Mãos Limpas

Acordei sentindo a dor lancinante em meu ombro, os raios de sol já iluminavam o quarto mesmo através das cortinas grossas, tentei me levantar, mas a dor aumentou consideravelmente, voltei a mesma posição tomando meu próprio tempo até me estabelecer novamente e conseguir levantar, a porta foi aberta e Mateo entrou silenciosamente distraído com papéis entre suas mãos. Ele estava tão bonito quanto qualquer outro dia, a aliança dourada se destacava entre os dedos.

- Bom dia Martina, como está se sentindo?

- Viva, com um pouco de dor, mas não é nada demais.

- Fico feliz em ouvir isso.

- Pode me ajudar a me sentar por favor?

- É claro.

Mateo me apoiou como sempre fez, tentei conter o gemido causado pela dor, e tudo que saiu foi um ruído esganiçado.

- Você está com mais dor do quer demonstrar Martina.

- Não seja superprotetor, já estou crescida para ser mimada assim.

- Estou apenas garantindo que esteja bem.

-

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