Fechei o livro abruptamente, assustada, murmurando: - Ele é um verdadeiro monstro!- Quem é um monstro, humana? - Uma voz grave e ameaçadora me surpreendeu, e eu saltei da poltrona, encolhendo-me de medo, meu coração batendo intensamente, exalando o cheiro do medo.O Alfa bruscamente tomou o livro de minhas mãos e exclamou: - Por que você estava lendo este livro? Eu ordenei que o retirassem daqui! - Seus olhos se inflamaram de fúria, e eu me encolhi ainda mais, temendo as possíveis consequências.- Perdão, eu alcancei o livro no alto... Desejava... Desejava... conhecê-lo mais profundamente e... – Estremeci quando suas mãos me tocaram, erguendo minha cabeça para que pudesse olhar diretamente nos meus olhos.- E então? Descobrir o monstro que acredita que eu sou? – Um rugido irrompeu de seus lábios, revelando presas afiadas.- Você está me machucando – Tentei desesperadamente me libertar enquanto ele segurava meu queixo com força – Harvey....O Alfa me soltou em fúria e se afastou, visi
- Me perdoe, Sophie... Você tem razão, sei que o Harvey não é fácil de lidar! - Ela ergueu o olhar em minha direção. - Estou preocupada e nervosa, acabei descontando em você, não é justo, me desculpe!- Tudo bem. - Dei de ombros.- Então... A fera o dominou? - A voz de Victoria fraquejou no final.- Creio que parcialmente sim, mas não vi sua forma ficar maior como aconteceu na cabana quando fomos atacados pelo Lua Crescente! - Busquei na memória a lembrança de sua transformação.- Ah, então você já o viu possuído pela fera? - Os olhos de Vick estavam intrigados.- Não exatamente, consegui ver de relance, o Beta me tirou do local antes de ver a transformação completa. - Ponderei, lembrando do medo estampado nos olhos de Oliver. - É tão assustador assim?- Torça para nunca presenciar de perto. - Ela ergueu e segurou minhas mãos. - Se um dia acontecer, eu quero que você corra o mais rápido que puder e se esconda, não abaixe a sua guarda, está bem?- Ele não me reconheceria? - Um medo se
Haha, parece que os betas de hoje em dia não são como os de antigamente, não é mesmo? – O Alfa provocava com ironia enquanto seguia adiante. – Me diga, quantos de vocês foram necessários para derrubá-lo?- Por que está fazendo essa pergunta? – Patrik interferiu.- Bem, Oliver não é o meu Beta à toa; ele possui uma força extraordinária. – O Alfa sorriu.- De fato, o Rei Lycan sabe escolher seus subordinados! – Vicent rugiu. – E, digamos que uma bruxa nos ajudou, já que Oliver resistiu bravamente aos ataques.O Alfa parou, sentindo a ira de sua fera se acender ao ouvir a palavra "bruxa".- Então, os boatos são verdadeiros... – Ele rosnou com raiva. – As bruxas estão se unindo a vocês na guerra contra a Lua Mística?- A guerra tem sido prejudicial para todas as partes envolvidas – ponderou Patrik. – Vocês são como uma erva daninha que precisa ser eliminada para que o equilíbrio seja restaurado!- Equilíbrio? – Os olhos do Alfa escureceram, seu tamanho começou a triplicar, seus ossos se q
Levaram um tempo considerável até encontrarem uma das bruxas reclusas que possuía magia e habilidade suficientes para entoar o encanto e transformar a planta em um pó poderoso, capaz de fazer as feras perderem os sentidos, ficarem desorientadas ou até mesmo desmaiarem.Confrontando o Alfa, a fera começou a cambalear para o lado, mas resistiu à tontura que a afligia. Ignorando a visão turva, avançou contra o Beta, que habilmente desviou e fugiu do acampamento, provocando ainda mais a fúria do Alfa.- Vou matar TODOS VOCÊS! - rugiu o Alfa enquanto pegava o corpo do lobo sem vida na boca e arrastava-o para fora do acampamento, espalhando sangue por todos os cantos como se estivesse pintando um quadro macabro para que todos testemunhassem seus feitos.Observando à distância, Oliver via seu Rei dominado pela fera, arrastando os corpos pelo acampamento e mastigando as carcaças dos lobos sem vida.- Porra, Harvey... - murmurou o Beta, abaixando o focinho em tristeza e dor.Um sopro de vento
À medida que me aproximava da entrada, senti sua presença se dirigindo a mim. Ele avançava como uma fúria desenfreada, fazendo-me tremer da cauda até o topo da cabeça. Meus pelos se eriçaram, e eu projetei meus caninos em autodefesa. No entanto, uma rajada de vento forte surgiu e formou um círculo ao meu redor, forçando a fera a parar e a andar de um lado para o outro, tentando encontrar uma abertura para me atacar.Meu coração batia descompassado, mas então uma voz me alcançou.- Não tema, minha criança - senti a presença da Deusa.- Minha Deusa - fiz uma reverência, enquanto o lobo prateado rugia de raiva, tentando morder o vento que me protegia. - O que quer que eu faça?Perguntei, insegura, temendo ter que enfrentar a fera corpo a corpo.- Feche os olhos, convoque seus ancestrais e entoe as palavras que vierem ao seu coração.- O que? Meus ancestrais? - Travei no lugar, sentindo-me perdida. - Minha Deusa, eu não os conheço!A rajada de vento se intensificou, tornando o ar pesado e
O alfa continuou a fugir comigo em seus braços, e finalmente paramos em frente a uma grande árvore oca, onde, com suas garras afiadas, ele arrancou pedaços de casca, criando uma fenda grande o suficiente para que nossos lobos pudessem passar. Colocando alguns galhos e arbustos na abertura, ele "camuflou o buraco", nos escondendo lá dentro. Sem pedir licença, Harvey começou a esfregar algo pegajoso e extremamente fedorento em minha pele.- Pare com isso, Harvey... – Exclamei irritada, tentando limpar minha pele e afastar suas mãos – Que coisa nojenta!- É musgo de pântano, excelente para camuflar odores! – Deu de ombros enquanto continuava a passá-lo pelo meu corpo – Transforme-se!- O quê? Não foi você mesmo quem disse que nossa forma mais forte é a Lupina? – Olhei desconfiada para o Alfa.- Sophie, se não percebeu, sou um lobo muito grande e aqui há pouco espaço! – Um rosnado escapou de seus lábios.- Você se esqueceu que também é um homem grande? – Rosnei de volta, desafiadora – E p
- A Deidade me orientou a me conectar com os meus ancestrais - falei em voz baixa, ainda confusa com o que havia acontecido.- Seus ancestrais? - Seus olhos se voltaram firmemente para os meus. - Você é uma bruxa?- Parece que sou tudo, menos humana... - Respondi sarcasticamente. - Não sei o que sou, Alfa...Havia um brilho misterioso em seu olhar.- Quer descobrir?! - Ele perguntou.- Quero descobrir tudo, quem sou, quem são meus pais, quem era Agatha... - Cerrei os punhos. - O motivo pelo qual me deixaram no escuro, e entender se isso pode influenciar o Conan!Estava passando as mãos pelos meus braços; o frio havia me atingido e eu tremia. Podia jurar que meus lábios estavam ficando roxos de frio. O Alfa se aproximou, passando os braços por cima dos meus ombros, me trazendo para a proteção de seu abraço. O calor que emanava de sua pele era reconfortante. Aconcheguei minha cabeça, permitindo o momento atípico. Não confessaria em voz alta para o Sr. arrogante, mas estava gostando daqu
Tentei desesperadamente libertar minhas mãos das dele, mas Harvey as mantinha firmemente entre as suas.- Mas eu não posso simplesmente me entregar a você, ser sua Luna! - Rosnei com firmeza. - Essas coisas não funcionam dessa maneira!Ele fez uma pergunta séria: - O que você busca, afinal? Por que nunca se entregou a um humano antes?Dei de ombros e respondi: - Não sou um objeto descartável, nem um colchão para ser usado e abandonado.Com uma risada divertida, ele provocou: - Ah, então você está em busca do amor, humana?Revirei os olhos com desdém e repliquei: - Todos nós não estamos, afinal?Ele riu mais uma vez e afirmou: - Não, Sophie. Nem todos buscam isso.Com um grunhido desafiador, respondi: - Pode rir da minha cara o quanto quiser, Sr. Arrogante. Eu acredito no amor, em encontrar um parceiro para a vida toda, alguém com quem possa compartilhar cada momento intensamente. Um homem que me protegerá, construirá uma família comigo, me amará, será meu melhor amigo e meu confidente