CAPÍTULO 13

      Começaram a conversar. Evitando olhar para o decote libidinoso (para não ter uma ereção), conduziu o diálogo para a vida pessoal dela. Patrícia não hesitou em se abrir. Disse que tinha 32 anos, casara aos 16, tivera uma filha aos 17, e, após 15 anos de um casamento tumultuado, havia, enfim, se separado. Estava separada a um ano e meio e sua filha, que se chamava Bárbara, acabara de completar 15. Morava com ela num confortável apartamento, no oitavo andar de um prédio de 12, no centro da cidade. Era dona de uma loja de confecções, católica não praticante, gostava de dançar, praia, shopping, tomar vinho e namorar bastante. Não pensava em casar de novo, fins não sofrer outra desilusão, outro sofrimento. Estava no restaurante com sua melhor amiga, de nome Gabriela (ou Gabi, como costumava chamá-la; a mulata ri

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