LOREO restante da tarde se resumiu em piscina, baseado e bebidas. Seguindo exatamente essa sequência. Minhas amigas e os amigos do Ruel eram como um só. Todos gostavam das mesmas coisas e mesmas músicas. Exceto a Ariel. Essa não gostava de fumar e nem de exagerar no álcool. Ela também era chata para algumas músicas, mas eu a amava. Amo todas elas.Nenhum de nós trocamos de roupa. Não estávamos nos importando para isso. Apenas ligamos para alguns amigos do colégio, os quais eu tinha aproximação, e para Julie. Eu gostava dela. Era amiga do Ruel, e parece que o loiro a considerava muito.Agora sentados em uma roda grande, todos encaravam o céu estrelado. Uma nuvem tapava uma boa parte da lua.Será que ia chover?Eu estava escorada no meio das pernas do Ruel. Ele estava com um cigarro nos lábios e uma garrafa de cerveja ao lado do seu corpo, a qual eu pegava hora e outra para beber.Ariel estava sentada ao lado do Cameron. Usava um moletom por cima do biquíni. Seu namorado estava levando
RUELCruzei os braços enquanto esperava Kate terminar de correr o seu lápis preto na folha em suas mãos. Ela desenhava algum modelo de vestido para sua nova coleção. Minha mãe me chamou para a sua sala assim que cheguei em casa. Aqui cheirava a seu perfume doce, vinho e folhas novas. Um manequim ficava no canto, o qual estava sendo coberto com uma tela preta.Kate me olhou após colocar o papel em cima da sua mesa e sorriu. Um sorriso largo que me fazia desconfiar.Por que ela estava tão feliz? Isso é duvidoso.— Venha aqui. — falou, pegando sua taça de sempre. — Veja se ficou bom.Estreitei os olhos e me aproximei. Isso era uma novidade. A senhora Orlando não me mostrava seus modelos novos. Eu e o Ralph ficávamos sabendo só depois dos lançamentos.O vestido era da cor preta. Longo. Um corpete de tule na parte de cima, com um decote simples e um bojo, ambos com alguns detalhes pretos. Nos braços uma tela longa com alguns desenhos, pareciam flores, da mesma cor. Outro tule em cima do te
RUEL— Não estou brincando, linda. — ri. — Marquei uma luta sua com a Julie hoje. Começa em alguns minutos, então eu aconselho que você se troque logo.— Ruel, mas que... — reclamou. — Você poderia ter me avisado...— Aí não seria uma surpresa.— Mas eu nem sei lutar, porra! — ela disse irritada, mas seus olhos estavam excitantes.— E nem precisa... — comecei. — No momento. — completei. — Só faça o que fizemos naquele dia. Julie também não costuma lutar, Lore. Você vai se sair bem.Vimos Abraham subir no ringue e pegar o microfone.— A próxima luta será de duas garotas... — ele disse, com a voz firme. — Lore e Julie. A garota do Evans e a irmã do Jacob. — explicou. — Começará em breve. Façam suas apostas!— Eu disse! — olhei para a garota.Lore abriu a boca e pressionou os lábios em seguida, mas um sorriso foi dado por ela.— Por isso a roupa fácil de tirar? — perguntou rindo e assenti. — Você é um cretino, Ruel.— Eu sei! — sorri. — Tem roupas para você no vestiário. Vista-se.Lore a
LOREEstiquei meus pés pelo lençol da cama, deslizando e procurando as pernas do loiro, mas não estavam ali. Abri os olhos, correndo os mesmos pelo quarto e nada. Talvez ele estivesse lá em baixo. Bocejei ainda sonolenta e sentei na cama. Frestas do sol entravam pela janela que iluminavam boa parte do cômodo.Meu rosto doía, consequência da luta de ontem, mas tenho certeza que Julie sentia o mesmo. Ruel me deixou surpresa. Ele mesmo recusou quando eu disse que queria lutar, mas logo marcou uma para mim. Aquele garoto era cheio de surpresas.Peguei meu telefone, já vendo inúmeras mensagens das meninas e de outras pessoas. Todas elas me parabenizando, e agradeci, logo deixando o aparelho na cama.Molhei os lábios enquanto andava até o banheiro, onde lavei o rosto, prendi o cabelo e escovei os dentes. Ruel tinha colocado uma escova para mim. Voltei para o quarto vestindo uma das suas camisas largas e olhei para a porta quando um barulho ecoou lá fora. Era de guitarra. Não me diga que ele
LOREAmélia sorriu e eu subi para o meu quarto, vendo um envelope com a carteira de motorista dentro em cima da minha cama. Coloquei a mochila no canto, e entrei no banheiro, começando a tomar um banho demorado e relaxante. Ao sair, vesti uma calça moletom e uma blusa qualquer.Minha mãe descia as escadas. Usava um vestido longo e solto no corpo. Ele amarrava em seu pescoço e era de seda. Seu salto curto fazia barulho toda vez que se chocava com o piso liso. A senhora Orlando olhou para trás, notando minha presença e esperou que eu me aproximasse.Ela estava com uma expressão calma e relaxada. Estendeu sua mão e levei a minha ao seu encontro, juntando as duas.— Feliz aniversário, boneca! — beijou minha cabeça. — O que pretende fazer hoje?— Ai, meu Deus! — comecei. — Todos resolveram perguntar isso hoje?— Por quê? É ruim?— Não. Só é cansativo. — molhei os lábios. — Não sei o que responder. Não tenho nada em mente ainda.— Os Evans nos convidaram para um jantar em sua casa hoje a no
LORE— O quê? Eu não entendi. — engoli seco. Encarei os outros na mesa, e então um envelope branco foi colocado no meu prato. — O que é isso?Ralph coçou a garganta.— É para você! — ele disse. — Abra.Peguei o papel e comecei a abri-lo, tirando as fotos que estavam dentro. Olhei para o Evans em minha frente, então ele fez um gesto para que eu virasse as fotos e as vissem. Em movimentos lentos e hesitantes, comecei a ver as fotografias, arregalando os olhos em seguida. Era o Benjamin com uma arma na cabeça de outro cara, qual estava ajoelhado e todo machucado. Olhei a outra. Essa tinha homem no chão. Seu corpo estava em cima de uma poça de sangue, e no rosto do meu pai havia pingos de vermelho.— Lore, o que foi? — Ruel perguntou.— O quê...? — olhei para o Benjamin.Ele estava preocupado, mas ainda assim, mantinha sua expressão de sempre.Olhei outra foto. Ruel estava ao seu lado. Ele e o meu pai seguravam armas enormes. E, ao lado deles, tinha corpos estirados no chão.Minhas mãos s
Gatilho.RUELNão. Não. Não.Eu sabia que tinha algo estranho. Sabia que ele estava tramando alguma coisa desde que apareceu em minha casa. Ralph não era de ir na minha casa assim do nada.Não era para ser assim. Eu ia contar tudo para ela do meu jeito. Como tudo aconteceu. Desde quando eu tinha dezesseis anos. Ia contar como o meu pai me mostrou a sua segunda vida horrível e como ele me obrigou a fazer parte daquilo, e particularmente como ele me fodeu por causa disso, durante anos.Ele armou esse jantar ridículo na intenção de desmascarar o Benjamin na frente da Lore, mas como ele teve coragem de dizer que o que eu tinha com ela era mentira? Ele não sabia de porra nenhuma.Mas por que logo hoje? No seu aniversário?Estou ciente dos meus erros. De como eu ter me aproximado dela só para investigar o seu pai, mas isso tudo era culpa dele. Culpa do Ralph.Orlando me olhou triste e decepcionada. Eu sabia que ela iria me odiar se soubesse o que eu fazia. Eu sabia.Meu peito apertou ao vê-
Gatilho.LOREMeus pés gelados encostaram nas pernas da Anne, fazendo a morena se assustar e se afastar. Minha amiga tinha os braços enrolados em minha cabeça, abraçando a mesma e deixando-a encostada em seu peito. Ela não sabia o motivo por eu estar tão deprimida, mas ainda assim, tentava me ajudar. A garota é incrível.Meus pais respeitaram o meu espaço. Eles não se aproximaram desde o que aconteceu na semana passada, e isso era... bom. Não queria que eles tentassem se desculpar ou inventassem outra mentira. Os dois mataram pessoas, assassinaram famílias e outras coisas horríveis. Isso tudo martelava a minha mente todos os dias. Toda madrugada. Pesadelos assustadores sobre eles me matando ou Ruel cravando uma faca no meu peito me assombravam todas as noites.Eu não queria vê-lo. Faltei um semana para não trombar com ele. Meu coração ainda apertava e doía. Saber que fui usada e manipulada só deixa tudo pior. Eu estava com raiva dele. Muita raiva, mas quando ouvi o Shawn gritar e cham