LOREEstiquei meus pés pelo lençol da cama, deslizando e procurando as pernas do loiro, mas não estavam ali. Abri os olhos, correndo os mesmos pelo quarto e nada. Talvez ele estivesse lá em baixo. Bocejei ainda sonolenta e sentei na cama. Frestas do sol entravam pela janela que iluminavam boa parte do cômodo.Meu rosto doía, consequência da luta de ontem, mas tenho certeza que Julie sentia o mesmo. Ruel me deixou surpresa. Ele mesmo recusou quando eu disse que queria lutar, mas logo marcou uma para mim. Aquele garoto era cheio de surpresas.Peguei meu telefone, já vendo inúmeras mensagens das meninas e de outras pessoas. Todas elas me parabenizando, e agradeci, logo deixando o aparelho na cama.Molhei os lábios enquanto andava até o banheiro, onde lavei o rosto, prendi o cabelo e escovei os dentes. Ruel tinha colocado uma escova para mim. Voltei para o quarto vestindo uma das suas camisas largas e olhei para a porta quando um barulho ecoou lá fora. Era de guitarra. Não me diga que ele
LOREAmélia sorriu e eu subi para o meu quarto, vendo um envelope com a carteira de motorista dentro em cima da minha cama. Coloquei a mochila no canto, e entrei no banheiro, começando a tomar um banho demorado e relaxante. Ao sair, vesti uma calça moletom e uma blusa qualquer.Minha mãe descia as escadas. Usava um vestido longo e solto no corpo. Ele amarrava em seu pescoço e era de seda. Seu salto curto fazia barulho toda vez que se chocava com o piso liso. A senhora Orlando olhou para trás, notando minha presença e esperou que eu me aproximasse.Ela estava com uma expressão calma e relaxada. Estendeu sua mão e levei a minha ao seu encontro, juntando as duas.— Feliz aniversário, boneca! — beijou minha cabeça. — O que pretende fazer hoje?— Ai, meu Deus! — comecei. — Todos resolveram perguntar isso hoje?— Por quê? É ruim?— Não. Só é cansativo. — molhei os lábios. — Não sei o que responder. Não tenho nada em mente ainda.— Os Evans nos convidaram para um jantar em sua casa hoje a no
LORE— O quê? Eu não entendi. — engoli seco. Encarei os outros na mesa, e então um envelope branco foi colocado no meu prato. — O que é isso?Ralph coçou a garganta.— É para você! — ele disse. — Abra.Peguei o papel e comecei a abri-lo, tirando as fotos que estavam dentro. Olhei para o Evans em minha frente, então ele fez um gesto para que eu virasse as fotos e as vissem. Em movimentos lentos e hesitantes, comecei a ver as fotografias, arregalando os olhos em seguida. Era o Benjamin com uma arma na cabeça de outro cara, qual estava ajoelhado e todo machucado. Olhei a outra. Essa tinha homem no chão. Seu corpo estava em cima de uma poça de sangue, e no rosto do meu pai havia pingos de vermelho.— Lore, o que foi? — Ruel perguntou.— O quê...? — olhei para o Benjamin.Ele estava preocupado, mas ainda assim, mantinha sua expressão de sempre.Olhei outra foto. Ruel estava ao seu lado. Ele e o meu pai seguravam armas enormes. E, ao lado deles, tinha corpos estirados no chão.Minhas mãos s
Gatilho.RUELNão. Não. Não.Eu sabia que tinha algo estranho. Sabia que ele estava tramando alguma coisa desde que apareceu em minha casa. Ralph não era de ir na minha casa assim do nada.Não era para ser assim. Eu ia contar tudo para ela do meu jeito. Como tudo aconteceu. Desde quando eu tinha dezesseis anos. Ia contar como o meu pai me mostrou a sua segunda vida horrível e como ele me obrigou a fazer parte daquilo, e particularmente como ele me fodeu por causa disso, durante anos.Ele armou esse jantar ridículo na intenção de desmascarar o Benjamin na frente da Lore, mas como ele teve coragem de dizer que o que eu tinha com ela era mentira? Ele não sabia de porra nenhuma.Mas por que logo hoje? No seu aniversário?Estou ciente dos meus erros. De como eu ter me aproximado dela só para investigar o seu pai, mas isso tudo era culpa dele. Culpa do Ralph.Orlando me olhou triste e decepcionada. Eu sabia que ela iria me odiar se soubesse o que eu fazia. Eu sabia.Meu peito apertou ao vê-
Gatilho.LOREMeus pés gelados encostaram nas pernas da Anne, fazendo a morena se assustar e se afastar. Minha amiga tinha os braços enrolados em minha cabeça, abraçando a mesma e deixando-a encostada em seu peito. Ela não sabia o motivo por eu estar tão deprimida, mas ainda assim, tentava me ajudar. A garota é incrível.Meus pais respeitaram o meu espaço. Eles não se aproximaram desde o que aconteceu na semana passada, e isso era... bom. Não queria que eles tentassem se desculpar ou inventassem outra mentira. Os dois mataram pessoas, assassinaram famílias e outras coisas horríveis. Isso tudo martelava a minha mente todos os dias. Toda madrugada. Pesadelos assustadores sobre eles me matando ou Ruel cravando uma faca no meu peito me assombravam todas as noites.Eu não queria vê-lo. Faltei um semana para não trombar com ele. Meu coração ainda apertava e doía. Saber que fui usada e manipulada só deixa tudo pior. Eu estava com raiva dele. Muita raiva, mas quando ouvi o Shawn gritar e cham
Gatilho.RUELKate passou pelo portão assim que o mesmo foi aberto. A senhora Evans estava bem vestida, como de costume. Usava um vestido luxuoso de uma das suas coleções e seu salto fino. Seu cabelo longo caía em seu ombro. Tirou seus óculos escuros enquanto caminhava e se aproximava. Me notou sentado na espreguiçadeira da área externa e engoliu seco, criando coragem para falar.Fazia duas semanas que eu não voltava para a casa dos Evans. Não queria e nem quero vê-los ainda.Minha mãe me surpreendeu aparecendo aqui do nada. Eu não esperava que ela viesse aqui, já que a mesma não costuma vir.Ela molhou os lábios nervosa.Seus olhos tristes e expressão cansada de sempre. Forçou um sorriso e parou em minha frente.Eu segurava um baseado pequeno nos lábios enquanto a observava. Estava curioso para saber o que ela queria falar. Talvez me convencer para voltar casa? Nem fodendo.Se fosse isso, ela poderia virar a porra do seu rabo e ir embora daqui. Eu não voltaria. Deixei bem claro quand
LOREAbri a porta vermelha, já notando o Thomas se aquecendo. Ele usava apenas uma calça de pano e seus dedos enfaixados, como todos os dias. Seu peitoral musculoso brilhava devido ao sol que entrava pela fresta da janela, me fazendo engoli seco. O homem em minha frente era forte. Alto. Seu cabelo úmido devido à transpiração salgada. Olhou para trás assim que fechei a madeira atrás de mim, e parou de socar o saco de pancada que ficava em frente ao seu corpo.Todas as noites eu descia aqui e treinava. Ele me ensinava luta e não foi tão difícil pegar o jeito. Óbvio que eu sempre perdia para ele, até porque o Thomas era experiente para caralho, mas já recebi seus elogios por ter sido rápida e aprendido muito em pouco tempo.Ajeitei o top preto e movi o pescoço, estalando o mesmo e me aproximando.O alto andou até a estante e pegou sua garrafa de água, logo virando o líquido transparente em sua boca e engolindo o mesmo. Suspirou e colocou suas mãos na cintura. Lambeu os lábios e voltou pa
LORE— Por quê? — perguntei irritada. — Eles podiam acabar comigo.— Mas você ganhou deles! — respondeu rápido e parado. Seu corpo rígido enquanto me observava gritar.— Você é maluco! — exclamei andando até uma cabine e ligando o chuveiro. — E se eu falhasse, porra? Se eu perdesse?— Eu sabia que você acabaria com eles. — ele disse.Olhei novamente para alto, que ainda se mantinha atrás de mim, fora da cabine. Seus olhos percorreram meu corpo suado e pararam nos meus seios, então fiz o mesmo, suspirando quando notei os bicos desenhados.Eu estava excitada?Thomas encarou o meu rosto com sua pupila dilatada e molhou os lábios lentamente. O lugar ficou pequeno. O calor e o vapor me fazia perder o ar e continuar olhando para o segurança em minha frente.Minha respiração acelerou e meu peito pulou. O meio das minhas pernas pulsava. Eu queria foder. Aqui e agora.Me aproximei do moreno que logo se apressou em se afastar, mas eu não desisti. Colei nossos corpos e alisei sua barriga. Ele ne