído, puxando a cadeira ao meu lado e se acomodando, como se não houvesse tensão no ambiente. — Você costumava me superar fácil nas bebidas.— E isso antes mesmo de ter o metabolismo acelerado dos lupinos. — Respondi com um sorriso contido, sentindo o peso do olhar dele sobre mim. — Agora que sou uma híbrida, duvido que você consiga me acompanhar, grandão.— Provavelmente não. — Admitiu Aaron com uma gargalhada genuína, balançando a cabeça como se ainda ponderasse a ideia. A descontração, no entanto, deu lugar a um olhar afiado e sombrio enquanto ele me avaliava, cada movimento estudado com precisão. — Por que você veio?— Ela é min
POV: YULLIMinha provocação fez um rosnado grave vibrar em seu peito, e eu ri baixinho antes de me afastar, sentindo seus olhos fixos em mim, o brilho de desejo claro em seu olhar. Ele me acompanhava com a intensidade de um verdadeiro predador, algo que só aumentava minha diversão.Peguei uma taça de vinho da bandeja de um garçom que passava, caminhando com passos tranquilos até a porta que dava para um corredor amplo e imponente, levando ao jardim. A noite estava quente, o céu salpicado de estrelas, e a música suave que vinha do salão trazia uma serenidade inesperada.Caminhei lentamente até as flores, fechando os olhos enquanto absorvia os aromas ao meu redor. Foi então que senti uma presença se aproximar, trazendo consigo uma energia que era impossível de ignorar.— Sempre gostou de flores, não é, Sacerdotisa? — A voz familiar, baixa e calma, alcançou meus ouvidos como uma lembrança distante.— Aprendi a
POV: YULLI— Estou errado em querer libertar nosso clã da morte, Yulli? — Drevan questionou, sua voz fria e carregada de desprezo enquanto dava mais um passo à frente. Seus dedos agarraram meu queixo com força, obrigando-me a encará-lo. — Por que essas malditas feras têm o direito de viver por eras, massacrando o nosso povo, enquanto assistimos nossos pais, irmãos e filhos morrerem antes de completar trinta anos ou serem dilacerados por suas presas?— Essa maldição não é culpa deles! — Retruquei, minha voz tomada pela raiva enquanto sentia Fel aflorar na superfície da minha pele. — A Noite de Caça às Bruxas foi um erro, Drevan. Não precisamos repetir as atrocidades que eles cometeram!— Ah, minha doce Yulli... — Ele riu com amargura, os olhos escurecendo em pura malícia. — Foi ma
POV: YULLI— Meu irmão, Constantine, selou um pacto com o seu noivo. — A proximidade dele agora era ameaçadora, suas palavras afiadas como lâminas.— Eu sei disso. — Respondi, controlando minha postura enquanto olhares curiosos começavam a se voltar em nossa direção. — E o que exatamente espera que eu faça?— Que você o liberte, Yulli. — Meliodas rugiu com fúria reprimida. — Ele está sendo uma marionete nas mãos do Feiticeiro Supremo!Antes que pudesse responder, percebi o movimento ao redor. Os seguranças de Keenan se aproximavam rapidamente, formando um círculo protetor ao meu redor. No centro deles, Alisson, sempre calculista, assumiu a liderança com sua presença imponente.— Alfa Meliodas. — Disse Alisson com tranquilidade, o tom
POV: KEENANObservei Yulli se afastar, meus sentidos captando o perfume característico de Elara. Recentemente, descobri através dos relatórios que a anciã era tia de sangue de Yulli, a mesma que havia convencido sua mãe a confiar nela, apenas para conduzi-la ao ritual onde o maldito pacto foi selado.— Ouvi dizer que suas empresas têm enfrentado ataques... curiosamente vindos de sua própria espécie. — Comentou Oliver, girando o martini em sua mão com uma falsa casualidade. — Além disso, rumores dizem que você e sua alcateia estão impedidos de firmar acordos devido a uma certa expulsão.Voltei meu olhar para ele, um sorriso enviesado surgindo no canto dos meus lábios.— Para um humano, Sr. Oliver, devo admitir que está bem-informado. — Minha voz carregava um tom afiado enquanto pegava minha bebida. — É verdade que fomos atacados, mas minha equipe resolveu esse... pequeno inconveniente. — Tomei um gole do líquido, mantendo o olhar fixo nele, inclinando levemente a cabeça. Deixei que meu
POV: KEENAN— O que aconteceu comigo, Alfa do norte? — Ele gargalhou com insanidade, lambendo as presas cobertas de sangue seco. — Ódio. Dor. Luto. Isso foi o que aconteceu!— Constantine, controle-se. Não me force a fazer algo que você vai se arrepender. — Cerrei os punhos ao lado do corpo, a raiva crescendo conforme o via se perder ainda mais. — Seus irmãos precisam de você. Dillian e Meliodas estão completamente desorientados.— Covardes! — Ele rugiu, cuspindo no chão próximo a mim. — Todos vocês são! Enquanto os bruxos nos destroem, vocês ficam discutindo tratados e brindando com champanhe!Me virei para Aaron, sentindo o ambiente cada vez mais opressor.— Do que ele está falando? — Perguntei, avaliando o Alfa Supremo, que parecia estar suando mais do que o normal. — Aaron, você está bem?— Constantine tentou atacar minha Luna. Foi assim que o capturamos. — Aaron respondeu com um rosnado, ignorando minha pergunta sobre seu estado. — Callie o conteve sozinha, mas, desde o confronto
POV: YULLICom dedos trêmulos, disquei seu número uma última vez. Meu corpo doía, não apenas pelos ferimentos, mas por todo peso das decisões que me trouxeram até aqui, aos portões ancestrais do clã das bruxas.— Alô? — Sua voz grave e familiar fez meu coração apertar.— Me perdoe, pulguento... — sussurrei direta, enquanto o vento gélido cortava minha pele. Uma lágrima teimosa escorria por meu rosto, mordi os lábios, tentando conter um soluço. — Não consegui ficar fora de confusão.— Yulli? Onde você está? — A preocupação em seu rosnado me fez quase desistir de tudo.— Preciso que pare de me procurar, vira-lata. — Endureci minha voz, mesmo que por dentro estivesse despedaçada. Ergui o queixo, como se ele pudesse me ver. — Siga com sua vida, encontre uma Luna e seja feliz. Não venha mais atrás de mim!Desliguei antes que sua voz pudesse me fazer mudar de ideia. O celular encontrou seu fim sob meus pés, cada pedaço quebrado simbolizando o fim desta história. Com passos pesados, entrei na