POV: YULLI
Minha provocação fez um rosnado grave vibrar em seu peito, e eu ri baixinho antes de me afastar, sentindo seus olhos fixos em mim, o brilho de desejo claro em seu olhar. Ele me acompanhava com a intensidade de um verdadeiro predador, algo que só aumentava minha diversão.
Peguei uma taça de vinho da bandeja de um garçom que passava, caminhando com passos tranquilos até a porta que dava para um corredor amplo e imponente, levando ao jardim. A noite estava quente, o céu salpicado de estrelas, e a música suave que vinha do salão trazia uma serenidade inesperada.
Caminhei lentamente até as flores, fechando os olhos enquanto absorvia os aromas ao meu redor. Foi então que senti uma presença se aproximar, trazendo consigo uma energia que era impossível de ignorar.
— Sempre gostou de flores, não é, Sacerdotisa? — A voz familiar, baixa e calma, alcançou meus ouvidos como uma lembrança distante.
— Aprendi a
POV: YULLI— Estou errado em querer libertar nosso clã da morte, Yulli? — Drevan questionou, sua voz fria e carregada de desprezo enquanto dava mais um passo à frente. Seus dedos agarraram meu queixo com força, obrigando-me a encará-lo. — Por que essas malditas feras têm o direito de viver por eras, massacrando o nosso povo, enquanto assistimos nossos pais, irmãos e filhos morrerem antes de completar trinta anos ou serem dilacerados por suas presas?— Essa maldição não é culpa deles! — Retruquei, minha voz tomada pela raiva enquanto sentia Fel aflorar na superfície da minha pele. — A Noite de Caça às Bruxas foi um erro, Drevan. Não precisamos repetir as atrocidades que eles cometeram!— Ah, minha doce Yulli... — Ele riu com amargura, os olhos escurecendo em pura malícia. — Foi ma
POV: YULLI— Meu irmão, Constantine, selou um pacto com o seu noivo. — A proximidade dele agora era ameaçadora, suas palavras afiadas como lâminas.— Eu sei disso. — Respondi, controlando minha postura enquanto olhares curiosos começavam a se voltar em nossa direção. — E o que exatamente espera que eu faça?— Que você o liberte, Yulli. — Meliodas rugiu com fúria reprimida. — Ele está sendo uma marionete nas mãos do Feiticeiro Supremo!Antes que pudesse responder, percebi o movimento ao redor. Os seguranças de Keenan se aproximavam rapidamente, formando um círculo protetor ao meu redor. No centro deles, Alisson, sempre calculista, assumiu a liderança com sua presença imponente.— Alfa Meliodas. — Disse Alisson com tranquilidade, o tom
POV: KEENANObservei Yulli se afastar, meus sentidos captando o perfume característico de Elara. Recentemente, descobri através dos relatórios que a anciã era tia de sangue de Yulli, a mesma que havia convencido sua mãe a confiar nela, apenas para conduzi-la ao ritual onde o maldito pacto foi selado.— Ouvi dizer que suas empresas têm enfrentado ataques... curiosamente vindos de sua própria espécie. — Comentou Oliver, girando o martini em sua mão com uma falsa casualidade. — Além disso, rumores dizem que você e sua alcateia estão impedidos de firmar acordos devido a uma certa expulsão.Voltei meu olhar para ele, um sorriso enviesado surgindo no canto dos meus lábios.— Para um humano, Sr. Oliver, devo admitir que está bem-informado. — Minha voz carregava um tom afiado enquanto pegava minha bebida. — É verdade que fomos atacados, mas minha equipe resolveu esse... pequeno inconveniente. — Tomei um gole do líquido, mantendo o olhar fixo nele, inclinando levemente a cabeça. Deixei que meu
POV: KEENAN— O que aconteceu comigo, Alfa do norte? — Ele gargalhou com insanidade, lambendo as presas cobertas de sangue seco. — Ódio. Dor. Luto. Isso foi o que aconteceu!— Constantine, controle-se. Não me force a fazer algo que você vai se arrepender. — Cerrei os punhos ao lado do corpo, a raiva crescendo conforme o via se perder ainda mais. — Seus irmãos precisam de você. Dillian e Meliodas estão completamente desorientados.— Covardes! — Ele rugiu, cuspindo no chão próximo a mim. — Todos vocês são! Enquanto os bruxos nos destroem, vocês ficam discutindo tratados e brindando com champanhe!Me virei para Aaron, sentindo o ambiente cada vez mais opressor.— Do que ele está falando? — Perguntei, avaliando o Alfa Supremo, que parecia estar suando mais do que o normal. — Aaron, você está bem?— Constantine tentou atacar minha Luna. Foi assim que o capturamos. — Aaron respondeu com um rosnado, ignorando minha pergunta sobre seu estado. — Callie o conteve sozinha, mas, desde o confronto
POV: YULLICom dedos trêmulos, disquei seu número uma última vez. Meu corpo doía, não apenas pelos ferimentos, mas por todo peso das decisões que me trouxeram até aqui, aos portões ancestrais do clã das bruxas.— Alô? — Sua voz grave e familiar fez meu coração apertar.— Me perdoe, pulguento... — sussurrei direta, enquanto o vento gélido cortava minha pele. Uma lágrima teimosa escorria por meu rosto, mordi os lábios, tentando conter um soluço. — Não consegui ficar fora de confusão.— Yulli? Onde você está? — A preocupação em seu rosnado me fez quase desistir de tudo.— Preciso que pare de me procurar, vira-lata. — Endureci minha voz, mesmo que por dentro estivesse despedaçada. Ergui o queixo, como se ele pudesse me ver. — Siga com sua vida, encontre uma Luna e seja feliz. Não venha mais atrás de mim!Desliguei antes que sua voz pudesse me fazer mudar de ideia. O celular encontrou seu fim sob meus pés, cada pedaço quebrado simbolizando o fim desta história. Com passos pesados, entrei na
POV: YULLIDei alguns passos para o lado, meus olhos se arregalando enquanto ele se aproximava com uma confiança elegante e um ar de preguiçosa superioridade. Keenan andava como um predador que não se preocupava com a reação de suas presas, cada movimento calculado, mas desdenhoso. Atrás dele, seus lacaios seguiam em silêncio, todos vestidos com trajes formais, cada um emanando uma aura de ameaça controlada.— Fiquei chateado, encrenca. — Sua voz gotejava sarcasmo enquanto ele me olhava de cima a baixo, o olhar predatório fixo em mim. — Não recebi o convite para o seu casamento. — Seus lábios se curvaram em um sorriso insuportavelmente autoconfiante. — A propósito, você está linda.— Keenan, o que você está fazendo aqui? — perguntei, tentando manter minha voz firme, embora o nervosismo me atravessasse. Com os olhos semicerrados enquanto ameaçava me aproximar dele, mas o feiticeiro supremo se colocou entre nós, bloqueando meu caminho. — Eu disse para não vir atrás de mim!Keenan apenas
POV: KEENANAntes de adentrar o carro, uma dor lancinante atravessou minhas costas até meu peito. O ar escapou de meus pulmões e cambaleei, apoiando-me na porta do carro para não cair. Um rosnado feroz escapou de minha garganta enquanto meus seguranças rapidamente formavam uma barreira protetora atrás de mim.Virei-me lentamente, minhas presas expostas, e encarei Drevan parado à distância. O feiticeiro exibia um sorriso triunfante, seus lábios e dentes manchados com sangue vermelho-ferrugem.— Vocês pagarão por isso! — ameaçou ele.— Mal posso esperar — respondi com um sorriso irônico, minha voz áspera pela dor. Com esforço, abri a porta do carro e empurrei Yulli para dentro, ignorando sua resistência. Entrei em seguida e suspirei pesadamente ao notar o líquido viscoso que escorria do ferimento, manchando o tecido. — Droga, era meu terno preferido.— Qual é o seu problema?! — Yulli gritou, acertando um tapa em meu ombro.— Ei, estou ferido, esqueceu? — arqueei uma sobrancelha, mantendo
POV: YULLIMeus olhos encontraram os dele, e um peso avassalador me impediu de desviar. Tentei empurrá-lo, forçando uma distância entre nós, mas ele permaneceu imóvel, como se minha força fosse insignificante. Antes que pudesse refletir sobre minhas ações, minha mão subiu em um gesto rápido e certeiro, descendo com força contra seu rosto. O som do impacto reverberou no ar, nítido e afiado, enquanto sua pele exibia um leve rubor onde meus dedos haviam deixado suas marcas. Apesar disso, ele sequer vacilou.— Foi só isso? — Sua voz carregava um sarcasmo irritante, e sua sobrancelha arqueada acentuava a provocação. — Já terminou, bruxinha?Seus lábios se curvaram em um sorriso frio, revelando as presas afiadas que brilhavam sob a luz fraca. Ele não demonstrava dor ou surpresa, apenas uma confiança perigosa que parecia se expandir com meu ato impulsivo. Seus olhos fixaram-se em mim com precisão, estudando cada reação, cada tremor em meu rosto, enquanto um brilho predatório cintilava em seu