Sophie deslizou os dedos sobre as teclas de seu notebook, sentindo a familiar textura do plástico liso. Inspirou profundamente, deixando que o brilho da tela iluminasse seu rosto. Era hora de começar. Suas mãos tremiam um pouco enquanto ela digitava a primeira linha, mas logo o fluxo de palavras começou a fluir com mais facilidade. As memórias de Chamonix, do Café Et Poésie e de Alain inundaram sua mente, e ela deixou que esses sentimentos guiassem sua escrita. "Marie olhou para a tela brilhante de seu laptop, observando os gráficos da chuva fina que caía sobre as ruas de Paris. Seu coração ainda doía pela partida de Antoine, o barista com quem ela tivera um romance de verão nas montanhas. Agora, de volta à sua cidade natal, ela se sentia perdida, incapaz de encontrar a inspiração para continuar escrevendo." As palavras fluíam com uma intensidade quase dolorosa, como se Sophie estivesse derramando sua própria dor e angústia na página digital. Ela descreveu a solidão de Marie, sua
Enquanto saem do Café conversando,Sophie e Jean seguem próximos e dividem o mesmo guarda-chuva enquanto o vento e a chuva se tornam mais intensos,ela escorrega e ele a segura fortemente enquanto olha em seus olhos,ele arrisca um beijo e ela cede naquele momento sentindo uma mistura de atração,carência e tristeza. Jean pergunta se Sophie está bem já que logo após esse beijo ficou distante e apreensiva...-Não,tudo bem...é que tudo aconteceu tão rápido,sabe,eu não queira criar uma expectativa agora... desculpe.-Não precisa se desculpar e nem mesmo se preocupar,foi algo natural,também não tenho cobranças a fazer,eu sei que você ainda não superou essa história que viveu,mas eu sei que um dia poderá superar com certeza.-Assim eu espero Jean,sei que não é nada inteligente sofrer a distância por alguém que talvez já tenha me esquecido. Os dois seguem até a entrada do prédio de Sophie que agradece pela companhia de Jean e se despede como uma amiga.Ela entra no prédio e logo após um banho
Na sexta-feira que antecedia o tão esperado encontro com Jean, Sophie sentia um impulso de coragem e uma vontade irresistível de se aventurar pela noite parisiense. Com suas poucas amigas ocupadas com compromissos familiares ou profissionais, ela decidiu embarcar em uma jornada solitária em busca de novas experiências e emoções.Vestindo um dos seus melhores vestidos, escolhido com carinho para a ocasião especial, Sophie adentrou uma casa noturna conhecida por sua atmosfera envolvente e pela música encantadora que atraía turistas e parisienses em busca de diversão e descontração. O som envolvente das melodias preenchia o ar, criando uma aura mágica que convidava à dança e à celebração.Ao adentrar o local, Sophie sentiu uma mistura de excitação e nervosismo, mas também uma sensação de liberdade e empoderamento que a impulsionava a se entregar ao momento presente. Enquanto observava os casais dançando e os grupos de amigos rindo e se divertindo, ela se permitiu mergulhar na atmosfera v
Sophie acordou com o sol lançando seus primeiros raios através da janela, iluminando seu quarto com tons dourados. Ela se espreguiçou, sentindo o peso da rotina sobre seus ombros. Paris, tão encantadora para visitantes, já não tinha o mesmo brilho para ela. Era hora de buscar novos ares, de desaparecer por um tempo. Enquanto se levantava, o telefone tocou. Ela olhou para o visor e viu o nome de Joseph piscando. Suspirando, ela recusou a ligação e desligou o telefone. Joseph ainda insistia em manter contato, em convidá-la para sair como amigos, mas ela sabia que não poderia voltar a cair nessa armadilha. Enquanto tomava seu café da manhã, Sophie pensava em como sua vida havia chegado a esse ponto. Seu casamento com Joseph esfriou rapidamente após a suspeita de traição, e ela se viu sozinha, sem nada para preencher o vazio que sentia. Ela nunca quis ser aquela mulher que perdoa sempre, apenas para se decepcionar novamente. Decidida a mudar sua vida, Sophie terminou seu café e pegou p
Sophie finalmente chegou a Chamonix, a cidade que seria seu refúgio temporário. O avião pousou suavemente no aeroporto de Genebra, e ela embarcou em um ônibus que a levou pelas estradas pitorescas até seu destino final.Ao chegar à agência combinada, Sophie folheou o catálogo de casas disponíveis e escolheu uma que parecia perfeita para ela. Uma casa antiga, pequena, mas com dois pisos e uma janela que oferecia uma vista deslumbrante dos Alpes. O interior era aconchegante, com uma lareira e um aquecedor para os dias frios.Um guia turístico a acompanhou até a casa e desejou-lhe uma ótima estadia. Sophie se sentiu grata por sua ajuda e feliz por finalmente estar em Chamonix, longe da monotonia de sua vida em Paris.Quando o guia estava prestes a partir, Sophie lembrou-se de uma necessidade básica: café. Ela perguntou ao rapaz se havia uma boa cafeteria nas proximidades. Ele prontamente indicou a Café et Poésie, localizada perto da rua das lojas e dos restaurantes, um pouco mais afastad
Sophie, encantada com a atmosfera de Chamonix, decidiu explorar um pouco mais da cidade após seu café matinal. Enquanto caminhava pelas ruas tranquilas, ela observava a neve nos Alpes e a vizinhança reservada, que parecia quase fantasmagórica, mas era exatamente o que ela preferia. Após um breve passeio, Sophie decidiu procurar um bom restaurante para almoçar. Ela queria experimentar a culinária local e se deliciar com os sabores da região. Depois do almoço, ela seguiu até a Café et Poésie, a cafeteria que o guia turístico havia indicado. Ao entrar, Sophie foi recebida por um ambiente acolhedor e cheio de charme. As mesas estavam decoradas com poesias escritas, o que a encantou imediatamente. Ela se sentou e pediu um café com creme, enquanto observava as pessoas ao seu redor, as xícaras, taças e pratos também continham frases. Um atendente simpático se aproximou e lhe trouxe o café. Sophie agradeceu e comentou: "Agora sei porque esse local se chama Café e Poesia..." "Exatamente, s
Naquela manhã, enquanto preparava seu café, Sophie ainda lembrava da canção romântica que ouvira seu vizinho tocar. A melodia havia despertado uma inspiração especial nela. Ao abrir a janela, porém, uma nova surpresa a aguardava, a mesma música começou a tocar novamente.Estranhando a coincidência, Sophie pensou consigo mesma: "Mas que estranho, novamente de manhã e quando eu abri a janela... Mas devo estar paranóica, isso nada tem a ver comigo, nem conheço ninguém aqui."Decidida a compartilhar essa experiência, Sophie foi até a Café et Poésie e contou aos seus conhecidos do local o que aconteceu. Ela mencionou a estranheza de ouvir a mesma canção em dois dias seguidos em um local tão silencioso e desconhecido para ela.Os frequentadores da cafeteria ficaram intrigados com a história de Sophie e começaram a especular sobre o significado por trás da misteriosa música. Alguns sugeriram que poderia ser apenas uma coincidência, enquanto outros levantaram a possibilidade de que poderia ha
Sophie retornou ao seu chalé, evitando passar pela cafeteria onde Alain estava de folga. Ela se sentia estranhamente apegada a ele, mas preferia pensar que era apenas desenvolvimento de uma nova amizade. Enquanto estava em casa, a campainha tocou, surpreendendo-a. Um novo arranjo de flores havia chegado, o mesmo que ela viu o homem comprar na floricultura. Sophie logo presumiu que o remetente era o homem em questão, um senhor de meia-idade. Inicialmente, isso não a empolgou muito, pois ele poderia ser casado, então era melhor manter a cautela. O bilhete que acompanhava as flores dizia: "Belas flores para uma bela mulher!" Uma dedicatória bonita, mas diferente da anterior. Sophie sentou-se e ficou olhando as flores, sentindo-se inspirada. Decidiu então escrever um pouco. A história que ela começou a escrever era sobre uma mulher carente, um admirador e a atração que ela sentia por um amigo mais jovem. Era uma trama que refletia os sentimentos conflitantes que Sophie estava experime