Haha, parece que os betas de hoje em dia não são como os de antigamente, não é mesmo? – O Alfa provocava com ironia enquanto seguia adiante. – Me diga, quantos de vocês foram necessários para derrubá-lo?- Por que está fazendo essa pergunta? – Patrik interferiu.- Bem, Oliver não é o meu Beta à toa; ele possui uma força extraordinária. – O Alfa sorriu.- De fato, o Rei Lycan sabe escolher seus subordinados! – Vicent rugiu. – E, digamos que uma bruxa nos ajudou, já que Oliver resistiu bravamente aos ataques.O Alfa parou, sentindo a ira de sua fera se acender ao ouvir a palavra "bruxa".- Então, os boatos são verdadeiros... – Ele rosnou com raiva. – As bruxas estão se unindo a vocês na guerra contra a Lua Mística?- A guerra tem sido prejudicial para todas as partes envolvidas – ponderou Patrik. – Vocês são como uma erva daninha que precisa ser eliminada para que o equilíbrio seja restaurado!- Equilíbrio? – Os olhos do Alfa escureceram, seu tamanho começou a triplicar, seus ossos se q
Levaram um tempo considerável até encontrarem uma das bruxas reclusas que possuía magia e habilidade suficientes para entoar o encanto e transformar a planta em um pó poderoso, capaz de fazer as feras perderem os sentidos, ficarem desorientadas ou até mesmo desmaiarem.Confrontando o Alfa, a fera começou a cambalear para o lado, mas resistiu à tontura que a afligia. Ignorando a visão turva, avançou contra o Beta, que habilmente desviou e fugiu do acampamento, provocando ainda mais a fúria do Alfa.- Vou matar TODOS VOCÊS! - rugiu o Alfa enquanto pegava o corpo do lobo sem vida na boca e arrastava-o para fora do acampamento, espalhando sangue por todos os cantos como se estivesse pintando um quadro macabro para que todos testemunhassem seus feitos.Observando à distância, Oliver via seu Rei dominado pela fera, arrastando os corpos pelo acampamento e mastigando as carcaças dos lobos sem vida.- Porra, Harvey... - murmurou o Beta, abaixando o focinho em tristeza e dor.Um sopro de vento
À medida que me aproximava da entrada, senti sua presença se dirigindo a mim. Ele avançava como uma fúria desenfreada, fazendo-me tremer da cauda até o topo da cabeça. Meus pelos se eriçaram, e eu projetei meus caninos em autodefesa. No entanto, uma rajada de vento forte surgiu e formou um círculo ao meu redor, forçando a fera a parar e a andar de um lado para o outro, tentando encontrar uma abertura para me atacar.Meu coração batia descompassado, mas então uma voz me alcançou.- Não tema, minha criança - senti a presença da Deusa.- Minha Deusa - fiz uma reverência, enquanto o lobo prateado rugia de raiva, tentando morder o vento que me protegia. - O que quer que eu faça?Perguntei, insegura, temendo ter que enfrentar a fera corpo a corpo.- Feche os olhos, convoque seus ancestrais e entoe as palavras que vierem ao seu coração.- O que? Meus ancestrais? - Travei no lugar, sentindo-me perdida. - Minha Deusa, eu não os conheço!A rajada de vento se intensificou, tornando o ar pesado e
O alfa continuou a fugir comigo em seus braços, e finalmente paramos em frente a uma grande árvore oca, onde, com suas garras afiadas, ele arrancou pedaços de casca, criando uma fenda grande o suficiente para que nossos lobos pudessem passar. Colocando alguns galhos e arbustos na abertura, ele "camuflou o buraco", nos escondendo lá dentro. Sem pedir licença, Harvey começou a esfregar algo pegajoso e extremamente fedorento em minha pele.- Pare com isso, Harvey... – Exclamei irritada, tentando limpar minha pele e afastar suas mãos – Que coisa nojenta!- É musgo de pântano, excelente para camuflar odores! – Deu de ombros enquanto continuava a passá-lo pelo meu corpo – Transforme-se!- O quê? Não foi você mesmo quem disse que nossa forma mais forte é a Lupina? – Olhei desconfiada para o Alfa.- Sophie, se não percebeu, sou um lobo muito grande e aqui há pouco espaço! – Um rosnado escapou de seus lábios.- Você se esqueceu que também é um homem grande? – Rosnei de volta, desafiadora – E p
- A Deidade me orientou a me conectar com os meus ancestrais - falei em voz baixa, ainda confusa com o que havia acontecido.- Seus ancestrais? - Seus olhos se voltaram firmemente para os meus. - Você é uma bruxa?- Parece que sou tudo, menos humana... - Respondi sarcasticamente. - Não sei o que sou, Alfa...Havia um brilho misterioso em seu olhar.- Quer descobrir?! - Ele perguntou.- Quero descobrir tudo, quem sou, quem são meus pais, quem era Agatha... - Cerrei os punhos. - O motivo pelo qual me deixaram no escuro, e entender se isso pode influenciar o Conan!Estava passando as mãos pelos meus braços; o frio havia me atingido e eu tremia. Podia jurar que meus lábios estavam ficando roxos de frio. O Alfa se aproximou, passando os braços por cima dos meus ombros, me trazendo para a proteção de seu abraço. O calor que emanava de sua pele era reconfortante. Aconcheguei minha cabeça, permitindo o momento atípico. Não confessaria em voz alta para o Sr. arrogante, mas estava gostando daqu
Tentei desesperadamente libertar minhas mãos das dele, mas Harvey as mantinha firmemente entre as suas.- Mas eu não posso simplesmente me entregar a você, ser sua Luna! - Rosnei com firmeza. - Essas coisas não funcionam dessa maneira!Ele fez uma pergunta séria: - O que você busca, afinal? Por que nunca se entregou a um humano antes?Dei de ombros e respondi: - Não sou um objeto descartável, nem um colchão para ser usado e abandonado.Com uma risada divertida, ele provocou: - Ah, então você está em busca do amor, humana?Revirei os olhos com desdém e repliquei: - Todos nós não estamos, afinal?Ele riu mais uma vez e afirmou: - Não, Sophie. Nem todos buscam isso.Com um grunhido desafiador, respondi: - Pode rir da minha cara o quanto quiser, Sr. Arrogante. Eu acredito no amor, em encontrar um parceiro para a vida toda, alguém com quem possa compartilhar cada momento intensamente. Um homem que me protegerá, construirá uma família comigo, me amará, será meu melhor amigo e meu confidente
O brilho da lua intensificou-se, travando uma batalha feroz com a escuridão, como se disputassem o controle do ambiente. A Deusa voltou seu olhar em minha direção e deu suas instruções com severidade.Realize o encanto de proteção e invoque sua fera! - Seus olhos pareciam penetrar minha alma enquanto eu fechava os olhos, buscando uma conexão profunda com meus ancestrais. Não demorou muito para que eu sentisse o calor fluir através de minhas veias e as vozes ancestrais ecoarem em minha mente.- Pelas forças que habitam o mundo oculto,Eu chamo a proteção que é meu direito.Com esta voz e mente sincera,Eu peço à fera de proteção, seja meu guia.Com olhos afiados e garras fortes,Guardião das sombras, venha ao meu encontro.Proteja-me de todo mal e perigo,Com sua presença, sinto-me seguro e inteiro.Na luz da lua e no escuro da noite,Este encanto é lançado com todo o meu poder.Que a fera de proteção esteja sempre a meu lado,Até o fim dos tempos, que assim seja!Senti uma explosão de
- Invoquei? – Ponderei, minha voz vacilante no frio silêncio da floresta.- Você me chamou através de um encantamento, por que fez isso? – Havia um lampejo nos olhos do lobo prateado, seus olhos penetrantes fixos em mim.- A Deusa ordenou... – Sussurrei, abaixando os olhos diante de sua majestosa presença.- Somente por isso? – Lambendo minha orelha, ele ergueu meu focinho, e meu coração acelerou.- Sinto-me segura com você, Alfa! – Suspirei, sentindo a ousadia e a vulnerabilidade misturadas em minhas palavras. Afinal, ele já havia tentado me matar e me ameaçado diversas vezes. – Acho que você tem razão, sou mesmo louca!- Eu aceito! – Seguindo em passos firmes, o Alfa respondeu com determinação.- Aceita o quê? – Fiquei confusa, encarando-o perplexa.- Treinar você, como treinei meus guerreiros da alcateia. – Ele virou a cabeça na minha direção, provocação evidente em sua voz. – Mesmo você sendo maluca!Decidi provocá-lo também, trombando propositalmente com ele e jogando neve em seu