O Destino Selado

A sala da mansão Grimfange ainda estava tomada pelo peso das palavras da Deusa da Lua. O silêncio era denso, apenas o som da respiração acelerada de Lyra quebrava a quietude.

Isadora olhou para a irmã mais nova, incrédula.

— Você realmente ousou julgar a Deusa da Lua, Lyra? — Sua voz era um misto de choque e reprovação.

Lyra desviou o olhar, sentindo o peso do julgamento de todos sobre ela.

— Isso não é justo! — grunhiu, mas Isadora não recuou.

— Você esqueceu que foi a Deusa da Lua quem uniu nossos pais? Se não fosse por ela, nós nem existiríamos!

Rhys, que até então apenas observava, cruzou os braços e soltou um suspiro impaciente.

— E você realmente achou que poderia ter um destino com um vampiro? Lyra, lobos e vampiros nunca foram feitos para ficarem juntos. A Deusa nunca permitiria algo assim.

Kael balançou a cabeça, concordando com o irmão.

— Você sabe muito bem disso, Lyra. Vampiros não têm destino com lobos. Nunca tiveram. Nunca terão.

Stefan e Scott, os mais velhos, apenas observavam em silêncio, mas o olhar deles era suficiente para deixar claro que compartilhavam da mesma opinião.

Scott, com sua postura firme e fria, finalmente falou:

— Você precisa aceitar a realidade, Lyra. Não há escapatória para o que foi decidido. Você pode lutar contra isso o quanto quiser, mas no final, a Deusa da Lua sempre vence.

Stefan, com sua voz mais grave, acrescentou:

— E se você continuar resistindo… vai sofrer as consequências.

Lyra apertou os punhos, o peito subindo e descendo em fúria.

Mas no fundo, uma parte dela sabia que estava sozinha nessa luta.

O Destino Selado

Lyra lançou um último olhar para Roric, seu destinatário. Seu peito ardia de frustração, mas ela sabia que nada mudaria o que foi decidido. Sem dizer uma palavra, virou-se e subiu as escadas, os passos pesados ecoando pelo corredor.

Em cinco dias, ela seria dele.

Stefan e Scott trocaram olhares antes de se voltarem para os novos cunhados.

— Agora fazem parte da família. — Stefan disse com firmeza, enquanto Scott assentiu em aprovação.

Bran, Kaelen e Roric eram líderes da matilha do norte, alfas dominantes e guerreiros implacáveis. Mas agora, além de aliados, eram família.

Isadora se aproximou de Bran, sentindo o vínculo entre eles se fortalecer. O lobo dele reagia à presença dela, e Aella, sua loba, retribuiu a conexão com alegria. Ela sabia, no fundo, que sempre quis ser companheira de Bran. Ele era forte, como seus irmãos mais velhos, e agora, seu destino estava traçado.

Rhys e Kael se aproximaram, cumprimentando os novos cunhados com respeito.

— Cinco dias… — Kael murmurou, observando a irmã Isadora.

— E então serão marcadas. — Rhys completou, ciente de que, gostassem ou não, o destino já estava escrito.

O Destino Ainda Não Chegou Para Todos

Bran, Kaelen e Roric trocaram olhares antes de soltarem um leve sorriso entre si. Eles já estavam destinados, mas dois dos alfas mais temidos ainda não tinham recebido esse presente da Deusa da Lua.

— Parece que os grandes Stefan e Scott vão envelhecer sozinhos. — Kaelen provocou, cruzando os braços.

— A Deusa da Lua nunca escolheu uma companheira para vocês. Talvez ela ache que vocês estão bem assim... velhos e rabugentos. — Roric completou, o tom divertido, mas com um toque de provocação.

Stefan revirou os olhos e bufou.

— Idiotas.

— Exato, mas pelo menos não solitários. — Bran riu, lançando um olhar para Isadora.

Isadora sorriu de canto, satisfeita. Ela olhou para Bran antes de sair da sala, e no fundo, ele sabia que estava feliz por tê-la como sua companheira.

Scott cruzou os braços, balançando a cabeça.

— Eu prefiro minha paz.

— Por enquanto… — Kaelen murmurou, rindo.

Stefan e Scott podiam negar, mas a verdade era que, no fundo, ninguém escapava da vontade da Deusa da Lua.

A Despedida e a Espera dos 5 Dias

A noite já avançava quando Bran, Kaelen e Roric se preparavam para partir. Haviam passado horas conversando com Stefan e Scott, discutindo o futuro e reforçando os laços entre as alcateias.

Bran ajustou o casaco quando a porta da mansão se abriu novamente.

Isadora desceu as escadas apressada, segurando algo entre os dedos. Seu olhar encontrou o de Bran, e ela parou por um momento, hesitante. Mas, respirando fundo, se aproximou e ergueu um colar prateado com um pingente de lua crescente.

— Quero que leve isso com você. — Sua voz saiu firme, mas havia um leve tom de nervosismo.

Bran arqueou a sobrancelha, surpreso, mas abaixou a cabeça para que ela pudesse colocar o colar nele.

Assim que o pingente tocou sua pele, Isadora corou e, impulsivamente, se inclinou e depositou um beijo suave no rosto de Bran.

Um silêncio tomou conta do ambiente. Bran não moveu um músculo, apenas a observou com um olhar indecifrável.

Isadora ficou vermelha e, sem dizer mais nada, virou-se rapidamente e saiu animada, desaparecendo pela escada.

Stefan e Scott acompanharam a cena, trocando olhares antes de voltarem sua atenção para os amigos.

— Ela nem deveria estar tão animada assim. — Rhys resmungou, cruzando os braços.

— Exato. Ainda faltam cinco dias. Só depois disso ela pode ficar perto do Bran. — Kael completou, um tom divertido na voz.

Bran riu baixo, pegando o pingente entre os dedos e analisando-o.

— Cinco dias passam rápido.

Com um último aperto de mãos entre os alfas, Bran, Kaelen e Roric se despediram, partindo de volta para o norte. Stefan e Scott observaram enquanto eles desapareciam na noite, sabendo que, em cinco dias, tudo mudaria para sempre.

O Destino Selado

Kaelen lançou um olhar para o irmão Roric e soltou um riso baixo.

— Só a minha cunhada que não desceu para se despedir. — Seu tom carregava provocação. — Acho que ela ainda está em negação.

Roric bufou, cruzando os braços. Seu olhar frio permanece fixo na porta, como se não se importasse.

— Ela não tem o que fazer. Daqui a cinco dias, será minha.

Stefan observou a troca entre os dois e então falou, sua voz carregada de certeza.

— Já é o destino dela, mesmo que não queira.

Ele olhou na direção das escadas, onde Lyra havia desaparecido mais cedo.

— A loba dela já aceitou, e isso é o que importa.

Roric não disse nada, mas dentro dele, Odin, seu lobo, rosnou em satisfação. A loba dela já havia reconhecido o vínculo… Agora, era só questão de tempo.

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