O alfa continuou a fugir comigo em seus braços, e finalmente paramos em frente a uma grande árvore oca, onde, com suas garras afiadas, ele arrancou pedaços de casca, criando uma fenda grande o suficiente para que nossos lobos pudessem passar. Colocando alguns galhos e arbustos na abertura, ele "camuflou o buraco", nos escondendo lá dentro. Sem pedir licença, Harvey começou a esfregar algo pegajoso e extremamente fedorento em minha pele.- Pare com isso, Harvey... – Exclamei irritada, tentando limpar minha pele e afastar suas mãos – Que coisa nojenta!- É musgo de pântano, excelente para camuflar odores! – Deu de ombros enquanto continuava a passá-lo pelo meu corpo – Transforme-se!- O quê? Não foi você mesmo quem disse que nossa forma mais forte é a Lupina? – Olhei desconfiada para o Alfa.- Sophie, se não percebeu, sou um lobo muito grande e aqui há pouco espaço! – Um rosnado escapou de seus lábios.- Você se esqueceu que também é um homem grande? – Rosnei de volta, desafiadora – E p
- A Deidade me orientou a me conectar com os meus ancestrais - falei em voz baixa, ainda confusa com o que havia acontecido.- Seus ancestrais? - Seus olhos se voltaram firmemente para os meus. - Você é uma bruxa?- Parece que sou tudo, menos humana... - Respondi sarcasticamente. - Não sei o que sou, Alfa...Havia um brilho misterioso em seu olhar.- Quer descobrir?! - Ele perguntou.- Quero descobrir tudo, quem sou, quem são meus pais, quem era Agatha... - Cerrei os punhos. - O motivo pelo qual me deixaram no escuro, e entender se isso pode influenciar o Conan!Estava passando as mãos pelos meus braços; o frio havia me atingido e eu tremia. Podia jurar que meus lábios estavam ficando roxos de frio. O Alfa se aproximou, passando os braços por cima dos meus ombros, me trazendo para a proteção de seu abraço. O calor que emanava de sua pele era reconfortante. Aconcheguei minha cabeça, permitindo o momento atípico. Não confessaria em voz alta para o Sr. arrogante, mas estava gostando daqu
Tentei desesperadamente libertar minhas mãos das dele, mas Harvey as mantinha firmemente entre as suas.- Mas eu não posso simplesmente me entregar a você, ser sua Luna! - Rosnei com firmeza. - Essas coisas não funcionam dessa maneira!Ele fez uma pergunta séria: - O que você busca, afinal? Por que nunca se entregou a um humano antes?Dei de ombros e respondi: - Não sou um objeto descartável, nem um colchão para ser usado e abandonado.Com uma risada divertida, ele provocou: - Ah, então você está em busca do amor, humana?Revirei os olhos com desdém e repliquei: - Todos nós não estamos, afinal?Ele riu mais uma vez e afirmou: - Não, Sophie. Nem todos buscam isso.Com um grunhido desafiador, respondi: - Pode rir da minha cara o quanto quiser, Sr. Arrogante. Eu acredito no amor, em encontrar um parceiro para a vida toda, alguém com quem possa compartilhar cada momento intensamente. Um homem que me protegerá, construirá uma família comigo, me amará, será meu melhor amigo e meu confidente
O brilho da lua intensificou-se, travando uma batalha feroz com a escuridão, como se disputassem o controle do ambiente. A Deusa voltou seu olhar em minha direção e deu suas instruções com severidade.Realize o encanto de proteção e invoque sua fera! - Seus olhos pareciam penetrar minha alma enquanto eu fechava os olhos, buscando uma conexão profunda com meus ancestrais. Não demorou muito para que eu sentisse o calor fluir através de minhas veias e as vozes ancestrais ecoarem em minha mente.- Pelas forças que habitam o mundo oculto,Eu chamo a proteção que é meu direito.Com esta voz e mente sincera,Eu peço à fera de proteção, seja meu guia.Com olhos afiados e garras fortes,Guardião das sombras, venha ao meu encontro.Proteja-me de todo mal e perigo,Com sua presença, sinto-me seguro e inteiro.Na luz da lua e no escuro da noite,Este encanto é lançado com todo o meu poder.Que a fera de proteção esteja sempre a meu lado,Até o fim dos tempos, que assim seja!Senti uma explosão de
- Invoquei? – Ponderei, minha voz vacilante no frio silêncio da floresta.- Você me chamou através de um encantamento, por que fez isso? – Havia um lampejo nos olhos do lobo prateado, seus olhos penetrantes fixos em mim.- A Deusa ordenou... – Sussurrei, abaixando os olhos diante de sua majestosa presença.- Somente por isso? – Lambendo minha orelha, ele ergueu meu focinho, e meu coração acelerou.- Sinto-me segura com você, Alfa! – Suspirei, sentindo a ousadia e a vulnerabilidade misturadas em minhas palavras. Afinal, ele já havia tentado me matar e me ameaçado diversas vezes. – Acho que você tem razão, sou mesmo louca!- Eu aceito! – Seguindo em passos firmes, o Alfa respondeu com determinação.- Aceita o quê? – Fiquei confusa, encarando-o perplexa.- Treinar você, como treinei meus guerreiros da alcateia. – Ele virou a cabeça na minha direção, provocação evidente em sua voz. – Mesmo você sendo maluca!Decidi provocá-lo também, trombando propositalmente com ele e jogando neve em seu
- A escuridão a atacou? – Perguntou o Beta, seu rosto expressando profunda intriga. – O que buscavam ao se aproximar dela?- Disseram que os poderes da Híbrida eram deles! – Respondeu o Alfa com um tom áspero.- O Senhor afirmou que a Bruxa lendária estava presente... Será que a magia conjurada pela mãe das gêmeas tinha origem nas trevas? – Oliver coçou os cabelos desgrenhados, vestindo uma calça jeans surrada e mancando devido às feridas recentes causadas pelas torturas.- Isso explicaria por que a escuridão deseja Sophie; se a mãe dela utilizou magia sombria durante a conjuração e estava grávida, o mal pode estar reivindicando seu preço! – Um rosnado escapou dos lábios do Rei Lycan, suas mãos se cerrando.- Por que uma mãe faria isso? Entregaria suas filhas como oferenda! – O Beta estava intrigado, ansioso para entender a teoria por trás das palavras de seu rei.- Para viver um amor com o Alfa... – Disse o Alfa, dando de ombros com desdém. – Que bela lenda romântica!O sarcasmo na v
POV: SOPHIEIncomodada com as ações do rei Lycan, optei por descansar, não podia ignorar o cansaço que me acometia sempre que recorria à magia; parecia que minha vitalidade se esvaía a cada feitiço conjurado. Repassei todas as imagens da última noite em minha mente: a Fera insaciável que controlava o Alfa, sua aparência e voz eram totalmente distintas de seu lobo... Era como se outra entidade residisse dentro do Rei Lycan!Por que a Bruxa e suas vozes fugiram quando a invoquei? Qual era o seu domínio sobre as trevas? Por que a Deusa não respondeu às minhas perguntas? Por que mesmo a Deidade temia aquele ser sombrio? - Ah, maldição! - Rugi, frustrada. - São tantas perguntas sem respostas!Decidi tomar um banho relaxante e repousar, ciente de que não encontraria as respostas desejadas, pelo menos não naquele estado. Não demorou muito para que eu mergulhasse no sono. Encontrei-me diante de uma árvore conífera, com um líquido viscoso e negro escorrendo de seu casco, exalando um odor de de
- Tente descansar. Conecte-se com seus ancestrais para entoar um encanto de proteção dos sonhos! – Virei as costas, mas antes de me afastar, ela agarrou minha mão com força.- Dorme comigo? – Ela sussurrou timidamente. – Sei que parece loucura, você não me deve nada..., mas me sinto segura com você por perto, mesmo você sendo odioso!Sorri diante de seu pedido hesitante e me virei para que ela pudesse se deitar ao meu lado, trazendo-a para o meu peito.- Humana tola! – Provoquei, com um toque de humor. – Você precisa superar seus medos!Ela virou o rosto para me encarar, os olhos semicerrados, ficando cara a cara comigo, a apenas centímetros de meus lábios.- Não teria tanto medo se parassem de tentar me matar! – Sophie tinha um semblante irritado.- Fique mais forte, e isso irá parar de acontecer – Sorri, antes que ela pudesse contestar, tomei seus lábios.Senti sua ansiedade sem que ela precisasse dizer uma palavra. Ela me desejava tanto quanto eu a desejava... Era inevitável; Sophi