CLAIRE LEBLANC O dia da coletiva de imprensa finalmente tinha chegado, e com ele… certa ansiedade me acometeu. Porque no fim, eu também tinha visto aquele artigo um tanto quanto preocupante no “hot tea”, e mesmo que eu soubesse que eu estava indo para desmentir todos os boatos e questões que todos estavam provavelmente tendo… eu sabia que alguma coisa restaria no imaginário coletivo. Mas mesmo assim, eu subi naquele pedestal onde estavam os microfones, e dei o meu melhor sorriso, um que era largo e completamente falso. O que fez os flashes começarem, as perguntas sendo feitas uma atrás da outra. — Eu vou cuidar de tudo, eu prometo. — Alexis pousou a sua mão em minha cintura ao dizer, os seus lábios rentes ao meu ouvido. Aquilo, ironicamente, foi o suficiente. Foi quase como mágica para dizer a verdade, porque assim que Alexis ajeitou a sua postura e começou a olhar para as câmeras com um ar tão cheio de confiança, eu me senti mais calma, eu me senti… acalentada como eu nunca tin
GEORGE COLLINS “Meus caros apreciadores de chá, depois de muitos pedidos, eu vim falar sobre aquela maravilhosa coletiva de imprensa que o príncipe de Gallagher e o nosso lindo diamante tiveram no dia anterior, e pelos céus! Como foi divino!Eu achava que já havia sido um ótimo aperitivo, apenas o fato da nossa senhorita LeBlanc parecer ter defeitos e recaídas como todos nós – meros mortais – mas pelo visto, ela sempre pode nos surpreender ainda mais, não é mesmo? Ainda mais, depois de todos aqueles belos slides que o nosso príncipe nos mostrou, mostrando que George Collins não era nada mais, nada menos, que um pobre homem que ainda não superou a obsessão por sua amada – o que me essa autora acha, que é caso de terapia. E pasme! Eles ainda anunciaram um relacionamento entre eles! Não que isso deveria ser uma grande novidade, mas creio que com os acontecimentos desta semana, isso pode ser considerado uma grande reviravolta. Porém, essa pergunta lhes deixa um questionamentos: o relac
ALEXIS GALLAGHER Assim que tanto eu quanto Claire chegamos em casa, eu deixei ela ter o tempo dela – depois de todo aquele estresse que foi a coletiva de imprensa, e isso nem foi algo que eu tive que pensar muito para ser feito, até porque Dylan me ligou um pouco depois de eu ter entrado na residência dos LeBlanc. — Você é um stalker, sabia? — Falei assim que atendi o meu telefone. — Só porque eu te liguei assim que chegou na casa da sua princesa? Pelo amor de deus, eu faço isso com você desde o ensino médio! — Ele confessou sem nenhuma vergonha na cara, — e outra, é assim que você me agradece pelas fotos que eu te dei, seu ingrato?— Obrigado pelas fotos. — Eu o agradeci junto de uma risada soprada, — mas você continua sendo um stalker. — De você é praticamente toda Londres, meu caro. — Ele disse com aquele tom de vilão de filme. — Certo, James Moriarty. — Eu zombei, o que fez ele bufar. — Eu pelo menos sou bonito, mais respeito. — Dylan falou indignado, — mas de qualquer forma
CLAIRE LEBLANCA minha mãe continuava tentando me convencer a pensar sobre os meus sentimentos sobre Alexis, mas… e se eu estivesse confundindo tudo? E se eu estivesse simplesmente achando que eu tinha algo que não tinha? Isso me fez deixar a minha mãe falando sozinha depois de um tempo, simplesmente para subir até o meu quarto para tomar um banho, e o meu belo sorvete que estava me esperando como um cachorro fiel no congelador, logo foi pego por mim, para eu retornar novamente ao meu quarto, e colocar um filme romantico e idiota no meu notebook. Sim, eu sabia que podia simplesmente descer e ver isso na sala, com aquela tv gigantesca que tinha quase o tamanho de uma tela de cinema, porém, eu não queria ser incomodada por ninguém hoje, muito menos por Ivy LeBlanc — ainda mais com a pouca bateria social que eu parecia ter naquele instante. De qualquer forma, eu amarrei o meu cabelo para ele não me atrapalhar, e coloquei um filme que apenas pela capa, tinha cara de ser completamente d
ALEXIS GALLAGHER Assim que eu escutei aquele diálogo, eu saí dali no mesmo instante, e eu honestamente não sabia dizer se havia sido por um motivo nobre — como não querer escutar uma conversa que eu claramente não deveria, porque tinha o meu nome no meio — ou eu apenas havia saído de lá. pela simples razão de ter medo, medo de ouvir coisas que eu não queria. Isso era algo um tanto vergonhoso — principalmente se eu juntasse o fato de eu estar na casa dos 23 anos —, mas mesmo assim, a minha cabeça ainda estava se questionando sobre o que tudo aquilo queria dizer. Porque ao mesmo tempo que ela parecia sentir algo, a confusão parecia tomar conta de tudo. E sim, eu sabia o que eu havia estabelecido para mim mesmo, porém, eu estava quase jogando isso tudo para o ar, apenas para a conquistar de vez, e fazer ela esquecer de qualquer dúvida que ela pudesse ter. — Porra, Alexis! Não é assim que funciona! — Falei para mim mesmo, as minhas mãos se entrelaçando aos meus próprios fios, por cont
GEORGE COLLINS Quando aquela ligação desgraçada com Alexis terminou, eu me amaldiçoei de todas as formas, porque eu deveria ter deixado menos óbvio o que eu queria daquele desgraçado de merda. — Eu devia ter sido menos direto com aquilo, mas ele ia desligar… que porra! — Xinguei, batendo a minha mão com tudo na mesa que estava à minha frente, com tanta força que chegou a deixar a minha pele dormente, ardendo, — aquele filho da puta! Por que tinha que ser um geniozinho? Argh! Me joguei na cadeira em que eu estava sentado com tudo, enquanto me questionava como eu poderia conseguir a declaração que eu queria daquele mimadinho do caralho, porém, nada vinha em minha mente, até porque… não tinha uma pessoa sequer que eu conhecia, que me ajudaria a fuder Alexis Gallagher — fosse por medo, ou fosse por lealdade. Por que ele nunca podia facilitar a porra da minha vida?— De quebra, eu ainda preciso de um jeito para conseguir reconquistar a Claire, mas… — fiquei olhando o teto pensativo, ap
CLAIRE LEBLANC Assim que eu terminei de me arrumar — e quase cheguei atrasada até o restaurante — eu senti o meu coração batendo como se fosse explodir, além de eu ter olhado umas quinze vezes no espelho do carro, se o meu cabelo e a minha maquiagens estavam boas o suficiente para eu entrar naquele lugar. — Você nunca vai entrar se continuar fazendo isso, Claire… — falei ao dar uma última arrumada no meu cabelo (que apenas tinha deixado ele do mesmo jeito que antes, já que estava impecável, mesmo que eu não acreditasse), apenas para finalmente sair de dentro do meu carro, e entrar. “Está tão… vazio…” acabei notando ao andar mais um pouco, porque não tinham garçons andando de um lugar para o outro, e as mesas que geralmente estavam lotadas? Estavam completamente desocupadas. — Senhorita LeBlanc? — O recepcionista me disse, assim que eu fiquei diante dele. — Sim, isso. — Quase não consegui falar por conta da ansiedade que quase fechava a minha garganta. — Que bom que a senhorita c
ALEXIS GALLAGHER Aqueles olhos cinzas me olhavam como se fossem os de uma criança perdida, uma que pensava que tinha feito alguma merda, e logo levaria uma bronca. Mas… esse não era o caso, o caso aqui era: por que caralhos… Claire LeBlanc entrou no meu quarto do nada, e me beijou?Não, eu não tinha desgostado do que havia acontecido — muito pelo contrário —, mas… foi repentino demais, e novamente… ela estava abalada, com lágrimas escorrendo por suas bochechas, junto de sua maquiagem completamente borrada. “Eu preciso comprar um rímel que não escorra quando ela chora…” acabei pensando comigo mesmo enquanto via aquelas gotas negras caírem cada vez mais de seus olhos, pelo menos, até colocar as minhas mãos em seu rosto, para enxugar as suas lágrimas. — Me… me desculpa… — Claire soltou com a voz embargada, — eu… eu não… — Claire, você não fez nada de errado, está bem? — Acabei dizendo, junto de um breve sorriso, — eu só quero entender o que aconteceu, alguém te machucou? Foi o Georg