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George Collins Eu fiquei encarando o meu celular por horas, para ver se Claire tinha a decência de me responder. — Ela não pode me ignorar por tanto tempo! — Fiquei batendo o meu pé repetidas vezes no chão, os meus braços cruzados sobre o peito. — Querido, pare de olhar tanto para esse celular… — Vanessa falou ao pé do meu ouvido, as mãos deslizando pelo meu peito, pelo meu ombro, — isso quer dizer que você está finalmente livre para ficar comigo, isso não é ótimo?Arqueei uma das minhas sobrancelhas ao olhar para aquele rosto que agora estava sem maquiagem nenhuma, com os cabelos ainda bagunçados da noite anterior. — Minha cara, nós já conversamos sobre isso. — Esfreguei o meu rosto com uma das mãos, sentindo estresse tomar conta de mim, — o que temos é um caso que logo acabaria assim que eu casasse com a Claire. — Ah, claro! Porque você acredita mesmo que ela teria mais tempo para você quando se casasse? Pelo amor de deus, George… — ela bufou, — Claire nunca te colocaria em pri
Claire LeBlanc Depois de todo aquele show que George havia feito no jantar, eu me sentei novamente à mesa, sentindo os olhos do meu pai me encarando, como se estivesse esperando a hora certa para perguntar sobre o que tinha sido tudo aquilo, todo aquele alvoroço. A fome quase me abandonou por conta daquilo, porque tudo o que eu conseguia pensar era: como eu vou explicar isso para o meu pai? Se George realmente sentia algo por mim, como pode nem mesmo se perguntar o quão humilhante seria dizer a todos sobre a traição? Ou ele esperava que eu mentisse? Encobrisse? Se ele me questionasse, eu falaria o que? “Então papi, eu fui corna e eu não queria ver o George nem pintado de ouro na minha frente, porque ele ainda me chifrou com a Vanessa, acredita?” Ou “pai, eu posso explicar, é que… eu não estou mais noiva, e o motivo foi um tanto engraçado, sabe, eu vi o George com a minha amiga, cada coisa, né?” Por mais que uma mínima esperança tenha me invadido quando o jantar enfim se encerrou,
Claire LeBlanc Acordei com a minha cabeça latejando por conta das lágrimas que eu tinha derramado antes de dormir, e os meus olhos estavam tão inchados, que até mesmo parecia que eu havia tomado um porre. Eu precisava de água, de muita água. Mas antes, me levantei para ir até o espelho para escovar os dentes, também para ver o estrago em que o meu rosto se encontrava. — Que caminhão te atropelou? — Falei assim que vi o meu reflexo, um que eu mal conseguia reconhecer, — se Ethan descobrir isso, ele com toda certeza vai querer dar na minha cara… Eu já conseguia escutá-lo dizer: “eu não acredito que você chorou a noite inteira por conta desse merda!” Mas… o que eu poderia fazer? Eu deixei tudo ir para fora quando o meu pai foi me consolar, foi me ouvir. Claro, tudo exceto a parte em que eu transei com o cara com quem ele pretendia fechar negócios. Deus. Era melhor que ele não soubesse disso, afinal, tudo aquilo não passava de um caso de uma noite. Não era relevante. Não era algo
GEORGE COLLINSEu tentei de todas as formas contactar a Claire, mas ela não estava nem um pouco disposta a me ver e no fim, eu sabia que tinha um pouco de culpa nisso, só que não ia desistir dela tão fácil assim.Não.Eu a amava demais para deixar ela ir por um erro.Claire era a mulher da minha vida e eu sabia que podia reconquistar ela outra vez, só precisava de um pouco de tempo e claro, do momento certo para fazer ela entender que eu era bom para ela, que era um homem que valia a pena.Eu tinha vacilado por um momento, mas era um erro, e todos cometiam erros, até mesmo ela.Nós seriamos bem mais forte depois de tudo isso, e quando Claire se desse conta, só restariam as memórias felizes.Então, eu me concentrei em encontrá-la, em fazer tudo diferente, e depois que os empecilhos surgiram, só me restou apelar para a saída de emergência. Havia um evento que eu sabia que Claire não poderia ignorar. O baile dos Blanchard e eu usaria ele como minha última carta na manga.Ela tinha citado
CLAIRE LEBLANCUma parte minha ficou em dúvida sobre aceitar a ajuda de Alexis, mas no fim, eu sabia que isso era definitivamente o melhor a fazer. Era isso ou simplesmente aparecer em um dos bailes mais importantes dos últimos tempos, como uma espécie de figurante.Eu tinha dado meu sangue e alma para me preparar para o evento e tudo tinha sido jogado fora, pela traição de George. Meu coração ainda estava dolorido por conta disso, e mesmo depois de ser consolada pelo meu pai, ainda era difícil aceitar o nosso relacionamento como encerrado. Mesmo que eu fosse aquela que disse isso para começo de conversa.Então, quando aceitei o vestido de Alexis, junto das joias, acabei por decidir algo. Eu precisava… dar um fim a coisas que me machucavam ou podiam vir a me machucar no futuro. Eu precisava deixar claro para o mundo, que George Collins e eu, não eramos mais um casal.Vanessa tinha sido uma amiga preciosa para mim, mas dado o fato de que nem ao menos tentou se desculpar depois de tudo
GEORGE COLLINS Eu vi ela andando junto com Alexis, o que me fez sentir extremamente traído por ele. Sim, eu sabia que não tinha nem mesmo direito de reclamar, que eu nem mesmo deveria questionar Claire ter me deixado para trás – mesmo que aquilo doesse em mim profundamente –, mas ele? Quando ele pensou que pegar a mulher do amigo dele, era algo que um bom amigo fazia?Alexis tinha muito o que me explicar. — Querido? Vamos, eu também quero dançar! — Vanessa soltou de forma manhosa ao balançar o meu braço, mas eu não estava nem um pouco afim de fazer aquilo. — Agora não, Vanessa… — me desvencilhei de seu aperto naquele momento, enquanto soltava um suspiro frustrado. — É sério? Você vai simplesmente deixar que aquela coisa insignificante acabar com a nossa noite? — Quando ela soltou aquelas palavras, aquilo me deixou irritado, e não ajudou muito aquele embrulho no estômago ter chegado junto daquela sensação. Ela realmente disse aquilo pra mim? Que tudo aquilo havia sido insignifica
CLAIRE LEBLANCDepois de encher Alexis de uma pergunta atrás da outra sobre a senhora Blanchard, ele me trouxe de volta para casa, junto da promessa de que falaria com ela, para marcar um jantar, ou até mesmo, alguma festa do chá. Fiquei nervosa quando ele citou algo assim do nada, mas ao mesmo tempo? Eu fiquei empolgada! Afinal, quem no ramo da moda, não queria trabalhar ou até mesmo ganhar sugestões de Angelina Blanchard? Isso me deixou feliz o suficiente para conseguir lidar com o que havia acontecido com George naquele baile – porque até quando eu acho que vou ficar feliz por muito tempo, ele me prova que não, mesmo em forma de pensamento. — Pensando demais de novo? — Aqueles olhos dourados me encararam, quase como se eles adivinhassem onde os meus pensamentos estavam agora, — achei que tinha ficado feliz com a sugestão que dei sobre a senhora Blanchard. — Eu fiquei, não me entenda errado… — Me sentei no sofá da sala, suspirando, — mas parece que ele me persegue até na minha c
VANESSA FERRER — AAAAAAAAAAAAAAAH! MAS QUE MERDA! QUAL É O PROBLEMA DELE?! — Joguei aquele colar de safiras no chão por conta da raiva, junto daqueles brincos e todo o resto. — O QUE GEORGE ACHA QUE É? A PICA DE OURO? — Gritei enquanto tentava arrancar aquele maldito vestido do meu corpo, sentindo tanto a minha garganta como o meu pescoço queimarem pelo ódio que ficava ainda mais crescente em meu ser. Por que ele ainda tinha que correr atrás da Claire? Ele veio pra mim choramingando que não tinha tempo com ela, que queria foder com ela mais vezes, pra depois? Ficar correndo atrás de uma buceta que ele não comia a meses! Que ele quer de volta por conta de “amor”????Amor é o caralho!— Isso só pode ser piada! Ele quer mesmo me dizer que ama ela? — Finalmente consegui jogar aquele vestido com tudo no chão, enquanto sentia as lágrimas quentes rolarem pelo meu rosto, lágrimas essas que estavam negras e cheias de brilho por conta da porra da minha maquiagem. — “Você não entende, Vanessa!