Sem a presença de Alain e sozinha no chalé, Sophie faz o que melhor sabe: escrever. Assim como sua vida, a história começa a ganhar mais emoção e também ter ainda mais suspense. Àquela altura dos acontecimentos, era impossível não suspeitar até mesmo das atitudes estranhas do seu namorado e porque aquelas pessoas gostavam tanto de anonimato. Ela dedica algumas horas para escrever mais e tomar suas xícaras de café enquanto pensa no futuro da história e também na sua.Começa a imaginar que aquele seja mesmo o seu admirador secreto, afinal, hoje ele saiu da casa e a música não tocou. Ela deita a cabeça no sofá e fica olhando para o teto por um momento, então ela percebe uma espécie de alçapão, parece ser daqueles que dão acesso ao sótão. Se tiver uma escada, melhor! Sophie sobe em uma cadeira e puxa, sim, tem uma escada! E agora? Subir ou não? Deve estar sujo e cheio de aranhas, loucura, ela pensa, enquanto devolve a escada e desce. A ansiedade lhe consome e ela anda de um lado para o ou
O dia começa com disposição para Alain e Sophie. Ele comenta que precisa ir para o Café logo cedo, se afastou por dois dias e agora era hora de trabalhar. Ela, animada, diz que vai aproveitar para ir com ele até lá, nada melhor que tomar um café feito por seu amor e observar o movimento. Ele aceita e eles partem, conversando com os braços entrelaçados no caminho. Sophie senta e fica a observar o local, a gerente Brigitte já está trabalhando e bastante agitada, conversa com Alain e gesticula com as mãos, ele parece preocupado. Sophie disfarça pegando um jornal da mesa vizinha e lendo um pouco. Logo, uma mulher se aproxima, cabelos curtos, loura, casaco vermelho. Ela vai até o interior do Café e fala com Brigitte, que logo chama Alain. Eles conversam em uma mesa ao fundo e Sophie se sente consumida em saber o que está acontecendo, qual seria o problema, quem era aquela mulher?Sophie observa atentamente a discussão entre Alain e a mulher misteriosa. Ele parece desconfortável e relutante
Um celular tocando insistentemente quebra o silêncio da manhã. Sophie atende e é Jaqueline, uma de suas editoras."E então, minha escritora brilhante, está encaminhando um novo trabalho? Sei que leva um bom tempo, mas o ideal seria essa publicação sair em cerca de dois meses. Temos um evento daqui uma semana para todos os escritores que estão preparando suas histórias. Seria muito bom se você pudesse vir.""Eu li sobre o evento, mas quando vim para cá necessitava muito de um descanso, Jaque. Vou pensar em uma forma de comparecer e logo poder retornar.""Certo, querida. Se você conseguir, será muito bom. Todos estarão falando de seus projetos. Um abraço, au revoir!"Alain pergunta se Sophie está com problemas em Paris. Ela retorna à cama e conta sobre o evento. Ele diz que sente medo que ela possa não voltar para Chamonix, mas entende seu trabalho. Ele levanta e diz que terá que ir, pois logo inicia mais um dia de trabalho. Eles se beijam e ele se arruma e parte.Sophie então resolve r
Sophie agora tem mais mistérios para desvendar. Primeiro, ela quer descobrir o motivo dos segredos de Alain. Em segundo lugar, ela está intrigada pela magia do mistério da casa e da música que possivelmente vinha dela nos Alpes. Decidida a investigar, Sophie planeja falar com pessoas diferentes das que ela já abordou, procurar informações em locais como bibliotecas públicas, registros de imóveis e possíveis notícias antigas na internet. Ela sabe que não será fácil, especialmente em um local onde o sigilo é valorizado, mas está determinada a tentar desvendar esses segredos.Ela liga para seu agente de viagem ,seu amigo Nick,e pergunta onde poderia encontrar essas informações.-Vou pesquisar algumas coisas para você Sophie,não prometo nada que vamos encontrar algo.-Certo Nick,muito obrigada por me ajudar, vou ver o que consigo por aqui também.Ela vai até o registro de imóveis e diz que tem interesse em comprar uma casa,claro que não é verdade,ela apenas tenta colher informações,o home
Uma mulher aproveita seu dia de folga para mexer em antigos objetos e documentos guardados,algumas fotos, cartões carinhosos,ela senta na cama e fica observando uma foto de sua infância,vendo alguns membros da sua família que já partiram...Brigitte é bastante melancólica,essas lembranças mexem com ela, família é uma coisa que ela preza muito, é bastante enraizada no local em que nasceu e pretende viver para sempre. O telefone toca e uma homem lhe dá um aviso importante.-Brigitte,sou eu,essa semana houveram pessoas tentando obter informações do Café e de outras propriedades da cidade,enfim,queriam saber no nome de quem o ponto comercial estava registrado,como você sabe, é uma informação fácil de se obter,já sabem que é você,fique atenta, não sabemos suas reais intenções e quem pode estar por trás disso.-Sim,tenho sentido o ar pesado ultimamente, obrigada por avisar,estarei atenta...Ela desliga e lembra do novo relacionamento de Alain, suspeita tanto de investigadores e cobradores q
Os dias mudaram em Chamonix,agora o Café Et Poésie recebe novos visitantes,todos gostam de se comunicar e andar bastante pelo local, não que isso não acontecesse antes,mas agora esses clientes ficaram frequentes em questão de dias,alguns mesmo sendo vistos também nas ruas,mercados e locais frequentados por Alain e Brigitte,ele que não é nada bobo percebe e desconfia que está sendo vigiado,ele prefere não encher a cabeça de Brigitte mas está convicto que existe algo errado,ele percebe que as vezes Sophie atende o telefone e disfarça dizendo que ligará no outro dia e apenas dizendo sim e ok repetidamente. Ele pergunta o que ela fará no almoço e pergunta se quer almoça com ele,ela responde que sim,mas apenas após as 13 horas,diz que precisa ir em uma consulta e chegará mais tarde,ele diz que poderia leva-la,podia sair do Café mais cedo e ela hesita,diz que não é preciso,pode ir sozinha e depois então eles poderão almoçar juntos...Ele da um beijo em Sophie e pergunta se ela confia nele
O dia amanhece triste e mais frio do que parecia antes,Sophie toma um banho quente e enquanto a água morna vai recorrendo em seu corpo ela tenta falar palavras positivas para si mesma. Ela lembrava do que a trouxe para aquela cidade,da sede de inspiração que a fez viajar. Agora sofria por um homem ,um rapaz que surgiu no seu caminho e bagunçou todo seu interior.Ela sai do banho,seca os cabelos com um secador e se veste,volta para o sofá e pega seu bloco de notas,se recorda que um escritor deve buscar sua inspiração em tudo, até em sua própria tristeza ou alegria,ela escreve mais roteiros do seu romance onde agora se baseia em um término de relacionamento,as horas passam e ela se assusta com o toque do célular,era sua colega da editora perguntando se ela não irá no evento em Paris...-Ah querida,eu estou longe,mas,confesso que sei a importância desse evento...vou pensar e retorno ,ok?-Certo Sophie,você é peça fundamental,aguardo...Ela para e começa a pensar que não seria má ideia,o
Mala em cima da cama,Sophie confere as coisas que irá levar na viagem e guarda seu bloco de notas,canetas e notebook por último, documentos na bolsa e comprovantes das passagens ela chama um táxi e vai até a rodoviária de Chamonix onde aguarda o ônibus para Genebra,seu celular toca e então sua irmã Charlotte empolgada do outro lado da linha a convida: -Sophie,que bom que você vai vir a Paris,estou com saudades,esse tempo todo que você esteve longe parece uma eternidade!-Eu sei Charlotte,também sinto saudades,mas sei que você entende porque as vezes preciso de um tempo para estar longe da rotina.-Claro querida,desde pequena,sou a pessoa que mais te conhece e te ama,te espero minha irmã!-Combinado,vou passar por ai,prometo. Te amo também Charlotte.O ônibus chega, poucas pessoas naquele horário estão indo para Genebra,no caminho,olhando pela janela ela pensa em tudo que aconteceu até então e como gostaria de mudar isso tudo,ter sido apenas feliz com Alain,apenas viver os momentos s