ALEXIS GALLAGHER Assim que eu escutei aquele diálogo, eu saí dali no mesmo instante, e eu honestamente não sabia dizer se havia sido por um motivo nobre — como não querer escutar uma conversa que eu claramente não deveria, porque tinha o meu nome no meio — ou eu apenas havia saído de lá. pela simples razão de ter medo, medo de ouvir coisas que eu não queria. Isso era algo um tanto vergonhoso — principalmente se eu juntasse o fato de eu estar na casa dos 23 anos —, mas mesmo assim, a minha cabeça ainda estava se questionando sobre o que tudo aquilo queria dizer. Porque ao mesmo tempo que ela parecia sentir algo, a confusão parecia tomar conta de tudo. E sim, eu sabia o que eu havia estabelecido para mim mesmo, porém, eu estava quase jogando isso tudo para o ar, apenas para a conquistar de vez, e fazer ela esquecer de qualquer dúvida que ela pudesse ter. — Porra, Alexis! Não é assim que funciona! — Falei para mim mesmo, as minhas mãos se entrelaçando aos meus próprios fios, por cont
GEORGE COLLINS Quando aquela ligação desgraçada com Alexis terminou, eu me amaldiçoei de todas as formas, porque eu deveria ter deixado menos óbvio o que eu queria daquele desgraçado de merda. — Eu devia ter sido menos direto com aquilo, mas ele ia desligar… que porra! — Xinguei, batendo a minha mão com tudo na mesa que estava à minha frente, com tanta força que chegou a deixar a minha pele dormente, ardendo, — aquele filho da puta! Por que tinha que ser um geniozinho? Argh! Me joguei na cadeira em que eu estava sentado com tudo, enquanto me questionava como eu poderia conseguir a declaração que eu queria daquele mimadinho do caralho, porém, nada vinha em minha mente, até porque… não tinha uma pessoa sequer que eu conhecia, que me ajudaria a fuder Alexis Gallagher — fosse por medo, ou fosse por lealdade. Por que ele nunca podia facilitar a porra da minha vida?— De quebra, eu ainda preciso de um jeito para conseguir reconquistar a Claire, mas… — fiquei olhando o teto pensativo, ap
CLAIRE LEBLANC Assim que eu terminei de me arrumar — e quase cheguei atrasada até o restaurante — eu senti o meu coração batendo como se fosse explodir, além de eu ter olhado umas quinze vezes no espelho do carro, se o meu cabelo e a minha maquiagens estavam boas o suficiente para eu entrar naquele lugar. — Você nunca vai entrar se continuar fazendo isso, Claire… — falei ao dar uma última arrumada no meu cabelo (que apenas tinha deixado ele do mesmo jeito que antes, já que estava impecável, mesmo que eu não acreditasse), apenas para finalmente sair de dentro do meu carro, e entrar. “Está tão… vazio…” acabei notando ao andar mais um pouco, porque não tinham garçons andando de um lugar para o outro, e as mesas que geralmente estavam lotadas? Estavam completamente desocupadas. — Senhorita LeBlanc? — O recepcionista me disse, assim que eu fiquei diante dele. — Sim, isso. — Quase não consegui falar por conta da ansiedade que quase fechava a minha garganta. — Que bom que a senhorita c
ALEXIS GALLAGHER Aqueles olhos cinzas me olhavam como se fossem os de uma criança perdida, uma que pensava que tinha feito alguma merda, e logo levaria uma bronca. Mas… esse não era o caso, o caso aqui era: por que caralhos… Claire LeBlanc entrou no meu quarto do nada, e me beijou?Não, eu não tinha desgostado do que havia acontecido — muito pelo contrário —, mas… foi repentino demais, e novamente… ela estava abalada, com lágrimas escorrendo por suas bochechas, junto de sua maquiagem completamente borrada. “Eu preciso comprar um rímel que não escorra quando ela chora…” acabei pensando comigo mesmo enquanto via aquelas gotas negras caírem cada vez mais de seus olhos, pelo menos, até colocar as minhas mãos em seu rosto, para enxugar as suas lágrimas. — Me… me desculpa… — Claire soltou com a voz embargada, — eu… eu não… — Claire, você não fez nada de errado, está bem? — Acabei dizendo, junto de um breve sorriso, — eu só quero entender o que aconteceu, alguém te machucou? Foi o Georg
CLAIRE LEBLANC Aquele beijo tinha começado de um jeito tão doce, que quase me fez sentir mal por ter o apressado, o ter intensificado sem nem mesmo perguntar se era mesmo aquilo que Alexis queria, porém… eu merecia. Eu tive aquele sonho da última vez que me deixou completamente louca e desconcertada, e depois dessa noite de merda? Deus podia pelo menos ter um pouco de dó da minha alma, e ao menos me deixar foder, ao ponto de eu esquecer o meu próprio nome, porque como já dizia aquele ditado… eu estava subindo pelas paredes!Sendo assim, os meus dedos apenas se apressaram para desabotoar a camisa de Alexis, me fazendo até mesmo eu me surpreender com a rapidez com que fiz aquilo, enquanto eu sentia a sua perna me pressionar, me dando aquela sensação de corrente elétrica, subir pelo meu corpo. — Calma… eu não vou fugir. — Alexis parecia zombar, os seus lábios com isso indo até o meu pescoço, as suas mãos tirando o meu vestido, — você vai ter a noite toda…Mesmo ele dizendo aquilo, o m
ALEXIS GALLAGHER Quando eu abri os meus olhos, uma parte minha ainda esperava não ver Claire na cama — assim como da primeira vez — porém… ela estava ali, com a sua cabeça recostada em meu peito, com as suas pernas praticamente prendendo as minhas, como se estivesse com medo de que eu a deixasse sozinha. Não evitei de sorrir como um idiota naquele momento, enquanto me ajeitava, para ficar mais próximo a ela, para dar um beijo em sua testa. — Hum… — escutei ela resmungar enquanto dormia, o seu rosto se afundando ainda mais em mim, — só mais um pouco…Não evitei de rir naquele momento, tirando os fios que cobriam a sua face — que tirando o rímel borrado, continuava impecável.— Eu não estava te acordando, querida… — soltei, com um tom tão doce, que até mesmo eu acabei estranhando, — pode dormir o quanto quiser. Ela abriu os olhos assim que eu disse aquelas palavras, com nítido espanto em seus olhos cinzentos, como se ela nem estivesse acreditando que eu estava ali, ou que tudo aquil
ALEXIS GALLAGHERClaire entrou no meu carro, e ela parecia um tanto inquieta, e eu não sabia se era porque teoricamente esse era o nosso primeiro encontro, ou por ela não estar dirigindo — coisa que ela parecia sempre estar acostumada a fazer. — É a primeira vez que eu não dirijo, para… um encontro… — ela ainda estava sendo cautelosa com as próprias palavras, como se não estivesse certa se poderia chamar o que íamos fazer, daquela forma. — Isso é… sério? — Acabei questionando, tentando apenas levar a conversa, — você sempre dirigia para ir?— Sim, eu geralmente encontrava a pessoa no lugar, ou, bem… eu buscava ou algo assim. — Ela explicou com certa naturalidade, o que me fez perguntar em que mundo ela vivia. Não que fosse errado ela buscar a pessoa em questão em casa, eu encontrar no estabelecimento, mas… isso parecia de certo modo, um descaso com ela, ou talvez… eu apenas estava pensando demais. — Entendo. — Acabei soltando, os meus olhos não saindo da estrada, — bom, se não se
GEORGE COLLINS Eu achava impressionante como as pessoas de Londres eram completamente desocupadas, porque assim que o dito “casal do ano” pareceu pisar no restaurante — que Claire sempre costumava me chamar para ir, mas eu nunca ia, por achar tudo lá dentro… demais —, já saiu uma noticia sobre isso, junto de detalhes e mais detalhes sobre. — E daí que ela tinha um “olhar que brilhava mais que diamantes” enquanto olhava para ele, huh? — Me vi dizendo com nítido rancor enquanto lia aquele artigo de merda, — ela também me olhava com os olhos brilhando, e nem por isso nós duramos para sempre! Amor não segura tudo, hot tea! Joguei o meu celular na cama, me virando na cama com ódio tomando conta do meu peito, e pensamentos sobre assassinato tomavam conta da minha mente. ‘Não, se eu for preso, não poderei mais chegar perto de Claire…’ eu me lembrei em dado momento — mesmo que uma parte minha não quisesse recorrer a razão —, já que a visão de Alexis tendo a sua cabeça arrancada, junto de