Capítulo 24CLAIRE LEBLANC Depois de todo aquele dia estressante, eu me vi apenas enfiando o meu rosto no travesseiro, e eu notei que o meu cansaço estava realmente em um estado crítico, quando nem me levantar para comer eu quis – o que me fez apenas dormir, até o dia seguinte chegar. Claro, o meu cansaço não foi embora apenas por conta de uma noite longa de sono, porque eu tinha coisas demais na minha cabeça naquele momento. Como por exemplo, a coletiva de imprensa que eu precisaria ir com Alexis, e segundo… o próprio Alexis. Eu me sentia uma adolescente idiota por não conseguir tirar ele da cabeça depois daquele dialogo que eu tive com a minha mãe, porém… o que poderia fazer? Quando nem a minha casa, era um lugar que ele não estava? E tudo apenas piorava, porque eu sabia que assim que eu descesse aquelas escadas, e entrasse na cozinha para tomar o café da manhã, ele estaria lá, com aquele sorriso brilhante, acompanhado pelos seus dourados. “Pare com isso, Claire! Você não tem ma
CLAIRE LEBLANC Senti uma veia saltar na minha testa naquele momento. Por que ele estava aqui? Qual parte de tudo o que eu havia dito antes, ele não tinha entendido?— Claire, precisamos… — Não. — Falei ao sair da loja, cheia de sacolas enquanto acelerava os meus passos para longe de George. — Claire, a gente precisa conversar… — ele falou com aquela voz que se assemelhava de uma criança, que por mais que soubesse que estava errada, ainda assim queria ser ouvida, — e você sabe disso. Apenas o ignorei, andando de forma funda por aquele shopping, procurando a direção do estacionamento.Qual era o problema dele afinal? O que ele achava que ainda tínhamos para conversar? E por que ele tinha tanta convicção de que eu precisava falar com ele? O término por acaso havia o deixado tão abalado, que o seu raciocínio foi afetado?— Claire! — Ele me segurou pelo braço, quando praticamente gritou, — você precisa me escutar?— E você precisa de um pouco de noção. — Soltei o meu braço da sua mão,
GEORGE COLLINS Depois de chegar em casa, eu precisei colocar um gelo na minha própria cabeça – por conta do puxão de cabelo que Claire tinha me dado –, porém, isso não importava naquele momento, na verdade… não importava nem um pouco. Porque depois de ter conseguido descobrir onde ela iria vendo as suas redes sociais, e simplesmente me lembrando qual era a sua loja favorita, não foi nem um pouco difícil de achá-la naquele shopping gigantesco que ele costumava ir, muito menos, saber onde eu deveria posicionar um fotógrafo de forma estratégica. Claro, a foto já deveria estar naquele site de fofoca idiota a essa altura – porque eu disse especificamente para aquele paparazi que mandasse para o site na hora em que conseguisse uma imagem boa e ambigua – sendo assim, eu apenas abri o meu ceclular junto de uma bolsa de gelo sendo pressionada na parte de trás da minha cabeça, e ali estava. “Bom dia meus queridos amantes de chá! Como vocês podem ver, eu já tenho algo quentinho saído diretam
CLAIRE LEBLANC O dia da coletiva de imprensa finalmente tinha chegado, e com ele… certa ansiedade me acometeu. Porque no fim, eu também tinha visto aquele artigo um tanto quanto preocupante no “hot tea”, e mesmo que eu soubesse que eu estava indo para desmentir todos os boatos e questões que todos estavam provavelmente tendo… eu sabia que alguma coisa restaria no imaginário coletivo. Mas mesmo assim, eu subi naquele pedestal onde estavam os microfones, e dei o meu melhor sorriso, um que era largo e completamente falso. O que fez os flashes começarem, as perguntas sendo feitas uma atrás da outra. — Eu vou cuidar de tudo, eu prometo. — Alexis pousou a sua mão em minha cintura ao dizer, os seus lábios rentes ao meu ouvido. Aquilo, ironicamente, foi o suficiente. Foi quase como mágica para dizer a verdade, porque assim que Alexis ajeitou a sua postura e começou a olhar para as câmeras com um ar tão cheio de confiança, eu me senti mais calma, eu me senti… acalentada como eu nunca tin
GEORGE COLLINS “Meus caros apreciadores de chá, depois de muitos pedidos, eu vim falar sobre aquela maravilhosa coletiva de imprensa que o príncipe de Gallagher e o nosso lindo diamante tiveram no dia anterior, e pelos céus! Como foi divino!Eu achava que já havia sido um ótimo aperitivo, apenas o fato da nossa senhorita LeBlanc parecer ter defeitos e recaídas como todos nós – meros mortais – mas pelo visto, ela sempre pode nos surpreender ainda mais, não é mesmo? Ainda mais, depois de todos aqueles belos slides que o nosso príncipe nos mostrou, mostrando que George Collins não era nada mais, nada menos, que um pobre homem que ainda não superou a obsessão por sua amada – o que me essa autora acha, que é caso de terapia. E pasme! Eles ainda anunciaram um relacionamento entre eles! Não que isso deveria ser uma grande novidade, mas creio que com os acontecimentos desta semana, isso pode ser considerado uma grande reviravolta. Porém, essa pergunta lhes deixa um questionamentos: o relac
ALEXIS GALLAGHER Assim que tanto eu quanto Claire chegamos em casa, eu deixei ela ter o tempo dela – depois de todo aquele estresse que foi a coletiva de imprensa, e isso nem foi algo que eu tive que pensar muito para ser feito, até porque Dylan me ligou um pouco depois de eu ter entrado na residência dos LeBlanc. — Você é um stalker, sabia? — Falei assim que atendi o meu telefone. — Só porque eu te liguei assim que chegou na casa da sua princesa? Pelo amor de deus, eu faço isso com você desde o ensino médio! — Ele confessou sem nenhuma vergonha na cara, — e outra, é assim que você me agradece pelas fotos que eu te dei, seu ingrato?— Obrigado pelas fotos. — Eu o agradeci junto de uma risada soprada, — mas você continua sendo um stalker. — De você é praticamente toda Londres, meu caro. — Ele disse com aquele tom de vilão de filme. — Certo, James Moriarty. — Eu zombei, o que fez ele bufar. — Eu pelo menos sou bonito, mais respeito. — Dylan falou indignado, — mas de qualquer forma
CLAIRE LEBLANCA minha mãe continuava tentando me convencer a pensar sobre os meus sentimentos sobre Alexis, mas… e se eu estivesse confundindo tudo? E se eu estivesse simplesmente achando que eu tinha algo que não tinha? Isso me fez deixar a minha mãe falando sozinha depois de um tempo, simplesmente para subir até o meu quarto para tomar um banho, e o meu belo sorvete que estava me esperando como um cachorro fiel no congelador, logo foi pego por mim, para eu retornar novamente ao meu quarto, e colocar um filme romantico e idiota no meu notebook. Sim, eu sabia que podia simplesmente descer e ver isso na sala, com aquela tv gigantesca que tinha quase o tamanho de uma tela de cinema, porém, eu não queria ser incomodada por ninguém hoje, muito menos por Ivy LeBlanc — ainda mais com a pouca bateria social que eu parecia ter naquele instante. De qualquer forma, eu amarrei o meu cabelo para ele não me atrapalhar, e coloquei um filme que apenas pela capa, tinha cara de ser completamente d
ALEXIS GALLAGHER Assim que eu escutei aquele diálogo, eu saí dali no mesmo instante, e eu honestamente não sabia dizer se havia sido por um motivo nobre — como não querer escutar uma conversa que eu claramente não deveria, porque tinha o meu nome no meio — ou eu apenas havia saído de lá. pela simples razão de ter medo, medo de ouvir coisas que eu não queria. Isso era algo um tanto vergonhoso — principalmente se eu juntasse o fato de eu estar na casa dos 23 anos —, mas mesmo assim, a minha cabeça ainda estava se questionando sobre o que tudo aquilo queria dizer. Porque ao mesmo tempo que ela parecia sentir algo, a confusão parecia tomar conta de tudo. E sim, eu sabia o que eu havia estabelecido para mim mesmo, porém, eu estava quase jogando isso tudo para o ar, apenas para a conquistar de vez, e fazer ela esquecer de qualquer dúvida que ela pudesse ter. — Porra, Alexis! Não é assim que funciona! — Falei para mim mesmo, as minhas mãos se entrelaçando aos meus próprios fios, por cont