Eu não consigo parar de pensar em Richard Cada segundo que passa, a culpa me consome mais. Como pude ser tão egoísta? Deixei tudo para trás e fui viajar de lua de mel com Nicolas, enquanto Richard ficou aqui sem mim, me dói pensar que ele pode estar precisando de mim agora. Recordo que nosso último encontro foi no meu casamento com nicolas, ele estava tão feliz por seus pais estarem casando . Foi ele quem me levou até o altar e entregou ao seu pai, foi um momento lindo . A culpa é um peso que carrego no peito, uma sombra que me segue a cada passo. Tento me convencer de que fiz a escolha certa, que mereço um pouco de felicidade. Mas a verdade é que não consigo encontrar paz enquanto não souber que Richard está seguro. Eu estava sentada no sofá da sala, tentando acalmar meus pensamentos, quando Angela entrou. Ela parecia devastada, com os olhos cheios de lágrimas. — Angela, o que houve? — perguntei, sentindo um nó se formar no meu estômago. Angela respirou fundo, tentando se re
Entrei no galpão com o coração acelerado, cada passo ecoando no silêncio opressor. A visão que me aguardava era aterrorizante: seis homens sentados no chão, amarrados e machucados, gemendo de dor. Nicolas estava de pé, ao lado dos homens da Cosa Nostra, segurando um bastão de ferro com um sorriso cruel no rosto. Ele parecia um demônio, a personificação do mal.___Então, Amy, o que você está fazendo aqui?” Sua voz era fria, cortante.___ precisava ver com meus próprios olhos os sequestradores__ olhe com atenção anjo porque esta será a última vez que verá eles com vida ___ Assim espero ..Podia notar que apesar de richard já está salvo a raiva ainda queimava nos olhos, e sendo sincera queimava nos meus também. Sem hesitar, ele sacou uma arma da cintura e disparou contra os cinco homens amarrados, um a um, sem piedade, seus sangues tingindo o chão. O som dos tiros ecoou pelo galpão, misturando-se aos gritos de dor e desespero.Eu assistia a tudo, paralisada por um momento, até que o
O silêncio da manhã era pesado, quase sufocante. O aroma do café recém-feito não conseguia disfarçar o ar gélido que pairava entre mim e Richard. Ele mal me olhava, seus olhos fixos no prato de panquecas que mal tocava. Dois seguranças imponentes, quase soldados, estavam sentados à mesa, comendo com a mesma frieza que observavam cada garfo que Richard levava à boca. A proteção de Nicolas era sufocante, uma gaiola dourada que aprisionava meu filho.__"Richard, querido," comecei, minha voz suave tentando romper a barreira de gelo que ele construíra ao meu redor. "Podemos conversar?"Ele resmungou algo inaudível, os olhos fixos na manteiga derretendo em sua panqueca. Os seguranças permaneceram impassíveis, seus corpos tensos, prontos para agir a qualquer momento. A presença deles era um constante lembrete do perigo que pairava sobre nós, um perigo que eu havia atraído para nossas vidas.Respirei fundo, tentando controlar a frustração que ameaçava me consumir. Eu sabia que ele esta
A explosão de paixão havia deixado para trás um silêncio diferente, um silêncio que não era pesado, mas carregado de uma fragilidade recém-exposta. Fui eu quem o quebrou, minha voz rouca cortando o ar:__ "Eu vim para cá porque precisava fugir do clima pesado da casa. Não aguento mais o desprezo do Richard."As palavras escaparam como um soluço, revelando a vulnerabilidade que eu tanto havia tentado esconder. Nicolas me envolveu em seus braços, seu corpo um refúgio contra a tempestade que me assolava. Sua resposta, porém, não foi uma frase pronta, mas uma série de palavras cuidadosamente escolhidas, carregadas de um tom suave e reconfortante, típico dele em momentos de fragilidade. Não foi um "vai ficar tudo bem", mas um "Dê tempo ao tempo, meu amor," sussurrado próximo ao meu ouvido, sua voz tão suave quanto o bálsamo que ele representava para mim naquele momento. Era uma linguagem que transparecia compreensão, paciência, e um profundo amor que ia além das palavras, expresso em ca
Acordamos com uma surpresa. Angela estava comprometida. Dezoito anos recém-completados, e a proposta de casamento tinha surgido do nada, ou quase isso. O noivo, anos mais velho, era Nikolai Tarasov, o capo da Bravta, a máfia russa. Ele viria à noite para conhecê-la e fazer o pedido formalmente. Tudo combinado pelo próprio Aníbal, e eu me perguntei, com um aperto no peito, como ele poderia entregar a filha a um homem tão perigoso. Mas, no nosso mundo, a regra é clara: os negócios em primeiro lugar.À noite, a casa estava impecável. Chloe enchera tudo com arranjos de flores de todos os tipos, um excesso de beleza que contrastava com a frieza do que estava por vir. Subi para o quarto onde Angela estava. Ela estava radiante, num vestido rosa comprido, com um laço nas costas que acentuava sua delicadeza juvenil.__“Está linda, Angela.”___“Obrigada, Amy.”__“Você está animada para conhecer o noivo?”Ela sorriu sem jeito, alisando o vestido perfeito. _“Eu sei, Amy, que neste mundo em que
O silêncio naquela sala era mais do que a ausência de som; era uma entidade palpável, carregada de uma tensão tão espessa que quase se podia cortar com uma faca. Angela estava sentada ao lado de Nikolai, a distância entre eles gritando mais alto do que qualquer palavra. Seu vestido rosa, que antes me parecera um símbolo de inocência juvenil, agora parecia um véu frágil, quase transparente diante da brutalidade implícita na postura de Nikolai. Seus olhos, antes brilhantes, estavam opacos, obscurecidos por uma névoa de medo que me atingiu como um soco no estômago. Aquele medo não era apenas por ele; era pelo futuro que se desenhava à sua frente, um futuro que eu sentia na minha própria pele, frio e ameaçador.Nikolai, com um sorriso que não alcançava seus olhos frios e cinzentos, tentou minimizar a situação com uma frase aparentemente inofensiva: ___"Por que tanto medo, doce Angela? Eu não mordo." Mas a suavidade na sua voz era uma máscara, uma fina camada de açúcar sobre um núcleo
O silêncio após a saída de Nicolas era um ser vivo, frio e opressivo, esmagando-nos sob seu peso. Richard e eu permanecíamos sentados, imóveis, petrificados pelo horror da situação. A imagem de Angela, vulnerável e amedrontada, era um pesadelo recorrente, um espectro que dançava na penumbra da sala. Cada tique-taque do relógio antigo na parede soava como um martelo golpeando nossos corações, marcando o tempo que se esvaía, o tempo que nos restava para agir.Richard quebrou o silêncio, a voz um fio tênue, quase inaudível. ___“Mãe… o que fazemos agora?” A pergunta pairou no ar, carregada de desespero, sem eco, sem resposta. Não havia solução fácil, nenhuma saída simples para o labirinto mortal em que estávamos presos. Estávamos enredados numa teia de alianças e compromissos, numa teia de poder e influência tão intrincada que parecia impossível de desvendar. A decisão de Aníbal era um selo indelével, a entrega de sua filha a um homem que conhecíamos ser um predador, um homem cuj
Um silêncio pesado se instalou entre nós, o ar carregado de uma tensão palpável. A confissão de Richard ecoava na quietude da cozinha, a sua simplicidade contrastando com a complexidade do que ela representava. A imagem de Angela, jovem e vulnerável, surgiu na minha mente, sobreposta à expressão determinada do meu filho.__"Eu sei, Richard," murmurei finalmente, a voz rouca pela emoção contida. "Eu sei que você gosta dela. Mas... isso não muda nada. O casamento vai acontecer." A minha voz tremia levemente, a resignação pesando como um fardo insuportável.Ele assentiu, os olhos fixos nos meus, uma compreensão silenciosa passando entre nós. Não havia necessidade de palavras adicionais; a dor compartilhada era um elo invisível que nos unia naquela situação desesperadora. A iminência do casamento de Angela, o acordo com a máfia, a impotência diante da força de Aníbal e da tradição familiar – tudo isso pairava sobre nós como uma ameaça sombria e implacável.___"Eu sei, mãe," ele repe