GEORGE COLLINS— Que merda é essa? — Eu me vi segurando o celular assim que acordei, apenas para me deparar com Dylan (que era um amigo meu e de Alexis), me mandando mensagens, ou melhor, alguns prints de certas notícias que saíram naquele site de fofoca insalubre que era o “hot tea”. Bufei. Tinham inúmeras fotos minhas junto de Vanessa, algumas poucas de mim falando com Claire, e claro… diversas daquela dança idiota que ela teve com Alexis, aquele traídor do caralho. De qualquer forma, a pior parte nem eram as notícias chamando Alexis de: “o príncipe encantado de Gallagher”. Não. Eram os comentários, que simplesmente era um pior do que o outro. Haviam várias pessoas fazendo teorias sobre quem havia traído quem naquele momento, sobre o que eu e Claire havíamos discutido por conta das nossas expressões, e pior ainda… tinha um foco gigantesco sobre o fato de que eu e Vanessa estávamos usando a mesma roupa naquele baile – o que era completamente injusto, porque convenhamos, eu nem me
ALEXIS GALLAGHER Depois de ter uma manhã um tanto quanto confusa e complicada, eu precisei tomar um pouco de ar antes de começar a minha reunião com Lewis. Porque eu sabia que no estado em que a minha cabeça se encontrava, nada de bom sairia. Lewis até mesmo foi gentil o suficiente para dizer que eu poderia ter uma folga naquele dia em questão, mas não era apenas no projeto que eu possuía com ele em que eu trabalhava, eu ainda tinha as minhas empresas, e claro, as da família para lidar, para ter certeza que tudo estava correndo como deveria correr. Mas no meio disso tudo? Uma ligação de Dylan veio parar no meu celular, e se ele estava me ligando… bom sinal não era. Porque por mais que esse ser fosse um grande amigo meu, eu também tinha noção que ele era um presságio, tal qual as pragas do Egito. — Alô? — Falei com um tom ríspido, o que fez com que ele já começasse a rir como uma hiena.— Pra quê tanto mau-humor? Você não estava fudendo com a LeBlanc? — Ele zombou, e eu ouvi o rang
GEORGE COLLINSO que esse merda do Gallagher estava fazendo aqui? Por acaso ele era algum tipo de stalker obcecado pela minha noiva? Um maníaco que não saia de perto dela nem por um único segundo?Porque o fato dele estar morando com ela – mesmo que fosse chocante – explicava ele estar naquele dia do jantar com ela, no baile, mas isso dele aparecer do nada? Isso era sério? Ele por acaso tinha uma escuta no corpo de Claire ou um localizador em seu celular para sempre vir correndo ao seu resgate, como um cavalheiro errante com armadura brilhante?“Deve ser a tática dele para tirar ela de mim!” Pensei comigo mesmo, já que essa era a única razão que eu conseguia pensar para que esse doido, sempre fizesse questão de sempre vir em momentos como esses ao encontro de Claire, E ele ainda fez a porcaria do favor de explanar o meu passado sombrio na frente da minha noiva. O que ela pensaria de mim depois desse comentário infeliz? Como eu iria convencer ela de vir a público comigo para desfazer
ALEXIS GALLAGHERQuando eu vi aquela mão delicada bater tão forte no rosto de Collins – ao ponto de quase fazer ele cair no chão – os meus olhos se arregalaram, e um sorriso brotou nos meus lábios, com a mesma velocidade que Claire me pediu – ou melhor, me ordenou – para levá-la para casa. Eu apenas obedeci a sua ordem naquele momento, até porque, mesmo que eu tenha vindo com o intuito de ajudar, Claire havia sido a pessoa que lidou com tudo aquilo, que praticamente chutou a bunda de Collins sem muito esforço. Mas é claro, assim que ela se sentou no carro no banco do passageiro, eu pude vê-la apenas suspirar, massageando as suas têmporas como se estivesse completamente exausta de tudo aquilo, farta de ter que terminar tudo com aquele merda, mais de uma vez na semana – por conta da sua falta de habilidade de compreensão. — Você está bem? — A perguntei, mesmo já sabendo a resposta. — Sim, eu estou bem. — Ela soltou junto de um suspiro, os seus olhos prateados ainda fixos na janela,
CLAIRE LEBLANC Quando eu finalmente achei o meu pai dentro da mansão, eu o chamei para se sentar na sala para eu explicar tudo, enquanto pedia por um chá, para poder conversar com o meu pai com certa calma. E sim, eu sabia que o meu pai seria a última pessoa que não compreenderia toda aquela situação, ou até mesmo me impediria de fazer tal coisa. Porém, mesmo tendo esse conhecimento, eu ainda me senti um tanto apreensiva, ansiosa. Sendo assim, primeiro eu expliquei sobre as fotos que acabaram se espalhando, para depois dizer sobre o que eu tanto Alexis estávamos planejando, e tudo o que o meu pai fez, foi sorrir. Ele sorriu. O que isso queria dizer? Por que ele estava demorando para falar alguma coisa? — Está bem. — Foi o que ele se dignou a dizer, depois daquela maldita pausa dramática, — Alexis é o nosso atual parceiro de negócios, o que faz dele um ótimo candidato, — ele se interrompeu para tomar um gole de chá, — inclusive, se vocês quiserem realmente se tornar um casal, eu
Capítulo 24CLAIRE LEBLANC Depois de todo aquele dia estressante, eu me vi apenas enfiando o meu rosto no travesseiro, e eu notei que o meu cansaço estava realmente em um estado crítico, quando nem me levantar para comer eu quis – o que me fez apenas dormir, até o dia seguinte chegar. Claro, o meu cansaço não foi embora apenas por conta de uma noite longa de sono, porque eu tinha coisas demais na minha cabeça naquele momento. Como por exemplo, a coletiva de imprensa que eu precisaria ir com Alexis, e segundo… o próprio Alexis. Eu me sentia uma adolescente idiota por não conseguir tirar ele da cabeça depois daquele dialogo que eu tive com a minha mãe, porém… o que poderia fazer? Quando nem a minha casa, era um lugar que ele não estava? E tudo apenas piorava, porque eu sabia que assim que eu descesse aquelas escadas, e entrasse na cozinha para tomar o café da manhã, ele estaria lá, com aquele sorriso brilhante, acompanhado pelos seus dourados. “Pare com isso, Claire! Você não tem ma
CLAIRE LEBLANC Senti uma veia saltar na minha testa naquele momento. Por que ele estava aqui? Qual parte de tudo o que eu havia dito antes, ele não tinha entendido?— Claire, precisamos… — Não. — Falei ao sair da loja, cheia de sacolas enquanto acelerava os meus passos para longe de George. — Claire, a gente precisa conversar… — ele falou com aquela voz que se assemelhava de uma criança, que por mais que soubesse que estava errada, ainda assim queria ser ouvida, — e você sabe disso. Apenas o ignorei, andando de forma funda por aquele shopping, procurando a direção do estacionamento.Qual era o problema dele afinal? O que ele achava que ainda tínhamos para conversar? E por que ele tinha tanta convicção de que eu precisava falar com ele? O término por acaso havia o deixado tão abalado, que o seu raciocínio foi afetado?— Claire! — Ele me segurou pelo braço, quando praticamente gritou, — você precisa me escutar?— E você precisa de um pouco de noção. — Soltei o meu braço da sua mão,
GEORGE COLLINS Depois de chegar em casa, eu precisei colocar um gelo na minha própria cabeça – por conta do puxão de cabelo que Claire tinha me dado –, porém, isso não importava naquele momento, na verdade… não importava nem um pouco. Porque depois de ter conseguido descobrir onde ela iria vendo as suas redes sociais, e simplesmente me lembrando qual era a sua loja favorita, não foi nem um pouco difícil de achá-la naquele shopping gigantesco que ele costumava ir, muito menos, saber onde eu deveria posicionar um fotógrafo de forma estratégica. Claro, a foto já deveria estar naquele site de fofoca idiota a essa altura – porque eu disse especificamente para aquele paparazi que mandasse para o site na hora em que conseguisse uma imagem boa e ambigua – sendo assim, eu apenas abri o meu ceclular junto de uma bolsa de gelo sendo pressionada na parte de trás da minha cabeça, e ali estava. “Bom dia meus queridos amantes de chá! Como vocês podem ver, eu já tenho algo quentinho saído diretam