POV: AIRYS
— Airys, levante-se. Venha. —
A voz cortou o silêncio da minha mente como um estalo. Arregalei os olhos e me sentei com tudo, o peito subindo e descendo rápido, como se eu tivesse despertado de um pesadelo que ainda não acabou.
Estava sozinha. O calor do tapete sob minha pele contrastava com o frio que se espalhava por dentro. Olhei em volta. Nenhum sinal dele.
Puxei a coberta com pressa, cobrindo meu corpo nu.
— Daimon? — chamei alto, a voz um pouco mais aguda do que eu gostaria. — Alfa? Não é nada elegante deixar uma mulher nua à própria sorte depois de uma noite como aquela...
Silêncio.
Insisti.
— Está testando minha paciência ou minha resistência ao abandono?
Nada. Nem um passo. Nenhum rosnado. Nem o maldito suspiro
POV: AIRYS— Vou te mostrar o que acontece quando tentam me manipular. — Gritei em ameaça, me erguendo de um salto, os olhos em chamas, o peito arfando, pronta para enfrentar o que quer que fosse aquela criatura maldita. Mas não deu tempo. Outra força me atingiu pelas costas. Um empurrão seco, bruto, acompanhado de uma rajada de vento tão gelada que me estremeceu e fizeram os ossos doerem.Meus pés vacilaram. O chão sob mim deixou de existir.A borda.O maldito penhasco.Tentei agarrar o ar, algo, qualquer coisa, mas não havia nada. Só o vazio me puxando, a certeza da queda cravando seu gelo dentro de mim. O grito escapou da minha garganta quando fechei os olhos, pronta para o impacto brutal da morte.Mas ele não veio.Ao invés, senti dedos quentes, fortes e ásperos envolverem meu pulso com pressão. Uma força que me arrancou do abismo e da morte em um puxão feroz. Abri os olhos em um susto, ainda pendendo sobre o penhasco, e ali estava ele. Daimon.Seu rosto estava coberto de sangue,
POV: AIRYSToquei seu rosto, deslizando os dedos para limpá-lo, meus movimentos suaves, infiltrando os dedos em seus cabelos, massageando, sentindo o calor da água misturado ao calor que ele despertava em mim.Ele desceu os lábios pelo meu queixo, cravando mordidas no pescoço, traçando uma linha ascendente até minha boca novamente. Suas mãos apertaram minha bunda, firmes, dominantes, beliscando, e então, com um tapa seco, me arrancou um gemido arfado contra sua boca. A dor se misturou ao prazer, e meu corpo vibrou em resposta.— Droga, pequena, você é viciante. — Sua voz saiu rouca, quase um rosnado. Seus olhos selvagens e fixos em mim, predatórios. A intensidade com que me olhava me deixava vulnerável e excitada.Me colocou de volta no chão, mas não se afastou. Segurou a base da minha nuca, me puxando para um beijo cheio de posse. Com a outra mão afastava os fios molhados do meu rosto. Me encurralou contra o azulejo frio, e desceu a mão por meu pescoço, firme, marcando sua presença s
POV: AIRYSEu sentia sua tensão, sua aproximação do ápice. Mas ele me puxou com brutalidade controlada, me erguendo sem esforço. Me virou contra o vidro do box, sem aviso, e abriu minhas pernas com os joelhos. Uma das mãos acariciou minha bunda e, em seguida, um tapa estalou, fazendo-me estremecer com a mistura perfeita de ardor e prazer.Sua ereção roçou em minha entrada, me arrancando um gemido sufocado enquanto eu apoiava as mãos contra o vidro, arfando. O calor de sua pele contra a minha, a pressão do contato, o som de sua respiração pesada atrás de mim... tudo me deixava insana.Daimon mordeu minhas costas, os dentes marcando minha pele em uma trilha que subia até meu ombro. Beijou ali, lambeu, mordeu com mais força. A boca deslizou até meu pescoço, onde ele sugou a pele e me fez tremer. Seus dedos se enroscaram nos meus fios molhados, puxando minha cabeça para trás com firmeza, enquanto me invadia fundo.— Ah... Daimon! — Gritei, a voz embargada de prazer bruto.— Você sabe como
POV: DAIMONNotei seus lábios vacilarem por um breve segundo antes de ela encher os pulmões de ar e erguer o queixo afiado em desafio, fitando-me com aquela audácia cravada no olhar.— Se são seus inimigos, serão os meus também. — declarou com firmeza, e o som daquelas palavras inflamou algo em meu peito. Um ronronar rouco e feroz escapou da garganta do meu lobo, aprovando com um rosnado baixo, possessivo.Minha mandíbula contraiu com a intensidade do impulso de puxá-la de volta para mim, de marcar cada centímetro daquela pele que agora pertencia a mim. A forma como ela falava, tão ousada, tão certa, acendia em mim o desejo bruto de tomá-la de novo, ali mesmo. Ela não fazia ideia do que provocava.Meus olhos pousaram nos dela, naquele tom de mel que agora brilhava com uma clareza suave, resultado direto da maneira como se entr
POV: DAIMONSeus dedos pequenos tocaram minhas costas, espalhando o sabonete de forma lenta, quase provocativa. Ela deslizava com cuidado, com ousadia medida, explorando com curiosidade cada centímetro da minha pele.Fechei os olhos por um segundo, sentindo o contraste da sua suavidade com a minha tensão bruta. Cada toque dela era uma provocação que acendia minha fome.Sua respiração bateu contra minha pele, e meus músculos retesaram, a fome despertando de novo.— Vai ficar quieto agora? — ela sussurrou, sua voz com aquele sarcasmo carregado de desejo, de provocação. — Ou está ocupado demais tentando controlar o que sente?Soltei um riso curto, abafado, entre dentes cerrados.— Não tenho intenção de me controlar com você. — respondi rouco, virando levemente o ro
POV: DAIMON“Então deveria ter guardado seu amiguinho aí nas calças.” Fenrir riu, sarcástico, e foi impossível não lançar um olhar para baixo.Ele não estava errado.Só de pensar nela, minha pele se arrepiava, os dentes coçavam para marcar, as mãos queimavam para agarrá-la de novo. Eu não queria só a ter. Queria deixá-la tremendo de novo. De prazer. De raiva. De mim.O lobo rugia dentro de mim querendo rasgar o caminho de volta até ela, agarrar sua cintura, morder seu pescoço e fazê-la se lembrar do que era pertencer.“Meias verdades, meias emoções, Jovem Alfa.” O tom dele era zombeteiro, mas carregava a ferocidade de quem não aceitava metades.— Eu não minto. — respondi entre dentes, ro
POV: DAIMONEla tremeu, os lábios entreabertos, o peito arfando. Seus mamilos estavam rígidos sob a camiseta, e ela sabia que eu percebi. Suas pupilas dilatadas denunciavam o quanto me queria, mesmo tentando manter o tom desafiador.— Eu... não sei o que você faz comigo. — murmurou, hesitante, e mesmo assim sua voz ainda tinha aquele fundo atrevido que me deixava em chamas. — Mas odeio o quanto meu corpo responde a você, Daimon.Me inclinei, roçando o nariz na curva do pescoço dela, aspirando profundamente seu aroma, sentindo o calor vibrar entre nossos corpos.— Não é só seu corpo que responde, pequena. — Rosnei baixo, arrastado, minhas presas roçando sua pele, o desejo latente, pulsando entre nós. — É a sua alma. Você sente isso. Eu sinto.Ela gemeu, baixo, tenta
POV: AIRYS— Cuidado, Daimon. — Ergui os olhos, perdida na intensidade daquelas palavras. Seus olhos, tons terrosos e famintos, me encaravam como se já me pertencesse. — Para sempre é tempo demais para se comprometer com uma humana desconhecida.— Você não é uma desconhecida. — Ele rebateu, a voz rouca, grave, e ao mesmo tempo suave. Suas presas roçaram minha pele exposta, enviando uma onda de arrepios por minha espinha. — Você é a minha Luna.Sua mão subiu por debaixo da minha camisa, os dedos quentes e firmes acariciando minhas costas com lentidão. Meu corpo cedeu. Eu estava mole, entregue, completamente dominada por ele. Suspirei alto, virei o rosto para o lado, oferecendo mais da minha pele. Sua boca subiu, soltando rosnados baixos enquanto me marcava com o toque dos lábios e o calor do hálito. Um arrepio atravesso