RUEL Assim que desliguei a câmera do escritório do Benjamin e do corredor que levava até ele, eu caminhei. Lore fez um ótimo trabalho em tirar os seguranças da sala, mas tô curioso em saber como ela fez isso. A garota disse que ela faria do jeito dela, e admito que isso me deixou excitado. A sua certeza e postura forte. Orlando era cheia de surpresas. Com a chave que a garota me deu, coloquei na fechadura, girei o objeto, abrindo a porta e passando pela por ela. Corri os olhos pelo local enorme, indo em direção para sua mesa. Abri as gavetas, tirando os papéis de lá e jogando no mesmo lugar quando vi serem prestações de contas e outras coisas que pertencia a sua empresa. Andei até sua estante, pegando alguns livros e abrindo-os, na esperança de achar algo no meio deles, ou até presos nas folhas, mas logo repreendi e rolei os olhos. O Benjamin não seria burro o suficiente para deixar qualquer coisa aqui. Abri mais uma gaveta assim que voltei para a sua mesa, tirando um envelope pret
RUEL A garota aproximou seus dedos da minha boca, e puxei a fumaça também. Continuei dirigindo para onde eu pretendia ir. Lore continuou fumando seu cigarro enquanto encarava a rua passando lá fora. Estava com a cabeça escorada no vidro fechado da janela. — Aumente a velocidade. — pediu e olhei para ela. — Tem certeza? Ela assentiu e colocou o cinto. Passei a marcha e aumentei a velocidade, fazendo Orlando se inclinar para frente, sorte que a fita em sua cintura a protegia do impacto. A garota sorriu, colocou as mãos no painel e me olhou. Seu rosto relaxado e gostando da sensação que sentia. A adrenalina estava visível em seus olhos. Ela estava linda. As ruas e as luzes dos postes passavam como um borrão. Não conseguíamos ver as expressões nos rostos das pessoas que passavam, mas com certeza elas estavam assustadas e repreendendo minha ação. Eu estava pouco me fodendo. Quando chegamos, parei o carro e descemos. Lore me olhou confusa e curiosa. Encarava o local em nossa frente e p
Contém Gatilho. LORE Mexi lentamente meu braço dolorido enquanto tentava tirá-lo debaixo do corpo do Ruel. Ele estava virado de costas, era como se ele fosse a conchinha menor. Isso era irritante. Gosto de dormir livre e me sentir livre na cama. O loiro estava dormindo tranquilamente, parecia suave e leve. Olhei para ele mais uma vez antes de finalmente levantar. Suspirei e fui até o banheiro, lavando o rosto em seguida e prendendo o cabelo que estava bagunçado. Os fios escuros estavam emaranhados e desorganizados. A camisa que eu usava do Vincent me cobria inteira. Era toda branca e tinha alguns detalhes negros na frente. Voltei para o quarto e saí logo em seguida. Andei pelo corredor, percebendo uma porta fechada ali. Talvez fosse outro quarto, mas ainda assim, a curiosidade plantou em mim. Molhei os lábios e girei a maçaneta sem demora. Franzi a testa surpresa e confusa com o que eu havia acabado de ver. De fato, era um quarto, mas de música. Na parede tinham duas guitarras e u
Contém Gatilho. LORE Sua mão esquerda guiava o volante enquanto a outra distribuía carinhos em minha coxa. Decidi responder às meninas. Elas marcaram de sair no próximo final de semana, mas meu aniversário já estava próximo. Com certeza, as garotas realizarão algo para mim. Sempre fazem alguns dias antes, já que meus pais preferem que eu passe com eles. Encarei o enorme portão se aproximando. Já tínhamos entrado na propriedade da minha família e eu nem percebi. Dessa vez havia sido rápido. De longe vi Amélia e minha mãe ao lado de um homem alto. Eu não o conhecia. Vinnie se aproximou bem-vestido e se juntou a eles. Seus olhares pararam em nós quando o Ruel parou o carro e eu desci do seu veículo. O loiro desceu em seguida. Carla se aproximava ao lado da sua irmã. Elas se pareciam, ambas com cabelos negros e corpos parecidos. — Lá vem... — falei baixo, indo de encontro. — Querida! — minha tia disse. — Como você está crescida e tão linda... — sorriu. — Obrigada! — falei. Ela abriu
RUEL Nós dois estávamos destinados a sermos de uma família de merda. Com os pais que fazem coisas horríveis conosco. Nos agridem, escondem coisas e nos maltratam. Eu não entendia o porquê do meu pai me agredir sempre que estava irritado ou de mau-humor. Na verdade, ainda não entendo, mas sei que por mais que ele tente se redimir ou mudar, eu não o perdoaria. Nunca o perdoarei. Eu o odeio e sempre odiarei por ter me destruído e destruído minha infância e juventude. Lore não sabia que a sua vida era uma mentira. Não sabia que o seu pai não era o seu verdadeiro pai. E não consigo imaginar o que ela sentirá quando finalmente descobrir. Sua vida já está uma bagunça. Eu: Como você está? Orlando: Eu só preciso de você. Por quê? Algo mais havia acontecido? Será que o Benjamin fez mais alguma coisa? Eu: Aconteceu mais alguma coisa? Orlando: Não. É só que eu... Segurei o telefone e encarei a tela esperando o que ela estava escrevendo. Eu estava nervoso e ansioso. Orlando: Eu só quero f
LOREHaviam se passado três dias depois do que aconteceu no meu quarto. Eu e o Ruel não tocamos mais no assunto, achamos melhor assim. Estávamos bem até então. Hora e outra íamos para a sua casa ou para qualquer lugar que não seja a minha. Ele fazia de tudo para que eu não ficasse no mesmo lugar que o meu pai, e como o velho não parava em casa, tudo ficava mais fácil.Eu estava afastava de todos. Preferi assim, pois eu precisava de um tempo deles. Queria espaço. Ainda estava magoada com as palavras que o Benjamin usou comigo e chateada com Carla por deixar ele dizer tudo aquilo na frente dos meus tios e dos convidados. Vinnie tentava puxar assunto comigo algumas vezes, mas eu sempre respondia o loiro de forma seca ou direta. Estava envergonhada por ele te presenciado tal humilhação.Meu aniversário é depois de amanhã e as meninas estão resolvendo o que faremos hoje a noite. Discutiam sobre fazermos uma festa, mas logo desistiram, pois elas sabiam que eu não gostava de coisa exagerada,
LOREO restante da tarde se resumiu em piscina, baseado e bebidas. Seguindo exatamente essa sequência. Minhas amigas e os amigos do Ruel eram como um só. Todos gostavam das mesmas coisas e mesmas músicas. Exceto a Ariel. Essa não gostava de fumar e nem de exagerar no álcool. Ela também era chata para algumas músicas, mas eu a amava. Amo todas elas.Nenhum de nós trocamos de roupa. Não estávamos nos importando para isso. Apenas ligamos para alguns amigos do colégio, os quais eu tinha aproximação, e para Julie. Eu gostava dela. Era amiga do Ruel, e parece que o loiro a considerava muito.Agora sentados em uma roda grande, todos encaravam o céu estrelado. Uma nuvem tapava uma boa parte da lua.Será que ia chover?Eu estava escorada no meio das pernas do Ruel. Ele estava com um cigarro nos lábios e uma garrafa de cerveja ao lado do seu corpo, a qual eu pegava hora e outra para beber.Ariel estava sentada ao lado do Cameron. Usava um moletom por cima do biquíni. Seu namorado estava levando
RUELCruzei os braços enquanto esperava Kate terminar de correr o seu lápis preto na folha em suas mãos. Ela desenhava algum modelo de vestido para sua nova coleção. Minha mãe me chamou para a sua sala assim que cheguei em casa. Aqui cheirava a seu perfume doce, vinho e folhas novas. Um manequim ficava no canto, o qual estava sendo coberto com uma tela preta.Kate me olhou após colocar o papel em cima da sua mesa e sorriu. Um sorriso largo que me fazia desconfiar.Por que ela estava tão feliz? Isso é duvidoso.— Venha aqui. — falou, pegando sua taça de sempre. — Veja se ficou bom.Estreitei os olhos e me aproximei. Isso era uma novidade. A senhora Orlando não me mostrava seus modelos novos. Eu e o Ralph ficávamos sabendo só depois dos lançamentos.O vestido era da cor preta. Longo. Um corpete de tule na parte de cima, com um decote simples e um bojo, ambos com alguns detalhes pretos. Nos braços uma tela longa com alguns desenhos, pareciam flores, da mesma cor. Outro tule em cima do te