A MULHER

Me joguei na cama recuperando o fôlego, o Lobo estava me deixando confusa, meu coração permanecia acelerado, e então me veio a lembrança do jogo de golfe, do seu corpo próximo ao meu, do seu perfume hipnotizante, eu senti um calafrio e gritei nervosa: — Não, isso não está acontecendo. — Dei tapas na minha cabeça. — Você não pode gostar dele. — Gritei com a cabeça enfiada no travesseiro.

O amor era algo momentâneo em minha vida, a liberdade era mais importante do que o apego emocional, e na minha atual situação, eu e ele juntos era algo impossível, pelo menos na minha cabeça.

Olhei pela janela, e com tristeza observei os seguranças em volta da casa, a sensação de prisão era nítida para mim, eu queria pegar a Lisa e cair na estrada, sem rumo, apenas sentindo o vento no rosto.

Respirei fundo, me arrumei e desci para o jantar, ao descer as escadas observei que havia mais um prato na mesa, mas não havia ninguém, me sentei e esperei pelo Lobo. Não demorou muito para ele chegar, e para a minha surpresa uma mulher o acompanhava, ela tinha longos cabelos negros, e um sorriso encantador, senti um certo incômodo ao vê-la, ela então sorriu para mim, e sem jeito eu sorri de volta, e o Lobo disse animado: — Quero que conheça a Giulia.

— Prazer, Maya. — Eu me levantei e apertei a sua mão suave.

— Sua prima é muito bonita. — Ela disse me olhando de cima a baixo com um lindo sorriso estampado em seu rosto.

Me sentei novamente à mesa, e toda elegante ela se sentou ao lado do Lobo. Os empregados começaram a servir o jantar, a Giulia sorriu para o Lobo, e passou na sua nuca, acariciou os seus cabelos e disse: — Precisa cortar o seu cabelo.

— Vamos jantar. — Ele mudou de assunto tirando a sua mão, e sorriu sem graça.

Novamente senti um incômodo, e tentei imaginar a cabeça dela batendo contra a mesa, um sorriso surgiu no meu rosto e então comecei a comer, devorei tudo com muito gosto, e a Giulia sorriu e disse: — A Maya sabe apreciar a comida. — Ela limpou os cantos da boca com o lenço, com muita elegância.

— Até hoje não sei onde vai parar tanta comida. — O Lobo disse irônico e eu fiz cara feia para ele.

— Não seja indelicado Nick. — A Giulia disse com tom de ironia.

— Nick? — Eu olhei confusa. — Por que chamou ele de Nick?

— Obrigou até a sua prima, a te chamar de Lobo? — Ela deu um tapinha em seu ombro e começou a rir.

Virei o copo de vinho com frieza, e o Lobo me olhou perplexo, e a Giulia disse: — É uma pena que essa regra nunca se aplicou para mim, não é mesmo Nicolai?

— O jantar estava maravilhoso, mas estou muito cansada. — Eu disse com um sorriso forçado. — Com licença. — Eu disse me levantando.

— A sobremesa é sorvete de creme. — O Lobo disse com um tom acolhedor.

— Com acompanhamentos? — Eu perguntei animada.

— Morangos, e calda de chocolate. — Ele sorriu e disse.

— Eu consigo aguentar mais um pouco. — Olhei com desprezo para a Giulia e me sentei novamente, esperando os empregados limparem a mesa para trazer a sobremesa.

Os empregados trouxeram morangos, geleias, balas e doces variados, e muita calda de chocolate. Olhei para a mesa como uma criança, e animada me servi de tudo que eu tinha direito.

A Giulia me olhava fixamente enquanto mergulhava os morangos na calda de chocolate, e gemia enquanto devorava os morangos.

— Por favor, um café. — O Lobo disse acenando para os empregados.

— Não vai querer sobremesa? — Perguntei surpresa.

— Ele odeia doces. — A Giulia disse fazendo uma cara feia para ele.

— Pessoas que não gostam de doces, são amargas. — Eu disse pegando uma colherada de sorvete, e ele me olhou com reprovação.

— Concordo com você. — A Giulia disse dando uma mordida no morango.

Terminei o sorvete, e disse: — Já deu a minha hora. — Eu me levantei e os dois se levantaram em seguida. — Foi um prazer Giulia. — Eu sorri com desprezo, e ela se aproximou e limpou o canto da minha boca com o guardanapo.

— Desculpa, estava sujo de chocolate. — Ela acariciou meu rosto. — Sua pele é ótima.

— Obrigada. — Eu me afastei sem jeito.

Eu não queria ela próxima de mim, algo nela me incomodava mesmo com toda a sua gentileza, acenei para os dois e o Lobo parecia desconfortável, subi as escadas e fui para o quarto.

Me joguei na cama, e comecei a sentir o efeito da indigestão, quando eu ficava nervosa a comida não me caia bem, mas ignorei aquilo e me preparei para dormir.

O sono havia sido turbulento, sonhei com a mulher que assombrava a casa, ela estava na banheira, havia muito sangue na sua cabeça, ela então abriu os olhos e se levantou da banheira, e com o susto eu acordei.

Ao me levantar, notei que meu corpo suava frio, me veio uma dor insuportável no estômago, me arrastei saindo do quarto e comecei a gritar por ajuda, o Lobo e a Giulia vieram correndo, a Giulia estava de camisola, e o Lobo sem camisa.

— Vocês dormiram juntos? — Eu disse confusa ao ver os dois saindo do mesmo quarto.

A dor veio logo em seguida me fazendo gritar e cair no chão, a Giulia desesperada veio em minha direção, e o Lobo me pegou no colo, a minha vista começou a embaçar, e então eu apaguei.

Quando abri os olhos eu estava no hospital, a Giulia estava com a cabeça encostada no Lobo, os dois se levantaram e vieram na minha direção, e eu disse sonolenta: — O que aconteceu?

— Você teve que operar o apêndice. — A Giulia se aproximou e segurou a minha mão, ela parecia estranhamente preocupada.

— Venha, vamos deixá-la descansar. — O Lobo disse ríspido, e a Giulia o acompanhou.

Meu estômago ficou embrulhado ao lembrar dos dois de pijama, fiquei me perguntando o que eles estariam fazendo juntos. Me sentia patética naquela cama de hospital, levantei o lençol e observei os curativos no abdômen. O médico entrou no quarto, e disse olhando para o prontuário: — Como está se sentindo?

— Com fome. — Eu disse desanimada.

— É melhor esperar algumas horas para comer algo. — O médico sorriu. — Vou pedir para a enfermeira trocar o soro. — Ele disse ajustando o soro.

— Quando terei alta? — Eu perguntei ansiosa.

— Se tudo correr bem, acredito que hoje a noite. — Ele olhou para o prontuário. — Senhorita Müller. — Ele sorriu. — Tem o mesmo sobrenome que a paciente do andar de cima, a senhora Jane Müller.

— Em que hospital estamos? — Perguntei curiosa.

— Hospital Sunrise. — O médico disse ajeitando os óculos.

— Pensei que fosse a minha mãe, mas ela está hospitalizada em Austin — Eu sorri sem jeito.

— Curioso, a paciente do andar de cima também foi transferida de Austin para cá. — Ele me deu dois tapinhas no ombro. — Talvez seja a sua mãe.

— Talvez. — Eu disse desanimada.

— Agora descanse. — O médico sorriu saindo do quarto.

Por ironia do destino, novamente eu estava perto da minha mãe, mas não tinha coragem de visitá-la, eu me sentia mal por abandonar ela em um hospital. Meu coração sentiu um aperto naquele momento, e então comecei a chorar, chorei até soluçar, eu precisava eliminar aquela dor, chorei até cair no sono.

Foi uma madrugada difícil, com os enfermeiros trocando o soro durante a noite, na manhã seguinte a enfermeira chegou com o café da manhã e animada eu disse: — Estou morrendo de fome.

— Bom apetite. — Ela sorriu me entregando uma sopa com aparência duvidosa.

— Chamam isso de café da manhã? — Eu dei uma colherada na sopa rala, e fiz uma careta.

— É ruim, mas vai te fazer bem. — A enfermeira disse ajeitando os travesseiros nas minhas costas.

A enfermeira saiu do quarto, e eu fui tomando a sopa até que o Lobo entrou no quarto, eu o ignorei e ele disse: — Você me deu um susto. — Ele se aproximou, e eu continuei tomando a sopa. — Os médicos arrancaram a sua língua? — Ele disse sério cutucando a minha bochecha.

— Porque a minha mãe foi transferida para cá? — Eu olhei com raiva.

— A sua mãe é a garantia de que você vai me pagar a dívida. — Ele disse sério.

— Eu não tenho para onde fugir, mesmo se quisesse. — Eu disse com desprezo.

— Os médicos daqui são melhores. — Ele disse passeando pelo quarto. — Me preocupo com o bem-estar dela, nem tudo é sobre você. — Ele se aproximou e me deu um cutucão na testa.

— Estúpido! — Gritei esfregando a mão onde ele havia me dado o cutucão. — E a Giulia foi embora? — Perguntei com desprezo.

— Por que quer saber? — Ele me olhou fixamente e se aproximou. — Está com ciúmes?

— Não seja ridículo. — Eu o empurrei. — Eu não gosto de você. — Fiz uma careta.

— A Giulia voltou para a Itália. — Ele disse se sentando na poltrona de visitas.

— Deve ser difícil para vocês namorarem a distância. — Eu disse limpando a boca com o guardanapo de papel.

— Não somos namorados. — Ele começou a rir.

— Qual é a graça? — Eu olhei confusa.

— A Giulia é lésbica. — Ele tampou a sua boca para esconder o riso. — Ela até estava interessada em você.

— Por isso ela agiu estranho comigo. — Eu fiquei parada em choque.

— Você é patética mesmo. — O Lobo sorriu, me deu dois tapinhas nas costas, e saiu do quarto.

Eu fiquei em choque por alguns segundos, eu precisava reproduzir o que havia acontecido, comecei a lembrar das atitudes dela no jantar, e percebi que o Lobo tinha razão. A enfermeira voltou para o quarto, pegou a bandeja com o café da manhã, e disse: — Precisa de ajuda para ir ao banheiro?

— Sim. — Eu me levantei com dificuldade.

Ela me ajudou a ir ao banheiro, e quando saímos do quarto eu disse: — Estou entediada, posso dar uma volta pelo hospital?

— Eu vou pegar a cadeira de rodas. — Ela sorriu e saiu do quarto.

Passou alguns minutos, e a enfermeira trouxe a cadeira de rodas, me sentei com cuidado, ela apoiou o soro do meu braço, e o Lobo disse: — Eu levo ela.

— Claro. — A enfermeira sorriu se afastando da cadeira.

Ele começou a me empurrar para fora do quarto e eu disse com ironia: — Cuidado para não atropelar ninguém.

— Sou um ótimo motorista, comparado a você. — Ele disse andando pelos corredores.

Andamos pelos corredores do hospital, até que me deparei com a minha irmã Beth, meu coração acelerou, e então ela se aproximou e eu disse: — Irmã, eu... — Fui interrompida pelo (tapa) que a Beth deu em meu rosto.

Fiquei sem reação, senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto, e a Beth disse: — Decidiu aparecer? — Ela ia me bater novamente, e o Lobo segurou a sua mão.

— Por favor, estamos em um hospital. — O Lobo disse friamente soltando a mão da Beth.

— Eu sinto muito. — Comecei a chorar. — Eu tentei ajudar a mamãe.

— Você desapareceu. — Ela se apoiou na cadeira de rodas e se aproximou me olhando nós olhos. — Pensa que dinheiro resolve tudo? — Ela gritou.

— Se o dinheiro não resolveu, então devolva. — O Lobo disse para a minha irmã com frieza.

— Quem você pensa que é? — Ela se virou para ele e olhou com raiva.

— Nicolai, muito prazer. — Ele estendeu a mão para a minha irmã, e ela o ignorou.

— Nunca mais incomode a mamãe. — A Beth apontou para mim que fiquei acoada.

— Ela vai visitar a mãe dela, quando ela quiser. — O Lobo disse sério. — E sabe porquê querida? — Ele soltou sorriu com frieza se aproximando da Beth. — Ela está pagando esse hospital, pagou as suas dívidas, e as do seu pai.

— Era o dever dela como filha. — A Beth disse nervosa.

— Era o dever dela como filha comprar um carro zero para você? — Ele sorriu. — Ou uma casa de praia para você? — Ele ergueu as sobrancelhas e sussurrou. — Eu suponho que não.

— Você não tem como provar isso. — A Beth apontou o dedo para ele, e os seguranças do Lobo se aproximaram.

— Eu tenho. — Ele fez um sinal para os seguranças se afastarem. — E você, tem como provar que ganhou o dinheiro honestamente? — Ele deu um sorriso torto. — Seja boazinha com a sua irmã. — A Beth engoliu seco, e com um olhar frio ele me empurrou com a cadeira de rodas me afastando da Beth.

Ele me levou até o elevador, e eu perguntei: — Onde está me levando?

— Vamos ver a sua mãe. — Ele disse sério.

— Obrigada por me defender, mas não quero que arrume problemas por minha causa. — Eu disse cabisbaixa.

— Seu sobrenome deveria ser problema. — Ele disse bagunçando meu cabelo, me deixando sem graça.

Senti um certo desconforto no elevador, eu estava tomada pela ansiedade, o Lobo diferente de mim, conseguia controlar as emoções, era difícil saber o que ele realmente estava sentindo, a não ser a raiva. Chegamos até a porta do quarto em que minha mãe se encontrava, e respirei aliviada ao ver que o número do quarto era 502, eu não tinha fixação por numerologia, mas naquele momento ver aqueles números e sabendo a positividade deles, me senti em paz.

O Lobo abriu a porta do quarto, e avistei a mamãe deitada, eles haviam tirado o oxigênio dela, ela parecia melhor do que a última vez em que a vi em Austin.

O Lobo me colocou ao lado dela, e eu segurei a sua mão gelada, ela abriu os olhos e os batimentos cardíacos dela começaram a subir e eu disse com tristeza: — Desculpe não ter vindo antes.

— Fi... filha. — Ela disse com a voz rouca, e começou a tossir. — Se ma… chu. — Ela disse baixinho.

— Por favor, não se esforce. — Eu a interrompi com os olhos cheios de lágrimas. — Só fiz uma cirurgia de apêndice, estou melhor. — Eu funguei.

A mamãe tocou em meu rosto, eu fechei os olhos e sorri, o Lobo ficou distante me observando, ficamos ali por um tempo sem dizer nada, fiquei apenas abraçando ela e escutando a sua respiração enfraquecida, a enfermeira entrou no quarto e disse: — Com licença, precisamos medicá-la, e ela precisa descansar.

— Mamãe, depois que eu me recuperar, eu volto para visitá-la. — Eu disse fazendo carinho em seu rosto, e ela deu um sorriso. — Por favor, se cuide. — Eu sorri e uma lágrima quente desceu pelo meu rosto.

A despedida foi dolorosa, e ao sair do quarto me deparei novamente com a Beth no corredor novamente, ela respirou fundo se aproximou e disse: — Podemos conversar?

Eu concordei com a cabeça, o Lobo se afastou e ficou nos observando de longe, ela me empurrou até a área de fumantes, e se sentou no banco me colocando ao seu lado e eu disse: — Beth, eu sinto muito. — Engoli seco.

— É eu sei. — Ela respirou fundo e acendeu um cigarro. — Eu exagerei com você, o garotão ali estava com razão. — Ela sorriu olhando para o Lobo que estava mexendo no celular.

— Eu fui covarde, e fiquei com medo. — Meus olhos começaram a lacrimejar. — Mas prometo, que não vou me afastar.

— Eu te assustei muito? — Ela soltou um riso.

— Sim. — Eu comecei a rir com os olhos em lágrimas.

— Que bom! Por que se sumir de novo eu te mato. — Ela veio e me abraçou. — Eu senti a sua falta, sua desnaturada. — Ela disse bagunçando meu cabelo.

Minha irmã sempre cuidou da nossa família, até mesmo depois que meu pai faleceu, então para mim, foi assustador quando ela me bateu, eu não esperava aquela reação, mas aquele abraço me veio como um conforto, até que o Lobo nos interrompeu e disse sério: — É ótimo ver a família reunida, mas você precisa voltar para o quarto.

— Está rolando algo entre vocês? — A Beth deu uma tragada em seu cigarro, e sorriu.

— Não. — Eu e o Lobo dissemos juntos.

— Trabalhamos juntos. — Eu disse sem graça. — Em um escritório. — Eu menti descaradamente.

— Sei. — Ela disse erguendo as sobrancelhas. — E o que você faz? — Ela perguntou desconfiada.

— Eu sou a secretária dele. — Eu menti novamente olhando para o Lobo que me olhou confuso.

— Ainda mora no ‘trailer’? — Ela sorriu e perguntou curiosa.

— Sim. — Eu sorri e olhei para o Lobo. — Vamos descer, Lobo?

— Lobo? — A minha irmã perguntou dando um sorriso de canto.

— É o apelido dele. — Eu sorri sem graça, e o Lobo permaneceu sério.

— Você é uma péssima mentirosa, até chamou ele com um apelido fofo. — Ela começou a rir.

— Somos somente amigos. — Eu disse corada.

— Claro que são. — A beth disse com ironia olhando para o seu relógio de pulso. — Preciso ir visitar a mamãe, vê se não some. — Ela me deu um abraço rápido.

— Não vou sumir, eu prometo. — Eu disse acenando para ela.

— Tchauzinho garotão. — A minha irmã sorriu para o Lobo e foi embora.

O Lobo respirou fundo, e eu notei ele forçar a mandíbula e então eu disse quebrando o gelo:

— Podemos voltar para o quarto garotão? — Eu o provoquei.

— Não passe dos limites comigo. — Ele disse sério.

— Você não me assusta Lobo mau. — Eu disse irônica.

Ele me virou de frente, se aproximou e segurou no meu rosto e disse sério: — Se passar dos limites novamente, eu vou cortar a sua língua.

Engoli seco, e ele me virou novamente e começou a me empurrar de volta para o quarto, ele se manteve em silêncio no elevador, mas eu podia notar a sua respiração irregular. Eu não conseguia compreendê-lo, ele ia do doce para o amargo tão rapidamente, que me deixava totalmente confusa. Ao chegarmos no quarto, ele disse sério: — A noite o Mike virá buscá-la.

Eu concordei com a cabeça, ele ia saindo do quarto, e eu disse: — Por favor, pode me colocar na cama?

Ele me olhou com desprezo, se aproximou, e me segurou como uma boneca desajeitada, me colocou na cama, ajeitou as minhas pernas com delicadeza, ele me cobriu e eu disse: — Obrigada.

— Na próxima vez, chame uma enfermeira. — Ele pressionou a mandíbula. — Eu não sou seu empregado. — Ele me olhou com desprezo.

— Você é inacreditável. — Eu disse nervosa. — O que eu fiz dessa vez? — Olhei com a cara feia.

Ele se aproximou de mim, segurou o meu rosto me analisando, e eu fiquei paralisada olhando os seus lábios, e ele disse nervoso: — Nunca mais diga a ninguém que somos amigos. — E então ele me soltou, e saiu nervoso do quarto.

— O que foi isso? — Eu disse confusa.

Eu precisava manter distância do Lobo, eu quase o beijei, se ele não queria ser meu o amigo, ele nunca seria o meu namorado ou algo, além disso. Toquei em meu rosto que queimava de vergonha, eu fechei os olhos e a lembrança do seu corpo e a sua tatuagem me veio a mente, eu abri os olhos, assustada e me dei um tapa no rosto e disse: — Não seja fraca, ele é um idiota.

Respirei fundo, e limpei a minha mente suja focando só no que ele era ruim, e então liguei a tv para me distrair. Estava passando uma reportagem de uma moça desaparecida, ela havia desaparecido a algumas semanas em Henderson, senti um arrepio em meu corpo, e então alguém entrou no quarto e disse: — Olá Maya. — O Bruce disse preocupado.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo