O grande dia do teste havia finalmente chegado, e uma tensão nervosa me percorria intensamente. Falhar estava fora de cogitação. O Alfa, com sua habitual serenidade, havia explicado que os testes se dividiam em várias etapas: força, estratégia, raciocínio rápido, resistência, transformação, corrida e luta corporal. A pressão era imensa.Engoli em seco, frustrada, e a preocupação tomou conta de mim. A pergunta inevitável escapou dos meus lábios: - Terei que lutar até a morte?O Alfa me olhou atentamente, ponderando minha dúvida. Sua voz grave rompeu o silêncio, dissipando parte da minha angústia: - Não, ninguém precisa lutar até a morte. Aquele que ceder é eliminado, e aquele que resistir será o vencedor.Enquanto ele colocava um colar com uma pequena pedra de esmeralda em meu pescoço, segurei o adorno e o examinei. Era delicado e lindo, parecia deslocado para aquela situação tensa.- Por que tenho que usar isso? - indaguei.O Lycan deu de ombros, respondendo com simplicidade: - Para d
Naveguei habilmente entre as majestosas árvores, fazendo uma manobra em forma de "C", cujo extremo me colocou bem na frente do lobo líder. Saltei em sua frente, ouvindo-o rugir de fúria. Antes que suas enormes patas pudessem me alcançar, dei outro salto para uma árvore próxima, percebendo que havíamos chegado à área com lama movediça. Enterrei minhas garras no tronco da árvore, erguendo meu corpo um pouco acima do perigo, enquanto observava atentamente os galhos e troncos resistentes que eu poderia utilizar como um caminho seguro.Olhei para baixo e vi alguns lobos que, devido à sua imprudência, se aproximavam perigosamente da areia movediça. Torci mentalmente para que alguém pudesse vir ao resgate antes que fosse tarde demais.O lobo maior estava escalando atrás de mim com um rugido que ecoou pela floresta. - Luna! - Ele brandou. - Se está tão preocupada com eles, deveria ir lá e salvá-los!Não pude evitar soltar um rugido em resposta, mostrando meus caninos afiados. - E perder a opo
Ele cuspiu a bandeira no chão, e todos os lobos da alcateia se reuniram, incluindo o meu Alfa, que me olhava com decepção, e o Beta, que exibia preocupação. Percebi que apenas o lobo maldito e eu havíamos chegado, sendo os finalistas.- Que azar o seu, Luna... - rosnou o competidor. - Serei seu adversário final. Deveria ter permanecido no fundo do rio!- Você é um covarde! - declarei, furiosa. - Pagará pelo que me fez.Começamos a nos encarar, rosnando e mostrando os caninos, andando de um lado para o outro em um jogo de ameaças. O lobo veio com ferocidade em minha direção, tentando morder meu pescoço. Com um ágil salto para trás, desviei de seu ataque direto. No entanto, antes que pudesse revidar, uma patada certeira veio em minha direção, arremessando-me para a ponta do desfiladeiro.Levantei-me a tempo de evitar suas investidas. Ele era implacável e determinado a me matar, e acreditava que teríamos que lutar até a redenção.A fera investiu novamente, e pulei para o lado, mas ele co
- Para onde você está me levando? - Perguntei, encostando a cabeça em seu peito, tentando controlar a dor e as lágrimas que insistiam em escapar.- Há um lugar secreto, conhecido apenas por nossos lobos de confiança. Este lago é abençoado pela nossa deusa Luna, e sua água possui poderes místicos de cura. - Fui surpreendida quando Harvey abaixou a cabeça e depositou um beijo suave no topo da minha cabeça. - Sua dor será aliviada.Olhei para ele com curiosidade, ainda mais enfeitiçada por sua presença, enquanto nos aproximávamos do "Lago da Deusa Lunar”. O lago, envolto por altas rochas e árvores antigas, era um refúgio de tranquilidade. À medida que nos aproximávamos, o suave murmúrio das águas parecia um segredo sussurrado pela deusa Lua, repleto de amor e magia. A Lua, parcialmente escondida nas sombras, estava prestes a mergulhar em um eclipse total, derramando uma luz prateada que banhava a paisagem, conferindo-lhe um brilho etéreo.O Lago da Deusa Lunar era um espelho de água calm
Harvey mantinha suas mãos ágeis tão ocupadas quanto sua boca, que explorava meus seios com um desejo voraz. Joguei a cabeça para trás, gemendo intensamente diante de sua masturbação habilidosa.- Alfa... nossa - murmurei, mordendo os lábios e puxando seus cabelos enquanto movia o quadril em direção a ele. Ele intensificou seus movimentos, fazendo-me revirar os olhos. Em seguida, subiu a boca, beijou meu pescoço com ainda mais fervor, se aproximando do meu ouvido:- Seja minha esta noite - arrepiei-me com suas palavras, sentindo-me completamente envolvida. - Seja a minha Luna!Ele ergueu a cabeça e aproximou nossos lábios, roçando-os provocativamente. Com audácia, suguei seu lábio inferior, sentindo-o afundar ainda mais os dedos em mim, enquanto sua ereção pressionava o meu quadril.- Harvey - tentei contestar, mas meu desejo por ele era insuportável. Seus toques eram maravilhosamente incríveis. Olhei para o céu e vi a Lua de sangue em sua plenitude. Senti que havia perdido a razão; ap
Todos os lobos assumiram suas formas humanas, seguindo a antiga tradição da noite do eclipse. Era o único momento em que não precisavam da aprovação do Alfa para se transformar.Victoria segurava sua taça de vinho, contemplando o céu. Todos direcionaram seus olhares para a lua de sangue em sua plenitude deslumbrante. Logo, a confirmação veio quando uma aurora boreal surgiu em contraste, tão espetacular quanto a própria noite. Vick apertou sua taça com firmeza, resignada, enquanto os lobos uivavam e cantavam alegremente, com suas bebidas nas mãos. Era um marco, uma certeza de que os Deuses e ancestrais estavam abençoando aquela união.- O Alfa conseguiu! - Aproximou-se Oliver, sorrindo.Ele sempre consegue o que deseja! - Rosnou Victoria, fazendo com que o Beta se aproximasse, arqueando as sobrancelhas.- Não era isso que você queria? - Perguntou Oliver, percebendo a hostilidade da jovem mulher ao seu lado. - Não era o que precisávamos?Ela voltou o rosto para encarar o belo homem alto
Eu dei um passo à frente, meus olhos arregalados. - Você acredita que Agatha e eu somos as gêmeas da lenda?Ele cutucou meu nariz de forma carinhosa, girando-me para o lado enquanto continuávamos a caminhar. - Não existem muitos Alfas amaldiçoados por aí....- Isso significa que eu serei culpada por mais guerras e mortes... - O peso da responsabilidade me fez abaixar os olhos.Harvey ergueu meu queixo com gentileza, seus olhos transbordando de carinho. Ele depositou um beijo suave em meus lábios.- Sophie... A lenda não para por aí. Sabemos apenas uma parte da história, e buscaremos respostas sobre o restante.Mesmo assim, a dúvida persistia em minha mente.- E se o resto da história for ainda pior? E se eu for a causa de várias mortes, da queda da sua alcateia... e de Conan?Suei frio, sentindo a tensão no ar se agravar. Ele me puxou para um abraço protetor, mas sua impaciência transparecia em um rosnado impaciente.- Você é mesmo lenta... - rosnou ele. - Quem traz a guerra sou eu, S
- Alfa, por favor, volte! - Falei mais alto, tentando alcançar sua lucidez.A fera emitiu um som semelhante a uma gargalhada sinistra. - O Alfa não está!Ele parou de andar de um lado para o outro, erguendo seus olhos predatórios em minha direção e avançando para cima.Saltei para o lado, transformando-me em humana, ciente de que agora cheirava ainda mais como presa. A fera balançou a cabeça de um lado para o outro, sedenta por minha carne. Minha forma parecia tê-lo instigado a me atacar.Ergui minhas mãos enquanto ele corria em minha direção, parando sua cabeça em minhas mãos. Uma luz aqueceu a palma das minhas mãos, mantendo a fera paralisada, que rosnou em frustração.- "Da escuridão, eu o separarei,E à pureza de seu coração, eu o conduzirei.Renasça, Alfa, com nobreza e razão,E traga de volta à nossa ligação, VOLTE PARA MIM, ALFA."A luz se lançou pelo lobo, contornando todo o seu corpo, aquecendo sua pelagem. Seus olhos malignos estavam desaparecendo, dando lugar aos azuis acin