A Magia de Café Et Poésie

Sophie, encantada com a atmosfera de Chamonix, decidiu explorar um pouco mais da cidade após seu café matinal. Enquanto caminhava pelas ruas tranquilas, ela observava a neve nos Alpes e a vizinhança reservada, que parecia quase fantasmagórica, mas era exatamente o que ela preferia.

Após um breve passeio, Sophie decidiu procurar um bom restaurante para almoçar. Ela queria experimentar a culinária local e se deliciar com os sabores da região. Depois do almoço, ela seguiu até a Café et Poésie, a cafeteria que o guia turístico havia indicado.

Ao entrar, Sophie foi recebida por um ambiente acolhedor e cheio de charme. As mesas estavam decoradas com poesias escritas, o que a encantou imediatamente. Ela se sentou e pediu um café com creme, enquanto observava as pessoas ao seu redor, as xícaras, taças e pratos também continham frases.

Um atendente simpático se aproximou e lhe trouxe o café. Sophie agradeceu e comentou: "Agora sei porque esse local se chama Café e Poesia..."

"Exatamente, senhorita", respondeu o atendente. "E ainda não viu lá dentro, existem muitas outras pessoas que deixaram aqui seus poemas e pensamentos, desde poetas famosos até anônimos. Se você quiser, pode deixar alguma ideia sua aqui, fique à vontade, se precisar de algo, meu nome é Alain."

Sophie se viu encantada com a magia do lugar, onde a poesia parecia estar presente em cada detalhe. Ela sabia que aquele momento seria apenas o começo de uma jornada cheia de descobertas e inspiração em Chamonix.

Ao longo da semana, Sophie seguiu quase sempre essa mesma rotina, porém, um dia a dia reconfortante, nada parecido com sua vida em Paris. Na cafeteira, ela fez amigos eventuais, inclusive os atendentes. Alain era o mais gentil e até recitava algumas poesias para ela, o que para Sophie era um momento encantador. Anne era também muito simpática, Dona Elise muito meiga e atenciosa, e somente Brigitte era mais séria e parecia se distanciar de conversas.

Em casa, à noite, começaram suas inspirações para poesias, o que depois, quem sabe, ela poderia transformar em alguma história. Olhando pela janela, ela nunca via os vizinhos, casas fechadas, silêncio e os Alpes com neve enfeitando a paisagem ao longe.

Sophie encontrou um equilíbrio entre a amizade na cafeteira e a solidão reconfortante de sua casa em Chamonix.

Ela adormece no sofá escrevendo suas poesias, acorda num sobressalto ao deixar cair seu caderno de anotando no chão, então hoje, domingo, é dia de começar a trabalhar de verdade! "Preciso iniciar meu livro, a vida segue e o trabalho também", pensou.

Inquieta, ela começa a falar consigo mesma, sobre o que será esse livro? Um romance, um mistério?

Andando de um lado a outro, senta e começa a escrever sobre a cidade, sobre a cafeteria... agora só falta os personagens! Se eu estivesse apaixonada talvez estivesse mais inspirada! Sophie ri enquanto lembra que isso não pode ser uma regra profissional para uma escritora.

Enquanto ela escreve, um som quebra o silêncio das montanhas, uma música alta... mas, de onde vem? Quem poderia estar ouvindo essa canção essa hora da manhã? Enfim, parece que temos um vizinho com sinal de vida. A música era encantadora, uma música francesa que Sophie não ouvia a muito tempo, que falava de um amor, uma mulher... comme femme... uma letra melancólica que fala também de um grande romance, hora, hora, temos uma bela inspiração!

Ela começa escrever uma história baseada na música, e mentalmente agradece ao homem ou mulher que quebrou aquele silêncio com tão bela melodia. Ela aguardou, mas não ouviu outras canções, realmente foi somente aquela, isso é mesmo muito peculiar e interessante.

Ao longo do dia ela escreveu bastante e agora já tinha uma introdução ao seu romance literário.

Essa seria uma bela história vivida nos Alpes franceses, baseada naquela canção e só bastava pensar em um bom título.

A noite chega e com ela o sono de Sophie que mais uma vez adormece no confortável sofá do Chalé.

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