POV: KEENAN
— Quero que saiba que tem o meu apoio para proteger a tia Yulli. — Rigan estendeu a mão, e eu a apertei com firmeza, respeitando sua postura. — Você também é um lobo digno, Keenan.
— Cuidado, Rigan, a dona encrenca vai acabar com você se descobrir que a chamou de tia. — Comentei, rindo junto com ele. — Mas agradeço o apoio.
— Eu devo muito a vocês dois. — Ele respondeu, soltando um suspiro longo enquanto tensionava os músculos, deixando transparecer a pressão que carregava.
— Ainda não encontrou a feiticeira de olhos dourados? — Perguntei, arqueando uma sobrancelha enquanto o avaliava. — Seu pai sabe sobre a sua busca?
O breve silêncio de Rigan dizia mais do que palavras. Ele era jovem, mas carregava responsabilidades e segredos que o tornavam m
POV: YULLIMinhas mãos esfregavam-se nervosamente, um hábito impossível de conter diante do peso da situação. O baile reuniria todos que me rotularam como traidora, e a ideia de encará-los novamente fazia meu estômago revirar. O que, afinal, passava pela cabeça do Alfa do Norte ao me levar como sua acompanhante? Suas chances de conquistar apoio seriam maiores sozinho ou acompanhado de sua noiva, Ayla.Um toque gentil interrompeu meus pensamentos. Keenan segurou minhas mãos, acariciando-as com o polegar antes de levar uma delas até os lábios, onde depositou um beijo no dorso.— Suas mãos estão suadas. Não precisa ficar nervosa. — Disse ele, com a voz baixa e segura, enquanto seu olhar fixava-se no meu. Sua outra mão ergueu meu queixo delicadamente, e o sorriso que surgiu no canto de seus lábios era tão provocativo quanto tranquilizador.O carro parou, e eu me preparei para sair, mas ele me manteve no lugar com um leve gesto, inclinando-se para pegar algo aos seus pés. Uma caixa cuidados
POV: YULLI— Keenan, não estamos sozinhos neste carro! — Exclamei, ofegante, enquanto sentia o segundo dedo acompanhar o primeiro movendo em estocadas precisas, arrancando de mim uma reação involuntária. Seu polegar massageava meu ponto sensível com uma maestria que fazia meu corpo queimar. Sua outra mão em meio aos meus seios deslizava para o lado para dentro do tecido, preenchendo a palma com firmeza, apertando com um desejo que ele nem tentava esconder.— Pulguento, filha da mãe! — Soltei entre dentes, tentando recuperar o controle que ele estava arrancando de mim.— E qual o problema? Você não é minha? — Rosnou ele afiado, enquanto seus olhos brilhavam com algo que parecia mais intenso do que simples luxúria. Foi quando percebi: o Alfa não estava apenas provocando; ele estava reafirmando seu domínio antes de entrarmos no baile. — Então diga, feiticeira.— Está confiante demais... — Respondi, provocativa, passando a língua pelos lábios lentamente, sabendo exatamente o efeito que iss
POV: YULLI— Alfa Supremo. — Keenan cumprimentou, estendendo a mão com um sorriso educado, mas Aaron ignorou completamente o gesto, desviando o olhar diretamente para mim.— Magoei. — Provocou Keenan, deixando um sorriso de canto surgir em seu rosto, carregado de malícia.— Ainda consegue aguentar altas doses de tequila? — Aaron perguntou com um tom descontraído, puxando a cadeira ao meu lado e se acomodando, como se não houvesse tensão no ambiente. — Você costumava me superar fácil nas bebidas.— E isso antes mesmo de ter o metabolismo acelerado dos lupinos. — Respondi com um sorriso contido, sentindo o peso do olhar dele sobre mim. — Agora que sou uma híbrida, duvido que você consiga me acompanhar, grandão.— Provavelmente não. — Admitiu Aaron com uma gargalhada genuína, balançando a cabeça como se ainda ponderasse a ideia. A descontração, no entanto, deu lugar a um olhar afiado e sombrio enquanto ele me avaliava, cada movimento estudado com precisão. — Por que você veio?— Ela é min
POV: YULLIMinha provocação fez um rosnado grave vibrar em seu peito, e eu ri baixinho antes de me afastar, sentindo seus olhos fixos em mim, o brilho de desejo claro em seu olhar. Ele me acompanhava com a intensidade de um verdadeiro predador, algo que só aumentava minha diversão.Peguei uma taça de vinho da bandeja de um garçom que passava, caminhando com passos tranquilos até a porta que dava para um corredor amplo e imponente, levando ao jardim. A noite estava quente, o céu salpicado de estrelas, e a música suave que vinha do salão trazia uma serenidade inesperada.Caminhei lentamente até as flores, fechando os olhos enquanto absorvia os aromas ao meu redor. Foi então que senti uma presença se aproximar, trazendo consigo uma energia que era impossível de ignorar.— Sempre gostou de flores, não é, Sacerdotisa? — A voz familiar, baixa e calma, alcançou meus ouvidos como uma lembrança distante.— Aprendi a
POV: YULLI— Estou errado em querer libertar nosso clã da morte, Yulli? — Drevan questionou, sua voz fria e carregada de desprezo enquanto dava mais um passo à frente. Seus dedos agarraram meu queixo com força, obrigando-me a encará-lo. — Por que essas malditas feras têm o direito de viver por eras, massacrando o nosso povo, enquanto assistimos nossos pais, irmãos e filhos morrerem antes de completar trinta anos ou serem dilacerados por suas presas?— Essa maldição não é culpa deles! — Retruquei, minha voz tomada pela raiva enquanto sentia Fel aflorar na superfície da minha pele. — A Noite de Caça às Bruxas foi um erro, Drevan. Não precisamos repetir as atrocidades que eles cometeram!— Ah, minha doce Yulli... — Ele riu com amargura, os olhos escurecendo em pura malícia. — Foi ma
POV: YULLI— Meu irmão, Constantine, selou um pacto com o seu noivo. — A proximidade dele agora era ameaçadora, suas palavras afiadas como lâminas.— Eu sei disso. — Respondi, controlando minha postura enquanto olhares curiosos começavam a se voltar em nossa direção. — E o que exatamente espera que eu faça?— Que você o liberte, Yulli. — Meliodas rugiu com fúria reprimida. — Ele está sendo uma marionete nas mãos do Feiticeiro Supremo!Antes que pudesse responder, percebi o movimento ao redor. Os seguranças de Keenan se aproximavam rapidamente, formando um círculo protetor ao meu redor. No centro deles, Alisson, sempre calculista, assumiu a liderança com sua presença imponente.— Alfa Meliodas. — Disse Alisson com tranquilidade, o tom
POV: YULLICom dedos trêmulos, disquei seu número uma última vez. Meu corpo doía, não apenas pelos ferimentos, mas por todo peso das decisões que me trouxeram até aqui, aos portões ancestrais do clã das bruxas.— Alô? — Sua voz grave e familiar fez meu coração apertar.— Me perdoe, pulguento... — sussurrei direta, enquanto o vento gélido cortava minha pele. Uma lágrima teimosa escorria por meu rosto, mordi os lábios, tentando conter um soluço. — Não consegui ficar fora de confusão.— Yulli? Onde você está? — A preocupação em seu rosnado me fez quase desistir de tudo.— Preciso que pare de me procurar, vira-lata. — Endureci minha voz, mesmo que por dentro estivesse despedaçada. Ergui o queixo, como se ele pudesse me ver. — Siga com sua vida, encontre uma Luna e seja feliz. Não venha mais atrás de mim!Desliguei antes que sua voz pudesse me fazer mudar de ideia. O celular encontrou seu fim sob meus pés, cada pedaço quebrado simbolizando o fim desta história. Com passos pesados, entrei na
POV: YULLIDei alguns passos para o lado, meus olhos se arregalando enquanto ele se aproximava com uma confiança elegante e um ar de preguiçosa superioridade. Keenan andava como um predador que não se preocupava com a reação de suas presas, cada movimento calculado, mas desdenhoso. Atrás dele, seus lacaios seguiam em silêncio, todos vestidos com trajes formais, cada um emanando uma aura de ameaça controlada.— Fiquei chateado, encrenca. — Sua voz gotejava sarcasmo enquanto ele me olhava de cima a baixo, o olhar predatório fixo em mim. — Não recebi o convite para o seu casamento. — Seus lábios se curvaram em um sorriso insuportavelmente autoconfiante. — A propósito, você está linda.— Keenan, o que você está fazendo aqui? — perguntei, tentando manter minha voz firme, embora o nervosismo me atravessasse. Com os olhos semicerrados enquanto ameaçava me aproximar dele, mas o feiticeiro supremo se colocou entre nós, bloqueando meu caminho. — Eu disse para não vir atrás de mim!Keenan apenas